Capítulo 20: Aquém das testemunhas, prevalece a consciência

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- Na próxima segunda-feira? - ouvi Justin perguntar ao telefone.

Então, tirei a almofada do rosto para observa-lo.

-Preciso levar alguma coisa? - ele continuo falando, ao mesmo tempo em que continuava deslizando suas mãos pelo meu corpo.

Ele agarrou a minha coxa e segurei o riso para não atrapalhar sua conversa.

-Apenas aqueles documentos? – Justin subiu a mão por baixo da minha saia, provocativo – Está certo. Obrigado Dr. Ryan. –  ele apertou a minha bunda com força –  Até mais.

Jus encerrou a ligação, jogou o celular em cima da mesa e deitou sobre mim novamente.

-O que ele disse, safadinho? – perguntei, curiosa.

Justin riu do apelido.

- Ryan disse que a primeira audiência do divórcio será semana que vem.

-Hum.

-E eu preciso de duas testemunhas. - ele acrescentou.

- Você já pensou em quem convidar?

-Já... – permaneci em silêncio aguardando ele dizer – Trace e você.

-Eu? Mas eu não posso, Justin.

-Por que não?

Pensei antes de respondê-lo.

-Porque sou sua namorada. – Justin sorriu – Eles considerariam como testemunha suspeita.

-Eu vou conversar com meu advogado, mas acho que não teria nenhum problema. - ele falou.

Eu ri de sua insistência.

-Trace é seu amigo?

-Sim. Mr. Trace Ayala. – ele brincou.

- Um amigo de longa data, não é?

- Sim, muito tempo... – ele desviou o olhar.

-Então ele será uma boa testemunha. – comentei.

-Você também. – ele apertou os meus lábios preparando-os para um beijo – Quer alguém melhor que você, Anny Scrooballs? – Justin correu os olhos pelo meu decote.

-Você não presta, Justin! – gargalhei.

-Mas eu amo você. – ele disse, seus olhos azuis encontraram os meus.

Eu sorri dizendo o mesmo sem palavras, depois senti seu beijo aquecer meus lábios vagarosamente. Quando dei por mim já estávamos semidespidos e meu corpo estava em chamas implorando por ele. Estávamos no sofá e o pouco espaço deixava as brincadeiras ainda mais interessantes. Em questão de segundos Justin já estava lá em baixo, acariciando meus pés com  beijos suaves e, mesmo excitada, não consegui não rir das cócegas.

-Por que você sempre faz isso comigo? Hein?– perguntei, quase sem fôlego, sentindo o tesão ferver em minhas veias.

-Porque você é uma delícia, Anny. - Justin rosnou no meu ouvido.

Depois ele apoiou o rosto sobre meu ombro esquerdo e me abraçou para soltar o fecho do meu sutiã. Nessa posição eu podia apreciar com detalhes os músculos de suas costas bem desenhados se moverem conforme ele me tocava. Eu perdia as forças todas as vezes que sentia aquele perfume estonteante e sua pele sedosa colada na minha. Era impossível não me apaixonar por aquele tom de pele, tão branco e claro, que quando me soltava, ainda conseguia ver as silhuetas rosadas das minhas mãos estampadas nele. Além do cheiro, aquele cheiro maravilhoso que Justin possui, impossível de se encontrar mesmo que nas melhores perfumarias do mundo.

A História de Anny Scrooballs [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora