Capítulo 7

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Parabéns Pamela ❤️

Miguel 💭

— Parceiro, você tá fudido — Lucca bateu no meu ombro.

O Vitor consegue ser tão burro, tão burro de desafiar a mina que não quer ver ele nem pintado de ouro a beijar outro cara. Entretanto, esse cara tinha que ser eu.

Se ela queria provar algo e jogar na cara dele eu que não iria impedir, não queria nem me meter naquela treta mas já tava envolvido até demais.

Também não vou dizer que não gostei do beijo ou que não me surpreendi, afinal, eu nunca tinha me imaginado beijando a Elisa.

Bruna me encarou e soltou uma risadinha irônica, levantou da rodinha e saiu em direção a cozinha. Levantei também, encontrei ela encostada no balcão abrindo a garrafa de coca cola. — A Elisa, huh? — perguntou sorrindo.

— Nem começa, foi só um desafio e pronto.

— Sei bem no que esses desafios dão — tomou um gole do refrigerante.

— Exatamente, você e o Caio huh? — sorri e ela fez uma careta.

— Você viu o que aquela palhaça fez? — cruzou os braços — Eu não sei nem como ela ficou sabendo daquelas coisas, imagina se ela espalha pro resto do mundo?

— Ela faz isso porque se sente ameaçada por você — respondi e ela deu risada.

— Ameaçada por mim? — riu novamente — Eu sou tão de boa e impossível de matar até uma joaninha, como eu faria algo contra ela?

— Sei lá — dei de ombros — Os banheiros daqui de baixo estão todos ocupados, né?

— É melhor você usar o de cima — respondeu e eu concordei com a cabeça saindo.

Subi as escadas e bati na porta do primeiro banheiro mas pelo jeito estava sendo bem utilizado, abri a porta da suíte em busca de outro mas dei de cara com a Elisa encostada na sacada olhando o céu. — Tá tudo bem aqui? — perguntei.

— Que susto garoto — colocou a mão no peito e eu me aproximei — Tá tudo certo, nada errado.

— O Vitor veio falar com você?

— Não — suspirou — Ele que faz o motivo do drama e depois fica com drama — deu risada.

— Mas vocês terminaram, né? — perguntei e ela me encarou — Não quero sair como o amigo que pega a mina do outro.

— Você viu ele beijando três meninas, como ainda pensa que nós estamos juntos — perguntou ofendida, tentei responder mas ela me impediu — Aposto que você pensa que eu sou aquela trouxa que escuta calada. Bem, eu não vou negar que já fui mas agora eu tomei vergonha cara.

— Você tá ligada que ele fez aquilo pra saber se você tinha coragem né? — perguntei e ela concordou.

— E ele também fez aquilo pra te testar — respondeu — Ele se acha o espertão e não gosta de se sentir ameaçado.

— E porque ele se sentiria ameaçado? — dei risada.

— Eu sei lá, ele é todo problemático — respondeu —Aquelas são as três marias, não são? — apontou pro céu e eu me aproximei pra enxergar melhor.

— Acho que sim, o céu tá foda hoje — falei e ela me olhou sorrindo.

— Tô atrapalhando alguma coisa aqui? — pulamos com o susto.

— O que você quer, Vitor? — Elisa perguntou.

— Quero que vocês me respondam — perguntou olhando pra mim.

— Nós só estávamos conversando, irmão — respondi — Não tem nada demais acontecendo.

— E se estivesse? — Elisa perguntou — Qual seria o problema?

— Eu já entendi que você não quer mais — respondeu — Mas ficar com os meus amigos é demais.

— Eu só beijei ele porque você foi um idiota — ela respondeu brava — E se eu quisesse ter beijado eu não vejo nenhum problema, vê se cresce!

— Viu? — deu risada — Por isso que eu nunca te assumi, você sempre foi criança demais Elisa.

— Por isso você nunca me assumiu? — gargalhou — Pau no seu cu, Vitor.

— Vamos se acalmar — tentei apaziguar mas foi em vão.

— Você é muito criança cara — ele falou pra ela.

— Qual foi irmão? — me intrometi — Vai ficar repetindo isso?

— Já se apaixonou por ela? — perguntou irônico — Pode ficar à vontade, mas cuidado que ela é um chiclete.

— Nunca mais fala comigo — ela gritou e saiu.

— Pra que, cara? — olhei pra ele — Qual a necessidade?

— Não se mete — saiu também. Até perdi a vontade de mijar.

Desci e me aproximei do pessoal, tava todo mundo quieto se encarando e eu não tinha entendido nada. — O que tá acontecendo?

— Você que fala pra gente — Caio respondeu — A Elisa passou pisando duro e falando que precisava beber algo forte, já o Vitor saiu puto da vida atrás de alguma menina.

— Ih eles tretaram lá dentro — respondi — O Vitor falou um monte pra Elisa, tentei ate impedir mas não deu.

— Esse babaca falou o que pra minha irmã? — Bruna perguntou brava.

— Respeita que o babaca é babaca mas é meu irmão — Rebeca respondeu.

— Por favor né, ele tá passando dos limites faz um bom tempo e ninguém fala na cara dele — Bruna levantou — Vou atrás dela.

Quase sem querer Onde histórias criam vida. Descubra agora