Capítulo 25

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Lembrando que no insta eu aviso sobre os capítulos e alguns acontecimentos. Segue lá @ficdixxbe

Miguel 💭

Eu não curto ficar correndo atrás, nunca corri e não pretendo correr. Eu tento me explicar quando o clima pode afetar alguma coisa, procuro a pessoa e passo a minha visão, se ela for entender aí já não é problema meu.

Não faço ideia como a Elisa foi jogar aquela indireta na treta com o Vitor, mas ela já tava ligada no que tava acontecendo e o mínimo que eu poderia fazer pra manter a minha linha de príncipe era me explicar.

O foda é que a Elisa não era fácil de lidar, a mina não consegue ouvir sem querer tretar ou vir com braveza. Me irritei mesmo e pronto acabou, não quero conversa mais. Se ela quer seguir a vida dela emburrada, ela que siga bem longe de mim.

To nem aí também.

A rotina de estagiário tinha voltado, não tinha tempo nem de respirar porque era da faculdade pro trampo e do trampo pra casa. No meio tempo eu encontrava a Bruna que não andava mais como uma garota 100% humanas, depois que começou a trabalhar ficou até engraçada.

— E aí, palhaça! — puxei o cabelo dela.

— Ô cacete — me bateu — Tem como me deixar em paz?

— Tá brava? — sentei ao lado dela — Não faz bem duas semanas semanas que você começou a trabalhar.

— Você não entende — bufou — Adolescente é tudo problemático, me irrita numa facilidade enorme.

— Você ainda é uma adolescente — provoquei — Vai escutar um reggae pra acalmar.

— Palhaço você, só porque eu faço letras tenho que ouvir reggae e vender pulseirinha.

— No primeiro dia que eu te vi você tava com aquelas saias longas e escutando reggae, tá falando o que aí?

— Aí cala a boca — resmungou — Me da uma carona até a escola?

— Não — levantei e ela veio atrás — Tá curtindo trabalhar com o Caio?

— Ah — suspirou entrando no carro — Ele nem aparece lá, sabe como é gente rica que tem mil negócios, nunca fica só em um lugar.

— Você bem que queria — zoei com a cara dela.

— Você e a minha irmã com esse papo furado. Eu ein, me deixa. — olhei pro trânsito — Putz, esqueci que nosso posso citar o nome dela.

— Ué, quem disse que você não pode? — perguntei — Não tô nem aí pra ela não, tô tranquilão.

— Porque quando eu tô tranquilo eu to tranquilo — riu, e eu não entendi nada — O bom é que ela também não tá nem aí pra você, depois que se aproximou do Theo ninguém segura mais a Lis.

— Hm — não dei bola — Ninguém me segura também, não é só ela.

— Cuidado que ele é outro patamar — riu sozinha.

— Não entendi — estacionei em frente ao serviço dela.

— Vai ter que estudar a treta dos Poncios pra entender — beijou a minha bochecha — Tchau amigo.

— Tchau — acenei — Vê se não mata nenhum adolescente e não agarra o meu amigo.

— Vai se fuder — bufou.

Corri pro trabalho pra não chegar atrasado e tomar no cu. Meu chefe conseguia ser o pior de todos e pra melhorar a vice que era mulher dele vivia dando em cima de mim, mesmo que tentasse fugir das garras dela a doida tentava grudar em mim.

Eu tentava fazer o meu trabalho na paz e longe de encrenca, Deus me livre ser demitido por causa da minha outra chefe. Só aguentava aquele inferno por causa do currículo do caralho que eu estava construindo, de resto eu queria era botar fogo em tudo.

Durante o meu expediente todo o celular ficou vibrando, aposto que era algum grupo de festa ou até mesmo os moleques. Minha mão coçava pra dar uma olhada mas chegava a ser impossível, eu tava tão lotado de coisa e os supervisores ficava em cima, se eu desse um peido já tava fora.

Fiquei duas horas mais tarde que consequentemente iriam pro banco de horas e vazei daquele lugar. Tava doido pra encher a cara mas era impossível fazer isso numa terça feira. Fui mesmo pra casa, bati um rango, tomei um banho e me joguei na cama pra ver as mensagens que tinham. Nem li tudo e só comecei a ver as últimas mesmo.

Mensagem (4) — Caio é viado 🤪
Lucca: tá todo comportadinho que eu nem to reconhecendo mais.
Caio: nem quando toma bronca da mãe ele fica assim, to estranhando.
Eu: de quem vocês tão falando?
Caio: do nosso irmão Vitinho.
Lucca: que o pau é um palitinho
Vitor: vão se fuder
Vitor: to nem aí pra vocês
Lucca: irmão, vitinho tá se comportando pra impressionar a gata.
Eu: que gata?
Eu: quem deu o chá pra fazer você fazer esse sacrifício?
Caio: ela mesmo, dona Lis.
Eu: ué, não entendi
Eu: pensei que vcs nem se falavam mais.
Vitor: agora a gente se fala mas só na amizade mesmo, eu curto ela demais.
Lucca: quero só ver até quando essa amizade vai durar
Vitor: até quando ela quiser, se a Elisa quiser voltar eu volto sério mesmo
Vitor: se for pra namorar eu vou namorar mesmo e não to nem aí, mas se for pra ficar só na amizade tamo aí também
Eu: duvido
Vitor: não tem que duvidar não, entre eu e a Elisa tá tranquilo.
Caio: o moleque tá brabo.
Lucca: tomou vergonha na cara, vai vendo.

Eu nem tava sabendo desse papo, muito menos que o Vitor tinha interesse na Elisa. Pra mim sempre foi fogo dele, tanto que até eu me queimei com a mina. Ele só não pode saber disso.

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