Beber é bom, gosto da sensação de estar bêbada, de ver tudo de uma forma alterada. Porém, o ruim de beber muito, mesmo que não seja cerveja, é a vontade de ir ao banheiro. A casa da Lia é grande e tem uma boa quantidade de banheiro, mas para uma festa com muita gente, às vezes falta mais banheiros.
Saio do grupo e vou à procura de um banheiro vago, mas os dois da área externa estão lotados, então vou para dentro da casa, o lavabo do andar de baixo está sem fila então só abro a porta.
— Gabs! — dou um gritinho de susto ao ver o Gabs e a Camila se pegando. — Camila!
— Gigi! Batesse na porta! — Ele briga.
— Trancasse a porta! — eu retruco. — Vocês têm sorte de ter sido eu, imagina se fosse o José, ele mataria vocês! — Paro de dá bronca e olho para eles, eles são realmente bonitos juntos. — Cara, vocês são lindos juntos!
— Valeu, agora com licença! — fala o Gabs, ele está uma mistura de timidez com irritação.
— Okay, mas tranca a porta e usem camisinha!
— Gigi! — ele grita.
— Tchau! — saio rindo.
Saio do lavado e vou atrás de mais um banheiro, mas, acabo me esbarro em alguém com alguma bebida bem gelada ... Merda, é uma merda de uma Askov azul, justo no meu moletom branco, bosta!
— Você não olha para onde anda, não? — pergunta o menino, que pelo visto também está irritado.
Até o momento, estava olhando para minha blusa, não vi nem quem era e nem o que estava acontecendo. Agora vejo que o copo quebrou e quebrou na mão do menino e tem sangue. Olho para ele, eu já vi esse menino antes, mas não suponho que ele seja da escola, ele deve ser namorado de alguma menina, mas, por que ele foi grosso comigo? Ele que derrubou a bebida em mim.
— Pelo visto você também não olha! — respondo no mesmo tom, mas volto a olhar a mão dele. — Está doendo a sua mão?
— Não, está tranquilo, vou aqui no banheiro. — Ele vai em direção ao lavabo que o Gabs está.
— Não, esse banheiro está ocupado. — Falo me colocando na frente da porta do banheiro.
— Mas você acabou de sair daí.
— Eu sei, mas tinha gente aí dentro. — Dou um sorriso sem graça.
— Minha mão está sangrando, agora tenho que esperar as pessoas pararem de se pegar para eu limpá-la? — ele, definitivamente, não tem senso de humor.
— Não existe só esse banheiro nessa casa toda. — Bufo e pego a sua mão, a que não está cortada, e o levo para o banheiro do quarto da Lia. — Pronto pode limpar aqui.
O deixo na pia e vou para o box, tiro meu moletom, minha parte de baixo é um biquíni, então nem me importo de ficar só de calça e biquíni. Ligo o chuveiro e limpo a mancha azul do meu moletom, mas não estou obtendo muito sucesso.
— Passa Vanish e deixa agir por uns minutos que sai fácil. — Ele fala ainda na pia.
Como se eu tivesse dinheiro para comprar Vanish.
— Mas eu queria que saísse agora. Merda! — agora meu moletom está ensopado, eu estou só de biquíni e lá fora está congelando, maravilha!
— Desculpa pelo moletom. — Ele fala e eu desisto de lavá-lo e coloco estendido no box e vou até à pia.
— Tudo bem, e como está sua mão? — chego mais perto e vejo que ainda está sangrando.
— Você está de biquíni? — pergunta me analisando meio confuso e parando o olhar nos meus peitos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Segunda Chance
RomanceAo descobrir um segredo que seu pai guardara por anos, Giovanna sai de casa, com apenas 16 anos. Após um ano do ocorrido, ela ainda tem dificuldades em retomar sua vida, que antes glamourosa, agora mora em um depósito de uma cafeteria, a qual trabal...