Querido diário- parte 2

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Querido diário, se passaram 1 semana... e... eu estou grávida!!!. É estranho falar isso mas é a verdade, nos dois primeiros dias assim que descobri sobre o acidente  ( é assim que eu o chamo ) enfim, quando eu descobri a gravidez tive uma vontade louca de tirar esse bebê de mim, que tudo o que me deu foi dor, enjoos e prisão... É sério, o médico deu permissão de levantar apenas 2 vezes ao dia só para ir ao banheiro, depois cama de novo. Mas agora, eu estou achando uma sensação bonita, todo dia que acordo, passo a mão na minha barriga e digo: - bom dia, acidente.
Eu converso com o bebê durante o dia que é quando estou sozinha, e em um desses dias eu o senti chutar, eu juro por todos os cabelos coloridos da Cindy Lauper.  Mas Bil, o médico não quis acreditar.

Eu paro de escrever para lembrar daquele dia, um sorriso se forma em meu rosto.

Flashback on:

Bil estava arrumando a máquina do meu ultrassom que eu faria em casa, já que ir até o hospital poderia ser arriscado.

- para de se mexer Hannah. Ele dizia enquanto passava aquele gel quente na minha barriga.

- eu juro doutor, eu senti!!! Ele mexeu, e foi mais de uma vez.

- ainda está muito cedo, talvez o que você tenha sentido não foram chutes, e sim outra coisa.

- não!!! Eu senti!!!! Bil colocou transdutor na minha barriga e começou a mexer de um lado para o outro, até eu senti um barulho, e pra minha surpresa eu fiquei preocupada.

- o que foi isso?

- isso senhorita Cooper, é o coraçãozinho do seu bebê.

- verdade?! Eu disse com emoção na voz enquanto meus rosto se encharcava com as minhas lágrimas. Derrepente senti outro chute, Bil também sentiu.

- viu!!! Eu não disse. Minha voz estava chorosa de emoção.

- nossa. Mas tão cedo?

- isso é preocupante?

- isso é sensacional!!!! Sinal que já é um bebê bem ativo. Você tem um jogador de futebol aí mocinha.

- não... o que eu tenho aqui é um dançarino... assim como o pai.
Bil, já dá pra ver se é menino ou menina?

- não, isso é mais pra frente. Possivelmente no quarto mês de gestação. Você me orgulha Hannah, a pessoa que menos queria esse filho, agora não consegue parar de chorar ao ouvir os batimentos do bebê.

- mas veja doutor. Como é fofo, e rápido.

- fique tranquila, nesse tempo de gravidez você estará exposta a vários riscos, por isso cuidado, qualquer emoção forte, poderá causar consequências.

- sim Bil. Fique calmo. Eu não vou deixar nada acontecer. esse bebê agora, é parte de mim. Meu pequeno acidente.

- acho que você já deve começar a pensar em contar ao pai não acha? Não o mantenha distante de tudo isso.

- você acha que eu devo?

- você deve.

Flashback off:

Meus pensamentos voltam ao meu diário e eu volto a escrever.

Sinto que Annie esteja me escondendo algo, ela tá se mantendo meio distante ultimamente, espero que ela não esteja indo visitar aquele babaca na cadeia. E o Jonh... sinto falta dele, ele vem me visitar as vezes, por consideração a mim, mas o clima fica meio constrangedor entre ele e minha irmã. Eu disse a ele que eu estava doente, se eu contasse que estou grávida é óbvio que ele contaria para o Michael. Não sei se eu conseguirei manter esse segredo, eu sei que não vou. Mike vai voltar e querer me procurar, mas na verdade eu espero que ele tenha encontrado uma outra pessoa, com a sua mesma posição social e o mesmo patamar de vida e assim que tenha me apagado da sua vida por completo. Doi pensar nisso... doi pensar em ve-lo com outra, eu o amo demais, e por esse amor eu o deixo ser feliz, mesmo que não seja comigo.

Paro de escrever para refletir um pouco, mas na verdade eu apenas estava me segurando para não chorar,  o telefone em cima do criado mudo começa a tocar, eu marco a página do meu diário e coloco do meu lado na cama, pego o telefone e seco com o polegar uma lágrima que havia caído.

- alô?
- oi. Aquela voz tímida e amorosa eu reconheceria em qualquer lugar.
- Mi...Mike?! Minha voz falhou naquela hora.
- senti saudade de você me chamando de Mike. Dou uma leve risada ao telefone e escuto ele fazer o mesmo.
- estou surpresa pela sua ligação.
- desculpa por eu ter demorado, é que tive medo que você não quisesse atender depois daquele dia.
- é que acontecerem tantas ultimamente, mas você sabe que eu jamais rejeitaria uma ligação sua.
- Hannah?
- sim?
- eu te amo!!!, muito, muito. Eu apenas não queria que você esquecesse.
- Michael... já conversamos sobre isso.
- eu sei, mas eu não consigo te esquecer, cada dia que estou aqui, apenas sinto ainda mais vontade de estar perto de você.
- Michael, eu estou gra...eu estou gra... eu estou grata por você ter ligado e se lembrado de mim, mas na verdade eu acho que se continuar assim, vai ser mais difícil me afastar.
- mas eu não quero me afastar. Em 2 meses eu estarei em Los Angeles, por favor, temos muito o que conversar e esclarecer.
- 2 meses? Tem certeza que quer isso?
- tenho Hannah. Eu ainda não aprendi a dizer Adeus, ainda não aprendi como é viver sem você. Eu sei meu amor, que tudo será diferente quando eu voltar.
- Mike eu... tenho que desligar. Outro dia conversamos.
- tudo bem, eu te entendo, até Hannah.
- até Michael. Eu desligo o telefone e choro. 2 meses passam rápido, não posso mais esconder isso dele, então é isso. Como será a minha vida daqui pra frente? E o meu bebê? Ele vai ter que andar com seguranças por todos os lados sem aproveitar direito sua infância como uma criança normal, e Michael e eu? Será que ainda daremos certo depois de tudo, aqueles pensamentos invadiram minha cabeça, até que eu peguei no sono.

Algumas semanas depois...

" Michael "

Depois de mais um grande show vou direto para o hotel, sem entrevistas nem nada, estou exausto. Vários países, vários costumes novos, e o fuso horário está acabando comigo, tudo que quero agora é tomar um bom banho enquanto minha comida não chega. Ligo o chuveiro e água molha cada parte do meu corpo, assim que saio, visto minha roupa e seco meu cabelo com a toalha quando a campanhia toca, minha comida chegou, eu vou até a porta e pra minha total surpresa, não era o garçom.

- olá bebê!!!

- Rose?! O que faz aqui?

- por favor Michael. Eu sei que você tem uma namorada em cada cidade, mas esquecer sua velha amiga não é legal. Ela diz entrando no meu quarto e jogando sua bolsa no sofá e tirando seu casaco e pendurando no cabide. Ela deita na minha cama cruzando as pernas, com o seu vestido preto decotado.

- você vai ficar parado aí? Em neverland era melhor quando fazíamos em cima do piano. Mas nesse quarto de hotel eu me contento com a cama, já que está fazendo um frio bem agradável, ótimo para fazer amor.

- Rose, sempre tivemos uma cumplicidade muito boa, mas agora preciso pedir pra você ir embora.
Ela se levanta e me olha confusa, e vem até mim com seu andar de modelo, ela só para quando fica a poucos centímetros dos meus lábios, mas eu mantive meu olhos nos dela com a duas mãos no meu bolso.

- eu te conheço Michael. E não posso acreditar no que você tem.

- o que quer dizer?

- você está apaixonado!!! Rose sabia das coisas, ela sempre soube identificar meu humor.

- como você sabe disso?

- é só ver seu olhar. E pelo visto a situação com a garota está difícil.

- bastante!!!

- e o que está esperando?

- o que?

- pra ir atrás dela.

- eu disse que iríamos nos ver e que eu precisava encontra-la assim que acabasse a turnê.

- mas isso vai demorar. Quer realmente perder a mulher que fez você perder apetite sexual em outras mulheres, e até mesmo em mim?
Eu rio do seu comentário.

- é isso que você pensa? Pergunto.

- essa garota deve ser especial porque meu amor. Se você não a amasse tanto, já teria deitado naquela cama comigo. Suas palavras me fizeram pensar, e ela voltou a repetir.

- vá atrás dela. Eu sorrio, beijo sua testa e saio do quarto na mesma hora.
Vou atrás da minha garota.

FOR ALL TIMEOnde histórias criam vida. Descubra agora