Capítulo 13

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Eu to escrevendo agora, juro que ainda sai o último então tenham paciência 😂❤️
(Maratona 3/4)

Beca 💭

— Tá toda gostosinha assim só pra ver o PK? — senti alguém me abraçando por trás, o foda era que eu já sabia bem quem era.

— Pra quem mais seria? — me virei passando os braços em volta do pescoço dele — Hm, Lucca?

— Fica de palhaçada mesmo — olhou todo bravinho — Depois fica brava comigo.

— Sei sei — ri baixinho — Queria dormir contigo.

— Eu também — cheirou o meu pescoço — Mas como que faz com o teu irmão na minha cola?

— Dá uns olé — falei simples — Já estamos indo pro show, não precisamos ficar até o final.

— Cheia de ideia, gostei — me beijou.

— Isso, fica me agarrando no corredor até o meu irmão ver — separei as nossas bocas — Eu não to nem aí pra ele mas você fica tão preocupado...

— Não é fácil assim, ruiva — suspirou — Sabe que eu quero ficar contigo certinho e de lei mas ele deixa claro que não aceita que nenhum amigo dele fique com você.

— Ele é um boboca quem nem sabe o que fala — bufei — Vou te dar o seu tempo amor, mas não vou esperar pra sempre.

— Tô ligado — me deu um selinho — Te encontro lá fora, beleza? — concordei — Até daqui a pouco, amor.

— Até — me separei dele sorrindo.

É foda ficar se escondendo por causa de terceiros, a minha relação com o Lucca é bem restrita e só as meninas sabem. Há quase um ano nós começamos a ficar, e vou te falar, foi a melhor coisa que eu já vi. Ele tem o poder de me deixar bem com um toque,  e o melhor é o respeito um pelo outro. Desde que começamos a nos envolver sério não houve outras pessoas, sempre foi nós dois escondidos e vivendo altas aventuras mas tem hora que cansa, eu só queria poder ficar agarrada o tempo todo com ele, porém ao mesmo tempo entendo todo aquele papo de amigo "não deves pegar a irmãzinha de teu parceiro — salmo x".

— Tô prontinha pra ver aquele gato — Bruna deu uma voltinha no corredor.

— Jubilei está diferente — falei — Tenho medo.

— Para de implicar com a minha irmã — Lis bateu no meu braço — Agora bora que eu vou rebolar até o chão.

— Vai é dar dor de cabeça pro meu irmão — dei risada — Vou até ajudar você explodir aquela cabeça inútil dele.

— Nem parece que você é do mesmo sangue dele — Bruna riu enquanto caminhávamos até a saída da pousada.

— Ele me irrita, me impede de ser feliz — bufei.

— Você tem que chegar nele e conversar, Beca — Lis falou.

— Mas esse é o problema, o compromisso maior é com o Lucca e não comigo — respondi — Se fosse por mim tava suave.

— Ô da pra ir andando — Vitor se aproximou — É na outra quadra.

— Quer me matar? — perguntei — Sou sedentária meu filho.

— Pensei que você malhasse — Lucca deu um sorrisinho de lado. Malho mesmo, e no sentido que ele pensou.

Bruna 💭

Eu já cheguei no evento tomando umas, não tava nem querendo saber mas é claro que não iria ficar bêbada. Mais cedo a minha mãe já tinha ligado mandando eu tomar juízo na cara e falando que queria muito ir no show com a gente mas já tava combinado de sair com as amigas dela, mulher poderosa que chama né?

Quando aquele pedaço de mal caminho apareceu no palco eu não me aguentei e já sai puxando as meninas até lá na frente, ata que eu deixaria de curtir com a visão 3D. Sou santa do pau oco e não burra.

— Amiga do que céu que visão — Lis gritou — Glória a Deuxxxxx.

— QUANDO A VONTADE BATER VOU CHAMAR PRA FUDER DAQUELE JEITO QUE TU GOSTA — Rebeca gritou — Af eu só queria rebolar do meu mozão.

— Aproveita e sai com ele agora — falei.

— Eu não, vou ver um pouco do show e depois eu dou uma fuga — riu.

Não demorou muito pro show daquele Deus grego acabar, tudo o que eu queria era me jogar nele até não aguentar mais. Aproveitamos mais um pouco lá, o casal escondido já tinha dado um peão e o Vitor era tão viciado em mulher que nem tinha percebido nada. Quando era umas três horas resolvemos voltar pra pousada e descansar pro dia 31, que seria sem parar.

Tomei um banho bem gostosinho e coloquei um roupa confortável, a Elisa ficou só de sorrisinho no celular e eu nem queria saber com quem ela tava de putaria. Aproveitei o momento de distração dela e desci até o quiosque vinte e quatro horas da pousada pra comer alguma coisa, o meu estômago tava criando raizes.

Quando cheguei lá dei de cara com quem eu menos esperava ver. Caio. Até pensei em dar meia volta e vazar mas ele foi mais esperto e falou antes de fazer algo. — Não precisa fugir de mim não, se tu quiser eu nem olho pra você.

— Desculpa — falei baixinho. Era foda ficar tratando ele mal, até ele tava cansado disso. — Tem cereal, moça? — perguntei pra funcionária.

— Um instante — concordei sentando na banqueta ao lado dele, puxar assunto não iria me matar — Deu fome também?

— Olha só, ela tá falando comigo — riu, e eu fechei a cara — Tô brincando, deu sim.

— Foi mal pelo jeito que eu te trato — falei — Não é nada pessoal, até é mas ao mesmo tempo não, entendeu?

— Não — olhou confuso — Você nunca nele eu chance de eu falar com você, nem entendo o porquê disso.

— É complicado — respondi — Mas não é nada pessoal pessoal assim, só pessoal.

— Você bebeu? — perguntou — Pra estar falando toda confusa comigo...

— Não falo mais também — me afastei.

— Ih to brincando, vem cá — me puxou — Você faz letras?

— Uhum — peguei a tigela de cereal.

— Minha avó por parte de pai é professora de literatura, é esse caminho que você quer seguir? — puxou assunto.

— Acho que é, não sei muito bem — respondi — Sou muito indecisa pra decidir essas coisas — concordou — E você, trabalha com o que?

— Me vê sempre e não sabe? — riu.

— Nunca tive interesse — dei de ombros — Aí desculpa, não quis ser grossa.

— De boa — sorriu — Como eu falei, a minha vó é professora então desde sempre a gente teve a educação envolvida na família então os meus pais tem uma rede de escolas e eu administro também.

— Eita, me contrata — brinquei.

— Que interesseira, mal me conhece.

— Aproveitando as oportunidades da vida — ri.

Ficamos quase uma hora conversando ali no quiosque, e até que ele era legal se tirar toda a história que me traz traumas. Eu dei muita risada com o que ele falava e ao mesmo tempo fiquei muito interessada pelo jeito que ele contava das escolas que ele cuida, sempre achei que ele fosse aquele cara que não tá nem aí pra nada mas eu estava bem enganada.

Ele me acompanhou até a porta do quarto, me virei e sorri tímida, não era desse modo que eu planejava fechar a noite e pra ser bem sincera eu esperava fechar com o PK em um lindo romance.

— Boa noite — desejei.

— Boa noite morena, foi bom bater um papo com você — sorriu, e beijou a minha bochecha em seguida — Tchau.

— Tchau — acenei de volta e entrei.

Quase sem querer Onde histórias criam vida. Descubra agora