Capítulo 15

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Miguel 💭

Paguei a língua, pronto acabou.

Dei risada da mina que tinha me mandado mensagem bêbada e foi só eu beber que fiz o mesmo, mandei ate áudio. Tava na merda mesmo.

O clima era probidão mesmo porque nem fudendo eu podia fazer algo disso, numa hora eu escuto o Vitor resmungando por ela e na outra eu mando áudio falando que quero um remember? É pra me fuder mesmo.

Já que tava na merda mesmo eu iria me afundar mais, nem dava pra fingir que nada aconteceu então agi normal mesmo e continuei o flerte. Pra melhorar o meu dia, a Bruna já se aproximou nos sorrisinhos, tava na cara que a outra tinha aberto o bocão e explanado a minha derrota.

Todo mundo pensar que ela é a menina mais santa mas ninguém imagina a mente do mal que ela é, chegou mandando o plano da virada e eu nem queria beijar exatamente nos fogos mas a chatinha insistiu e deu no que deu. Mandou eu ir pro calçadão e agir, não deu outra, cheguei puxando pro beijo mesmo.

Pensei que ela fosse me dar um tapão mas não demorou pra engatar também, a sorte é que tava todo mundo nem aí pro que tava rolando ali. Foi boca colada na outra e mão na bunda, 2020 tava aí né, só passava vontade quem queria.

— Pensei que seria em 2019 — falou ao separar as nossas bocas.

— Sua amiga achou melhor desse jeito — respondi.

— E você foi no papo dela né? — me olhou brava.

— Ué, não gostou não? — puxei ela pela cintura — A gente tenta mais uma vez pra ver se vai.

— Cadê o Miguel? — me olhou rindo — Você já tomou umas né?

— Tô bem sóbrio — respondi — Sóbrio o suficiente pra lembrar que a gente tem que voltar pro pessoal.

— Caiu na real — revirou os olhos — Bora lá.

— Vai na frente — segurei na cintura dela e fui junto. Tava cheio de gente querendo se agarrar no outro, era até perigoso deixar alguém sozinho.

— FELIZ ANO NOVO — Bruna gritou assim que nos viu — Muito bom ano novo né?

— Sua esperta, vou acabar com essa sua imagem — Elisa bagunçou o cabelo dela.

— Fiz um favorzão pra você, irmã — a abraçou e ficou falando com ela.

— Hm sumiu né? — Caio se aproximou — Feliz ano novo, irmão.

— Feliz ano novo — fiz um toque com ele — Tava por aí.

— Sei bem o seu por aí, tava caçando mulher né — assenti rindo, mal sabe ele.

Abracei o resto do pessoal, assim que olhei pro lado vi o Vitor se aproximando da Elisa, mesmo ela se afastando ele conseguiu falar com ela. Mancada demais, eu aqui menos de cinco minutos depois de ter beijado a mina dele...ex mina na verdade.

Fizemos amizade com uma rodinha e logo estávamos enchendo a cara juntos, a Rebeca e o Lucca já tinham dado um olé enganando o meu amiga que estava só no sorrisinho pra outra garota.

— Irmão — ele se aproximou — Vou levar aquela loira lá pra pousada, tem problema?

— De boa, tenho uns planos aí — respondi. Quem eu queria negar, tinha umas ideias na mente e na virada tudo pode.

— Vai pegar qual? — sorriu.

— Uma morena — o que mais tinha era morena ali.

— Falou então, bom rolê pra tu — bateu no meu ombro e saiu com a mina.

De longe vi a Elisa se afastando pra ir pegar mais bebida, sai de fininho e cheguei nela por trás — Tá afim de vazar?

— Vazar pra onde, tá doidão?

— Tá afim ou não? — perguntei mais uma vez.

— Tem a Bruna, não vou deixar ela sozinha aí.

— Tem o Caio aí, certeza que ele não vai descuidar dela — olhou pro lado e deu um sorrisinho, que eu aceitei com um sim — Vou falar com ela e a gente já vai.

— Miguelzin — Bruna me abraçou — O que tá pegando?

— Vou sair com a sua amiga, tá em condições de ficar aí?

— Uhum — assentiu — O pessoal é bem de boa e mais tarde eu volto pra pousada com o seu amigo — apontou pro Caio com a cabeça.

— Beleza, qualquer coisa me liga — concordou, virei pro Caio pra mandar os avisos — Cuida dela, tá me ouvindo?

— Já tá vazando? — perguntou rindo — Cuido sim, nem bebi muito e mais tarde eu chamo um uber.

— Juízo, nada de se envolver com a minha amiga — dei um soquinho no braço dele e vazei atrás da morena.

Consegui chamar um uber pra gente, fui o caminho todo em silêncio enquanto ela cantava baixinho uma música que tocava no rádio. Assim que chegamos na pousada ela foi indo em direção aos quartos mas eu a puxei e pedi pra esperar na recepção, não ia dar bom ir pro quarto dela. Na sorte a recepcionista falou que tinha apenas um quarto disponível, reservei ele mesmo e foda-se que não era motel.

— Bora — segurei na mão dela e a puxei em direção ao novo quarto, que novamente pela sorte era do outro lado da pousada e bem longe dos nossos.

— Você é maluco — falou assim que sacou a ideia.

Nem respondi, apenas peguei a chave no meu bolso e destranquei a porta, dando passagem para ela entrar.

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