Capítulo 1

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Elisa 💭

— Você não sabe pra qual canto ele foi e menos o que ele tá aprontando, então até quando você vai ficar suportando isso?

— A Bruna tá certa, eu sou irmã dele e sei muito bem as palhaçadas que ele faz, se ele te ama tanto aonde ele tá agora? — Rebeca ergueu a sobrancelha.

— Eu sei que o nosso relacionamento é conturbado mas é verdadeiro, eu amo ele e ele me ama — respondi.

— Se ama tanto, cadê ele agora? — Bruna perguntou e eu passei olhar na multidão, nada do Vitor.

— Já volto — avisei as meninas e fui em direção dos meninos, que estavam bebendo e conversando com mais duas garotas — Vocês sabem aonde o Vitor tá?

— Ele saiu pra pegar mais cerveja, morena — Lucca respondeu.

— Tá bom — concordei e voltei a dançar com as meninas. Enquanto tocava algum funk que eu nunca tinha visto falar mas tava lá dançando senti uma mão na minha cintura, virei e dei de cara com o Vitor sorrindo. — Apareceu?

— Vamos ficar hoje de boa — me abraçou — O que você diz, hm?

— De boa? — perguntei e ele concordou — Então tá bom — dei um selinho nele.

Todo mundo pode me chamar de trouxa ou idiota, qual nome for, mas tudo o que eu passei com o Vitor pouquíssimos saber. Demoramos muito pra formar o nosso relacionamento e quem nós somos, quase dois anos nisso e hoje eu posso dizer que eu estou bem feliz.

Não temos nada assumido ou rotulado, somos nós dois juntos e pronto acabou. Apesar de termos nossas desavenças eu sei que é essa a nossa essência e que nascemos pra ficar juntos.

— Você quer beber o que? — perguntou — Uma gelada?

— Uhum — dei um selinho nele — Você me conhece muito bem.

— Já volto — fiquei com as meninas mais um tempo e nada do bonito voltar, dei meia volta e fui atrás dele que parecia ter ido fabricar a cerveja. Me aproximei do bar e encontrei o Vitor cochichando no ouvido de uma morena, fiquei olhando a cara de pau daquele garoto.

— É assim que você veio buscar a minha cerveja? — perguntei cruzando os braços.

— Você tá acompanhado? — a morena perguntou pra ele me medindo de cima a baixo.

— É uma amiga — ele levantou e me entregou uma lata já aberta.

— Sério isso? — perguntei puta e ele ficou quieto — Vai se fuder.

Se eu paro pra conversar com qualquer cara ele já fica puto da vida comigo mas ele pode fingir que não me conhece depois de me chamar de amor?

To nem aí também, voltei a dançar com as meninas e virei a garrafa de uma cachaça qualquer que estava nas mãos da Rebeca, dancei mesmo e quando chegou um novinho bem cheirosinho eu nem liguei. O cara era daqueles que dança bem por traz dando aquela cheirada no pescoço, e eu que não sou boba nem nada adorei.

Me virei ficando bem de frente com o loirinho, ele não esperou nem eu dar um oi e me tacou logo um beijão, daqueles que a sua alma sai e volta, envolvi o pescoço dele com os meus braços e intensifiquei o beijo.

— Tá me zoando né, Elisa? — escutei a voz grave do Vitor atrás de mim.

— Tu conhece ele morena? — o carinha perguntou pra mim.

— Conhece, agora pode ir soltando ela — tentou puxar o meu braço mas eu impedi.

— Você é a Xuxa pra ficar dando show? — olhei brava pra ele — Acabou de fingir que não me conhecia mesmo depois de vir com o papo de "aí o nosso relacionamento é sério".

— Eu não fiquei com ela não, para de pagar de doida.

— Vou deixar vocês se acertarem, fé pra tu morena — o loirinho piscou e saiu pela multidão.

— Então porque me tratou daquele jeito? — cruzei os braços.

— Ela é uma antiga conhecida, pô.

— Não quero papo contigo — desviei o olhar.

— Amor — acariciou o meu pescoço — Tu sabe que eu to contigo, independe do caô — tocou no meu rosto fazendo o meu olhar direcionar ao dele — Fala que você sabe, fala.

— Eu sei — bufei — Mas se acontecer de novo eu bato nessa tua cara, ein.


Bem vindos a mais uma história 💕

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