O Chefe [REVISADO]

capítulo 75. [MARCADO PARA REVISÃO]

1 mês e 23 dias depois...

Me senti no sofá e repouso minhas pernas no colo de Victor enquanto aliso minha barriga. Minhas costas doem muito e meus pés estão terrivelmente inchados. Quando Victor pega um de meus pés e o massageia fecho meus olhos apreciando.

-Melhor meu amor?-Pergunta ele com um tom preocupado. Com o passar dos meses Victor se tornou cada vez mais cuidadoso, a todo momento preocupado como se eu fosse de vidro e todo esse cuidado excessivo apesar de fofo as vezes era irritante.

-Muito, não para.-Digo me aconchegando mais no sofá de seu apartamento, chove muito lá fora, ele continua com a massagem e, com esse aconchego mais o barulho maravilhoso de chuva, acabo ficando com muito sono.

"Que novidade me conta outra!"-Zomba meu subconsciente, com o passar da gestação venho dormindo mais do que a cama, e a todo momento estou com desejos.

-Victor.-O chamo manhosa, abro meus olhos pidona enquanto vejo ele com seu olhar desconfiado mas com seu belo sorriso nos lábios.

-Diga meu amor.-Diz tranquilo enquanto continua a massagear meus pés. Outra vantagem de todo esse seu cuidado por mim é, eu posso pedir qualquer coisa que ele vai fazer pra mim.

-Me da melancia com manteiga?-Pergunto fazendo biquinho e o vejo rir enquanto me olha carinhoso.

-Tudo o que você quiser minha gravidinha linda.-Diz se levantando e colocando minha perna delicadamente no sofá. Viu só, não e atoa que eu estou assim, ele me mimou demais nesses meses em que estamos juntos. Passasse um tempo e ele volta com minha melancia cortada e uma tigela com manteiga, as pego muito feliz da vida e ele se senta no sofá.

-Vire-se de costas para mim, deixa eu fazer uma massagem nas suas costas.-Diz e eu me viro sem pensar duas vezes afinal, nesse meu estado e tendo que carregar duas garotas fortes e grandes como essas acaba com minha coluna. Retiro minha blusa e fico somente de sutiã para que assim fique mais fácil de ele fazer a massagem. Encho minha boca com melancia e manteiga me deliciando enquanto ele massageia meus ombros, se abaixando logo depois por toda a minha coluna com suas mãos abelidosas. Quando termino de comer minhas deliciosas melancias com manteiga me sentindo bem mais relaxada faço sinal para me levantar mas sou impedida por Victor.

-Onde vai amor?-Pergunta preocupado.

-So vou lá guardar a tigela e já volto.-Digo me levantando lentamente. Estico minhas pernas a fim de relaxa-las, mas paro ao sentir uma pontada forte mas a ignoro. Enquanto vou caminhando sinto essa pontada aumentar um pouco me fazendo fechar os olhos e respirar fundo. Vou até a cozinha e quando coloco as tigelas na pia sinto uma pontada bem mais forte que faz com que me contorça na pia, respiro fundo uma, duas, três vezes, mas ela volta com força total me fazendo soltar um pequeno gemido de dor, sinto um líquido em minhas pernas e o olho espantada.

-VICTOR!-Grito com toda a minha força quando uma pontada bem mais forte vem, não demora muito quando ele vem e quanto me vê, seus olhos se arregalam. Respiro fundo enquanto me encosto.-As bebês... As bebês vão nascer.-Digo respirando com dificuldade, ele corre até mim desesperado me pegando em seu colo enquanto gemo de dor.

-Espere aqui, eu já volto.-Diz e sai correndo para seu quarto, respiro novamente fundo quando a dor novamente volta muito forte. Victor volta logo em seguida com um casaco e um de meus chinelos, os visto e ele me pega no colo enquanto e sai do apartamento. Grito novamente quando sinto outra forte contração.

-Nao chore meu amor por favor.-Diz tentando me acalmar só que acaba me deixando puta, muito puta.

-VOCE QUER QUE EU FAÇA O QUE PORRA, NOSSAS FILHAS TAO NASCENDO E TA DOENDO PRA CARALHO!-Me exalto e solto outro grito quando uma contração mais forte vem. Logo chegamos a um de seus carro, ele me coloca no chão e pega suas chaves com as mãos tremendo, quando consegue abrir me ajuda a me sentar se atrapalhando na hora de colocar o cinto. Ele dá a volta correndo e entra no carro, a chuva parece aumentar enquanto ele dirige, respiro fundo diversas vezes enquanto lágrimas de dor e emoção saem de meus olhos.-Vai mais rápido Victor!-O digo exaltada, outra forte contração vem me fazendo urrar.-Se nossas filhas nascerem dentro da porra de um carro eu te mato ouviu!-O digo exaltada, ele aumenta mais a velocidade e graças a Deus não demora para que possamos chegar no hospital. Victor sai correndo e me pega me levando as pressas para dentro do hospital.

-Por favor alguém, a minha mulher está em trabalho de parto!-Diz e não demora para que apareça uma maca e vários enfermeiros, Victor me coloca na maca e grito novamente quando outra contração vem me fazendo empurrar com toda a força possível. Os enfermeiros correm comigo e Victor em nenhum momento larga minha mão.

-Por favor espere aqui.-Diz o enfermeiro para Victor me levando para dentro.

-Mas nem fodendo que eu...-O interrompo.

-Cala a porra da boca e ouve ele caralho!-Digo exaltada, soltando outro grito com a contração.

Victor onn...

Estou desesperado, não sei quanto tempo se passa que ando de um lado para o outro enquanto espero para poder entrar e acompanhar o parto de minhas filhas. Um sentimento de alegria imensa se apossa de mim por saber que daqui a algumas horas vou conhecer minhas menininhas. Logo sou chamado para entrar e a vejo já em trabalho de parto, fico ao seu lado e seguro sua mão, ela me olha por um momento mas depois grita de dor.

-Eu preciso que você empurre o máximo que conseguir.-Diz a enfermeira. Ela aperta minha mão firmemente enquanto empurra novamente forte.

-Victor seu filho da puta!-Me xinga e empurra novamente.-Eu juro que vou te matar quando terminar tudo isso!-Promete me fazendo sorrir.

-Isso empurre mais uma vez, já estou vendo a cabecinha da primeira.-Diz me fazendo sorrir, minha pequena empurra novamente enquanto grita.

-Eu não vou conseguir.-Diz ela descrente.

-Vai sim eu estou aqui com você, vamos, força meu amor.-Digo tentando encoraja-la, ela empurra novamente enquanto aperta minha mão.

-Isso! A primeira está quase la.-Diz a enfermeira enquanto minha pequena a empurra gritando de dor, o que faz com que eu me sinta um inútil por não poder aliviar essa sua dor. Ela empurra mais algumas vezes até que se ouve um barulho ensurdecedor inconfundível de choro de criança, a olho sorrindo enquanto deixo que lágrimas caiam, os enfermeiros a levam e novamente, minha baixinha entra em trabalho de parto.-Ja está vindo a segunda.-Diz enquanto minha pequena empurra, lágrimas caem de seus olhos enquanto ela empurra novamente.-Vamos la, mas umas vezes estamos quase lá.-Diz a enfermeira, minha pequena empurra uma, duas, três e, na quarta se ouve outro inconfundível choro de bebê, ela sorri aliviada quando vê a segunda bebê, beijo sua testa e logo em seguida sua boca enquanto sorrio.

-Obrigado, por tudo meu anjo.-Digo encostando minha testa na sua.

-Okay, agora a levaremos e o senhor pode esperar no quarto que sua esposa será direcionada.-Diz a enfermeira e sigo diretamente para lá. Passasse um tempo até que a cama com meu amor entre e a vejo. Linda mas com o olhar cansado. Logo duas enfermeiras entram e consigo trazem nossas meninas.

-Olha quem chegou querendo mamar-Diz entregando um embrulho a minha morena que o pega desajeitada. A enfermeira a ajuda e depois que coloca a outra em seu outro colo as colocam para mamar fazendo minha morena fazer uma careta de dor.-Fizemos todos os exames necessários e vocês tiveram duas menininhas muito fortes e saudáveis.-Diz a enfermeira logo em seguida se retirando. Me aproximo de sua cama enquanto vejo meu amor fazer uma careta de dor.

-Nao sabia que amamentar doía tanto.-Diz olhando os dois embrulhos.-Mas eu passaria por essa dor quantas vezes fosse necessária se no final de tudo esse fosse meu prêmio.-Sorri me aproximo mais e vejo minhas outras duas preciosidades. Uma delas nasceu meio morena e com a cabeleira preta enquanto a outra nasceu branca com o cabelo da mesma cor. Sorrio para elas. São tão lindas, minhas filhas. Penso no quão sortudo sou por ter essas preciosidades em minha vida.

-Qual será o nome das meninas anjo?-Pergunto a olhando com todo o meu amor e gratidão por esses dois presentes.

-Alice.-Diz virando sua cabeça para a mais clara.- e Angel.-Diz virando seu rosto para a mais morena. Sorrio lembrando-me de nossa conversa sobre nomes preferidos. Aliso seu lindo rosto enquanto digo.

-Eu te amo.

-Tambem te amo.-Diz e quando a beijo ternamente uma de nossas meninas começa a chorar nos fazendo rir, pego minha princesinha morena desajeitado, antes de nossas meninas nascerem eu tinha entrado em um curso de preparação para papais para que pudesse aprender todo o necessário. A balanço delicadamente enquanto dou palmadas fracas em suas costinhas a fazendo arrotar, quando a entrego para a mãe ela começa a chorar me fazendo ficar todo derretido, minha pequena a balança em seu colo depois que me dá meu outro anjo e, sorrio ao ver a família linda que formei, lembro-me de tudo o que passamos para chegar onde estamos, de quanto tive que pagar a vida para conseguir minha mulher novamente, e, principalmente de tudo o que aprendi e continuo a aprender com ela.