Capítulo 15

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Tentei memorizar todos os detalhes de por onde eu passava, mas a cada corredor que virávamos mais confusa ficava a minha mente

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Tentei memorizar todos os detalhes de por onde eu passava, mas a cada corredor que virávamos mais confusa ficava a minha mente. Aquele lugar era gigantesco, não sei como não se perdem nesse castelo.

Assim que a guarda parou, me deparei com uma porta de madeira toda entalhada com símbolos antigos. Fiquei a olhando procurando a maçaneta, mas não achei em lugar algum.

- Como abro a porta? – Me virei para a guarda e perguntei sem jeito.

A sentinela me olhou de forma estranha, como se minha pergunta fosse algum tipo de piada.

- Como sempre abrimos as portas jovem ninfa, com magia. – Ao ver que ainda estava confusa ela continuou falando – Apoie sua mão na porta e escolha a palavra mágica para abri-la.

Fiz um aceno de cabeça a agradecendo pela informação e tentei ignorar o olhar que ela me dava, como se eu fosse de outro mundo. Fui até a porta e coloquei a mão nela, da mesma forma que fiz quando estava em Dakar.

Senti na ponta dos meus dedos a magia fluir, mas ela era agitada como se tivesse ansiosa por me obedecer. Tentei escolher alguma palavra única para abri-la, mas nada me vinha a cabeça a não ser "Abra".

Com esse pensamento a porta se destrancou, fiquei feliz e ao mesmo tempo sacudi minha cabeça, pois a palavra que seria para impedir que outros entrassem no meu quarto, se não a conhecessem, era a mais obvia possível.

O quarto estava um breu, não conseguia ver nada a minha frente. Fui tateando a parede para ver se encontrava alguma tocha, mas invés da tocha toquei em algo macio onde imediatamente puxei minha mão.

Para a minha surpresa era uma espécie de flor amarela, que se abriu ao meu toque, iluminando uma parte daquele lugar. Pude reparar que tinham outras espalhadas pelo cômodo, fui de uma em uma as abrindo e assim iluminando o quarto.

Parecia que eu estava numa espécie de caverna, as paredes eram feitas de pedras com tons de areia, num canto via um trecho de um rio correr e no outro lado, uma cama feita de uma pedra cinza e forrada com uma camada de plantas.

Aquele lugar era muito diferente do que eu estava costumada, nada era igual ao mundo humano e isso me surpreendia bastante. Estava olhando para o pequeno cômodo quando escutei alguém batendo na porta.

Disse para entrar, mas então escutei novamente a batida na porta, deu um tapa na minha própria testa, pois a pessoa não poderia entrar se não soubesse a palavra chave, disse abra e então minha tia atravessou a porta que se abriu.

- Abra? Foi essa a palavra segura que você escolheu?

- Não conseguia pensar em mais nada... – dei de ombros.

- Vejo que já está se familiarizando com nossos hábitos – ela fala olhando para as flores luz.

- As acendi por acaso, tudo aqui é muito diferente.

Rainha Sombria - A Ordem da Rosa #2 Onde histórias criam vida. Descubra agora