Capítulo 45

2.1K 300 159
                                    

Quando abro meus olhos ainda está tudo escuro, estou deitada no chão, o sangue agora seco das minhas feridas gruda em minha pele, aos poucos, vou despertando do que parecia ser um pesadelo, mas quando me olho, vejo que foi tudo real

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quando abro meus olhos ainda está tudo escuro, estou deitada no chão, o sangue agora seco das minhas feridas gruda em minha pele, aos poucos, vou despertando do que parecia ser um pesadelo, mas quando me olho, vejo que foi tudo real.

Estou nua da cintura para baixo, meu centro dói pela violação que sofri, me sinto enojada, quero tomar um banho e lavar qualquer resquício que possa ter ficado daquele homem em mim.

Ao relembrar do que passei, uma ânsia de vomito me sobe pela garganta, vomito no chão ao meu lado. Preciso sair dali, sinto raiva do homem que abusou de mim, sinto raiva de mim mesma por não ter conseguido impedir o estupro.

Ele iria pagar pelo que me fez, a promessa de queima-lo vivo nunca esteve tão nítida na minha mente como agora. Um filete de luz de alguma tocha do lado de fora, entra pela entrada da tenda, que balança com uma brisa e ilumina uma adaga caída.

Me sento e uma ideia me surge, estico minhas pernas o máximo que consigo, preciso alcançar a adaga, não sei como ela foi parar ali, se o homem a deixou cair ou se alguém a colocou, mas ela era a minha única chance de sair daquele maldito acampamento.

Estou quase a alcançando preciso me esticar só mais um pouco, o acampamento está silencioso, já é tarde da noite, não posso fazer barulho para não chamar atenção indesejada.

Num último esforço, consigo tocar a lâmina com a ponta das minhas botas, a arrasto pelo chão até próximo de mim, levo a adaga até a lateral da minha coxa esquerda, passo minha perna direita por cima da esquerda e piso na adaga, num movimento que eu não poderia errar, a empurro em direção as minhas mãos.

A adaga bate no tronco que estou amarrada, me movimento para conseguir pega-la, para meu alívio, meus dedos conseguem tocar o metal frito, a seguro com força, pois minha vida dependia dela.

Com cuidado, a manuseio até a ponta se encaixar na fechadura dos grilhões, começo a ficar nervosa com as tentativas falhas de abrir as algemas, meu coração bate acelerado em meu peito, cada segundo contava e muito agora.

Quando escuto o clique da fechadura, puxo meus pulsos daquelas amarras malditas, sinto na mesma hora minha magia invadir minhas veias, pulsante e louca para ser usada, junto com todos os dons que herdei dos meus pais.

Me levanto daquele chão imundo, recoloco minhas roupas, vou até o balde de água que deixaram na minha tenda e estendo a mão para meu elemento afim, como uma parte de mim, o líquido me obedece e vai na direção de cada corte e hematoma os fechando e curando-os.

Assim que termino de me curar, sinto a raiva pulsante em mim, eu não vou embora daquele lugar antes de matar aquele homem maldito. Pego a adaga e a escondo em minha bota, coloco minha cabeça para fora da tenda com cuidado e não vejo ninguém.

O acampamento está muito silencioso, todos estão dormindo, somente alguns guardas estão de sentinela, reparo que estou na parte do acampamento humano, se fosse na dos raruks, essa fuga seria bem mais complicada.

Rainha Sombria - A Ordem da Rosa #2 Onde histórias criam vida. Descubra agora