Capítulo 1

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POV Christian

Dezesseis meses depois..

- Já vai. - Gritei assim que o som da
campainha substituiu o silêncio que
pairava dentro da minha casa.

Como a babá, que contratei meses atrás para cuidar de Ella, havia levado
minha filha para passear no parque, não se ouvia nenhum tipo de som nos
cômodos da casa, a não ser da televisão que ficava na sala, a qual
eu estava assistindo uma reportagem.

A campainha tocou novamente, me
obrigando a levantar do sofá. Pousei
minha latinha de cerveja na mesinha
onde meus pés descansavam.
Segui para atender à porta com uma sensação estranha que invadiu meu
estômago, de repente eu não estava mais conseguindo respirar.

- Merda.

Que porra estava acontecendo comigo?

Era uma sensação como se alguma coisa estivesse prestes a acontecer.
Puxei uma respiração profunda, e ergui minha mão até a maçaneta puxando-a lentamente para trás. E foi nesse exato momento que minhas forças começaram a se quebrar.

Pousei minha mão no peito, sentindoum leve e doloroso aperto

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Pousei minha mão no peito, sentindo
um leve e doloroso aperto. Por dias, eu havia sonhado com esse momento.
Caramba. Eu não estava conseguindo acreditar no que meus olhos estavam
vendo. A mulher que havia me roubado o sono noite após noite estava bem na minha frente, depois de quase dois anos.

Fechei e abri meus olhos, querendo ter a maldita certeza de que ela estava, realmente parada
na minha varanda.

E porra. Ela estava.

Por um instante, eu só fiquei olhando, aéreo e confuso, sem conseguir pensar em nada. A única coisa que se mantinha fixamente na minha cabeça, eram as lembranças dos dias difíceis que passei depois que ela
havia me abandonado.

Eu tentava até hoje, esquecer o quão
demolidor foi acordar naquela manhã
e ver o lado que Anastácia ocupava na
nossa cama, completamente vazio. Mas o que não saía de jeito nenhum
da minha cabeça, as palavras que foram ditas naquele bilhete fixado na porta do nosso roupeiro.

Eu custei a acreditar que ela tinha ido
embora. Liguei várias vezes, deixei
centenas de correio de voz, mensagens e vários e-mails. Mas nunca obtive retorno em nenhum deles. Ana tinha conseguido sumir sem deixar qualquer tipo de rastro. E agora, ela estava a um passo de mim.

- Anastácia? - Sussurrei surpreso pelo seu retorno inesperado.

Ela afastou algumas mechas do seu
cabelo castanho, que estava em seu rosto, para atrás da orelha. Revelando para mim, seus olhos azuis completamente avermelhados. Não seria uma surpresa para mim saber que ela esteve chorando. O contorno das suas pálpebras estavam marcadas por uma forte mancha escura, sinal de que ela teve, como eu, muitas noites péssimas de sono.

- Christian. - Sua voz saiu quase num
sussurro, um maldito sussurro que só conseguia me irritar ainda mais.

Não era justo ela estar aqui, depois desse tempo todo, e ainda achar que falando mansinho comigo, eu entraria no seu jogo.

When Love Returns (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora