Capítulo 37

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Bruna 💭

— Ta ficando frio já, quer ir lá pra casa? — perguntei ainda abraçada com o Caio.

— É de boa lá?

— Tá com medo? — dei risada — É sim, bora lá.

Levantei e puxei ele pela mão, ele me abraçou de lado e assim voltamos pra minha casa. Assim que chegamos vi um carro preto parado em frente ao portão e a Lis saindo. Miguelzinho tava acertando tudo, eu sou uma cúpida foda.

— E ai, casal — gritei.

— Caralho, que susto piranha — Elisa colocou a mão no peito.

— Tá devendo? — Caio perguntou rindo.

— Eu não — respondeu — E vocês, se assumiram pro Brasil?

— Cuida da sua vida amorosa, eu que sou a cúpida aqui — falei e me abaixei pra olhar no vidro do carro — Miguel, todo mundo sabe que é você que tá aí, sai logo.

— Ele acha que é invisível — Caio zoou.

— Não queria dar problema pra essa chata ai — ele saiu e apontou pra Lis com a cabeça.

— Casalzinho escondido, hm? — tirei onda com os dois, minha irmã me olhou com cara de cu e o Miguel só deu de ombros, ele tava na dela demais.

— Vai se ferrar, garota — esbravejou.

— OU — escutei a minha mãe gritar.

— Ah pronto — Elisa suspirou — Agora ela já viu a gente.

— Tão fazendo bagunça no meu portão por quê? — gritou lá da sacada.

— Ninguém tá fazendo bagunça, mãe — gritei de volta pra ela escutar.

— Tá gritando com a sua mãe, Bruna? — gritou de volta cruzando os braços.

— Ó Deus — passei a mão na cara — Bora entrar.

— Entra vocês, a lasanha saiu agora do forno — ela gritou — Agora, vamos! — não esperou nem a gente responder, virou de costas e entrou.

— Ufa, que bom — Miguel trancou o carro — Tava na larica mesmo.

— Oi? — Elisa olhou debochada — Já vai entrando assim?

— Sua mãe que convidou, louca.

— Vocês são doidos, eu ein — abri o portão e entrei junto com o Caio, logo atrás os outros dois vieram. — Hmmm, cheirinho bom!

— Tá mesmo — Caio concordou ao entrarmos na cozinha — A senhora caprichou — sorriu pra minha mãe.

— Senhora no céu, Elô na terra — respondeu — Fica a vontade meu filho. Cade a sua irmã e o loirinho?

— Ela deve estar brigando com ele — sentei.

— Ô ELISA — gritou — ENTRA LOGO COM O GAROTO E PARA DE GRAÇA.

— Isso Elisa, obedece a sua mãe — Miguel apareceu na porta — Oi, tudo bem?

— A cara nem treme — Caio pegou um prato.

— Você tá na mesma situação que eu, parceiro.

— Tem sogrinha pra todo mundo, dona Elô tem um coração grande — falou cheia de graça.

— Pelo amor, mãe — Lis pegou um prato — Não fica dando bola pra esses dois não, depois não vão querer sair daqui.

— Com essa lasanha eu não vou querer mesmo — Miguel riu.

— Concordo com a Lis, tudo sanguessuga mãe — falei.

— As visitas são minhas, quietas vocês — tacou um pano na minha cara — Não é, meus queridos?

— Isso ai, sogrinha — Caio bateu na mão do Miguel que sorriu debochado pra nós duas.

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