Capítulo 9

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Meu ombro ainda doía da flechada que eu tinha levado do intruso, passando pelo corredor do castelo, minha cabeça fervia de problemas

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Meu ombro ainda doía da flechada que eu tinha levado do intruso, passando pelo corredor do castelo, minha cabeça fervia de problemas. O rei estava furioso por termos deixado um desconhecido adentrar o palácio e fugir.

Eu não tirava a razão dele, nossas defesas tinham falhado e muito, mas eu o tinha avisado para não deixar somente os recrutas e os guardas sem experiências para tomar conta do castelo, mas o rei não me ouviu, disse que precisava de todas as suas tropas para sua nova empreitada.

Ele não me contou que nova aventura seria essa que precisaria de quase todos os nossos homens, nos deixando protegidos por crianças. Eu só estava no castelo aquele dia pois vim tratar do meu casamento, se não, também estaria longe.

Virando à esquerda no corredor de pedra, paro em frente a porta de madeira, que tinha um brasão entalhado a abrindo sem cerimônias. Dentro do meu quarto, começo a retirar a armadura a jogando em qualquer lugar, eu precisava desesperadamente de um banho.

Já estava tarde para chamar algum criado para preparar o meu banho, por isso faço eu mesmo esse trabalho. Não nasci com regalias, não seria agora que ficaria fresco.

Dentro da banheira, sinto a água acalmar todos os meus músculos, a ferida da flecha arde quando eu a lavo. Não consigo deixar de imaginar quem seria aquela pessoa que me acertou naquelas condições, se não tivesse sido declarada como inimigo, seria uma baita aquisição para as tropas.

Perco a noção do tempo que fico dentro do banho e resolvo sair somente quando a pele da minha mão está enrugada. Me seco e enrolo minha toalha na minha cintura, tinha esquecido de pegar as roupas da cômoda.

Conforme sai do banheiro e fui andando em direção ao quarto, senti que algo estava estranho, as velas que eu tinha acendido estavam apagadas, uma brisa fria soprava dentro do cômodo, me virei para a janela e a cortina estava balançando, eu não estava sozinho.

Procurei a parede e me pus de costas contra ela, seja quem for, terá que me atacar pela frente. Andei o mais rápido possível até minha espada que estava jogada perto da porta.

Assim que desembainhei a espada, escuto a janela se fechar num baque alto. Alguém estava brincando comigo e eu estava em desvantagem, estreitei meus olhos numa tentativa de ver o intruso, foi então que escutei o estranho.

- Se acalme garoto, não vou lhe fazer mal.

Me virei em direção a voz e então como mágica as luzes do meu quarto se reacenderam, a pessoa que vi sentada na mesa perto da janela, não era quem eu imaginava.

Uma senhora de cabelos brancos, vestindo uma túnica preta estava servindo o chá que tinham me deixando no café da manhã, mas o chá estava quente.

- Quem é você? O que faz aqui? – Mesmo sendo uma mulher idosa, algo não estava certo, não baixei minha guarda ao falar com ela.

- Venho em nome de uma amiga sua – Ela aponta para o bule – Quer chá?

Rainha Sombria - A Ordem da Rosa #2 Onde histórias criam vida. Descubra agora