Capítulo 71

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Acordo numa de cela, minhas mãos estão algemadas a grilhões que ficam presos por correntes na parede

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Acordo numa de cela, minhas mãos estão algemadas a grilhões que ficam presos por correntes na parede. Ainda estou meio zonzo, provavelmente é efeito de algo que me deram, pois, meus ferimentos estão tratados.

Me sento sobre a fina camada de palha que eu estava deitado, vejo que tinham deixado do meu lado uma jarra com água, minha garganta está tão seca que não resisto em beber o líquido.

Rezo silenciosamente para que a água não estivesse envenenada, após matar minha cede, olho ao meu arredor, parece que estou no interior de alguma caverna.

Não vejo e nem escuto ninguém, parecia que eu estava sozinho, mas duvidava que isso fosse verdade. Não sei quem são essas pessoas, só sei que elas me salvaram daquelas serpentes gigantes, contudo agora me prenderam.

Durante a minha travessia no deserto, fiquei sem água e já estava quase desistindo de rever a Lia, quando fui atacado por serpentes gigantes, eu nem sabia que aqueles bichos existiam.

O instinto de sobrevivência falou mais alto em mim e me fez correr e lutar contra aqueles bichos, mas no estado que eu estava, se não fosse por essas pessoas eu não teria conseguido.

Um homem alto, atirou uma flecha no olho de uma das serpentes bem na hora que ela estava prestes a me devorar. Devo a ele a minha vida, ele me ajudou a fugir daqueles monstros, mas assim que meu corpo esfriou, eu desmaiei, estava fraco de mais e agora me encontro nessa cela, o que será que aconteceu comigo?

O tempo passa e ninguém aparece para eu poder perguntar onde eu estava, ou quem eles eram. Fico imaginando se esse povo, eram os rebeldes do deserto que o reino de Dakar tinha tantos problemas na fronteira.

Quando estou quase pegando no sono escuto passos e vozes, vozes masculinas, tento escutar o que falam, mas não entendo o idioma em que conversam.

Uma fraca luz começa a surgir de um dos túneis que levava até onde eu estava, aos poucos ela vai ficando mais forte. Quando o lugar fica iluminado de vez e as figuras se mostram tenho uma baita surpresa.

Dois homens estavam na frente da minha cela, um parecia um simples guarda já o outro, era o homem que tinha me salvado, ele parecia ser alguém importante, mas não é para eles que eu olho e sim, para a mulher que me olha de olhos arregalados, era Ansal.

– Esse é o forasteiro. – O homem que me salvou fala para Ansal, que continua me encarando calada.

O homem faz um sinal para o guarda abrir a porta da minha cela e diz algo para ele que não entendo, o soltado prende a tocha que carregava num suporte na parede e então sai pelo túnel que veio, o homem e Ansal entram na minha cela, a ninfa se encosta na grade e fica ali de braços cruzados.

A feição de Ansal era indescritível, ela me fuzilava com os olhos, eu estava com receio de falar qualquer coisa sobre o olhar que ela me dava. Provavelmente a ninfa estava se perguntando o que eu estava fazendo ali, na verdade, eu também me perguntava isso.

Rainha Sombria - A Ordem da Rosa #2 Onde histórias criam vida. Descubra agora