Capítulo 34

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#ForaPrior rsrs

Miguel 💭

Quando o Caio me ligou eu não pensei duas vezes em correr até a casa da Bruna e ver o que tinha acontecido. Tudo bem que ele não tinha culpa mas puta que pariu, enfiar ela no mesmo lugar que a madrasta má? É de fuder!

Conversei com ela até se acalmar, eu sei que não é fácil pra ela e se fosse comigo eu não sei o que eu faria. Infelizmente vida de estagiário era foda, eu tinha que correr pra empresa e não podia chegar atrasado. Perguntei aonde ficava banheiro do andar de cima, até porque eu não queria ficar andando pela casa com a mãe dela lá, sai do quarto dela e olhei pra esquerda, abrindo a segunda porta que tinha.

— Miguel? — Elisa me olhou confusa.

— Aqui não é o banheiro — resmunguei. Porra, nem ruim a Bruna dava uma folga pra mim. Você ajuda a pessoa e ela te joga pra uma emboscada com a mina que te deixou encucado.

— Realmente, aqui não é o banheiro — ela riu levantando da cama — Tá tudo bem com ela?

— Mais ou menos — cocei a cabeça — Sabe como é foda essa parada toda, não é?

— Eu sei — suspirou — Ainda mais que eu tava escondendo o recado que o pai dela tinha passado pra minha mãe. Eu queria achar uma solução antes de jogar no colo dela e estabilizar ela todinha, entende?

— Entendo, pô — falei — Acho que eu faria o mesmo, então não fica se culpando.

— É complicado — fez uma careta — Eu tô com ela desde a adolescência e vi tudo o que ela passou, só queria evitar mesmo.

— Você era adolescente até um tempo atrás, criança — brinquei com ela, arrancando um sorriso.

— Se liga, você é um ou dois anos mais velho que eu, não tem moral aqui! — bateu no meu ombro.

— Claro que eu tenho, eu sou mais velho — bati de volta fazendo ela ri novamente — Você acha que ela vai conversar com o Caio?

— Não sei, espero que ela não fuja — falou — Eles realmente se gostam, acho que deveriam ter uma chance pelo menos de ficarem juntos e se conhecerem melhor.

— E a gente não merece essa chance? — desviou o olhar — Ein?

— Não vamos entrar nesse assunto — recuou.

— É meio hipócrita você querer dar esse conselho sendo que não segue ele — me aproximei.

— Eu estou seguindo, só que com outra pessoa.

— Pensando em mim? — dei risada — Assim fica mais fácil ou mais difícil de fugir?

— Como você tem tanta certeza que eu penso em você? — me olhou debochada enquanto eu me aproximei mais.

— Se você não pensasse, você não estaria mordendo os lábios agora se segurando de algo que tanto quer — colei os nossos corpos encostados na parede — Eu sei porque eu não parei de pensar em você também.

Chutei o balde, foda-se!

— Você mesmo falou que não podia rolar nada, porque tá querendo tanto agora? — arqueou a sobrancelha — Só porque não vai conseguir?

— Quem disse que eu não vou conseguir? — esfreguei a minha boca na dela — Hm? 

A resposta da Elisa foi como se tivesse acendido um fogo que já estava queimando, sem demorar ela colocou a mão por dentro da minha camisa e arranhou as minhas costas. Ali, exatamente ali, eu soube que era o sinal certo.

Colei ainda mais os nossos corpos contra aquela parede, entrelacei os meus dedos no cabelo dela e com a outra mão eu fiz questão de puxar aquela cintura pra mais perto de mim, não deixando um centímetro escapar. Ela não demorou pra avançar, me puxou para um beijo intenso que me fez ter vontade de jogar tudo pro alto e fuder ela bem ali, nem aí pra qualquer pessoa que estava na casa.

Ela intensificou os arranhões, me fazendo soltar um suspiro, como reposta eu desci a minha mão até a bunda dela apertando com força. — Se a gente continuar eu não vou conseguir me segurar — falei afastando as nossas bocas.

Quase sem querer Onde histórias criam vida. Descubra agora