32 - Clube

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Corro na direção do Alex.

— Alex, você está bem? — pergunto, enquanto tento levantar ele do chão, ele é mais pesado do que pensava.

Ele me observa desconcertado e irritado, não deve estar entendendo nada e seus músculos do rosto estão todos contraídos. Seus olhos mudam de direção e vão para detrás dos meus ombros, eu me viro, seguindo seu olhar.

O olhar de superior desse homem, com um sorriso de lado, com braços cruzados e vestes engomadas, me enfurece.

— Giovanna, obrigado, mas é melhor você ir embora. — Ele fala olhando para o homem, seus punhos estão cerrados, eu sei que vai dá merda se eu sair.

— É, ruivinha, melhor você sair. — Ele me olha como se eu fosse um pedaço de carne, seu olhar é tão violento que me sinto exposta, como se eu estivesse nua.

Ele se aproxima de mim, como seus olhos fixos no meu, os olhos dele são intensos quanto o do Alex, mas o dele me amedronta ... espera, ele deve ser o irmão do Alex!

— Não encosta nela! — Alex o empurra dessa vez, mas ele não cai, só dá alguns passos para trás. Seu irmão é bem mais forte do que ele, seu porte físico é daqueles caras que praticam crossfit e fazem questão de usar a camisa apertada para intensificar seus músculos avantajados.

O irmão dele não fica com raiva, ele continua com seu sorriso superior e volta a me encarar, ignorando o Alex. Vou para o lado dele e seguro o seu braço direito, para evitar que ele ataque o de novo.

— Ai ruvinha, você conquistou o Goyer errado. — Sinto o braço do Alex se mexer e o aperto com mais força e ele recua — eu me amarro em uma ruivinha dominadora — ele passa a língua nos dentes enquanto sorrir —, quando você enjoar dele, me avisa, tá? — só consigo responder com um dedo do meio, porém a vontade era de bater, mas um soco meu não faria nem cócegas nele.

Meu Deus, que pessoa idiota! Sua voz e seu olhar me dão ânsia de vômito, queria poder vomitar na cara dele. Agora é o Alex que me puxa.

— Giovanna, sai daqui, por favor! — tem desespero e ódio no seu olhar.

— Não, só saio com você! — digo firme, mas estou tremendo.

— Agora entendo, ela é igual a você, não tem modos, só arruma desqualificadas. — O seu sorriso some enquanto ele o menospreza.

Queria tanto socar a cara dele, mas sei onde atacá-lo.

— Querido — imito seu sorriso superior e seu sorriso de lado —, você não faz ideia com quem você está falando, não é mesmo?

— Quem? — pergunta com tédio.

— Giovanna Volkov! — odeio usar o meu sobrenome como poder, mas, nessa ocasião, fiz com prazer. — Herdeira da Volkov Company, então é melhor você ir embora antes que eu chame a segurança do clube e o acuse de assédio. — Nunca falei soando tão poderosa na vida.

— Volkov? — ele me analisa cuidadosamente, em seguida fixa no meu cabelo ruivo — o que uma Volkov está fazendo com o Alex? — me encara sério por um instante. — Tudo bem — ele olha para o Alex —, vejo você em casa. — Ele pisca para mim e sai.

Sinto que é a primeira vez que respiro desde que ajudei o Alex.

— Alex, o que aconteceu? — volto a focar nele.

— Nada, só o de sempre na minha família, aliás, você acabou de ter o desprazer de conhecer o Rômulo, meu irmão mais velho. — Seus músculos ainda estão contraídos.

— Quer falar sobre? — pergunto preocupada.

— Não.

— Quer ir embora?

Segunda ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora