Capítulo 12

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Maratona (2/4)

Miguel 💭

Fomos andando até a praia que não era longe, de trás o Vitor já foi alugando a minha orelha falando da Elisa, o moleque cismou que eu tava tendo algo com ela. — Vou me estressar com você, já falei que eu nunca nem olhei pra mina com outros olhos, se liga.

— Foi mal, parceiro — suspirou — Fui um cuzão com ela e às vezes bate a saudade, ela já falou pra eu ficar longe e é isso que eu vou fazer — me olhou sorrindo — Vou aproveitar a chance e pegar várias carioquinhas.

— Eu até queria — Caio bufou — Mas to encucado com uma aí, tá difícil.

— Ih qual é? — Lucca sorriu — Joga na roda.

— Eu não, no silêncio é sempre melhor — respondeu.

Achamos um lugar daora pra ficar, as meninas mal chegaram e já se jogaram na areia passando aqueles troços que eu não entendo nada. Pedi uma gelada pra começar e me ajeitei só olhando a vista, só carioca bonita parceiro.

Não demorou nem um pouco e a Bruna já veio pro meu lado me chavecar, tava até demorando. Quem me conhece sabe que eu nunca fui de ser muito grudado com mina nenhuma na amizade mas com a Bruninha era outros quinhentos, a garota era o mais perto que eu tinha de irmã.

— Miguelzin — alisou o meu braço.

— Ih que foi? — nem precisava olhar pra ela pra enxergar a cara de quem quer pedir algo.

— A noite tem um show do PK aqui perto, não vou falar nada pro pessoal porque depois eles ficam na minha cabeça me irritando — revirou os olhos — Tô querendo ir...

— Você tem que perder essa coisa de acharem que vão te irritar só por você ter vontades.

— Eu sei — bufou — Mas eles ficam "aí não era santa e agora quer ir dançar funk?" — fez careta.

— E? — a encarei — Tá geral em amigo aqui, ninguém vai te julgar não.

— Mas eu não gosto, Miguel — fechou a cara.

— Tá bom — falei — Vou falar com eles.

— Obrigada, te amo — beijou a minha bochecha e voltou a sentar com as meninas.

A Bruna odiava a fama de garota santinha que ela carregava mas também não curtia sair da mesma, quanto mais eu falava pra ela não ligar mais ela se irritava.

— Irmão — Caio se aproximou — Posso fazer uma pergunta?

— Lá vem você também — resmunguei. Pode nem ficar de boa.

— Você tem alguma coisa com a esquisita ali? — apontou pra Bruna com a cabeça.

— Eu não, ela só é minha amiga — respondi — Porque?

— Nada não — bebeu um gole da cerveja dele.

— Ih já até te saquei — dei risada — Pode parando por aí.

— Parando o que eu nem comecei? — me olhou — A garota nem olha pra minha cara e eu nem sei o que eu fiz.

— Você não fez nada, é coisa dela — respondi — Não quero palhaçada pra cima dela, sei bem as suas intenções.

— Não tenho intenção nenhuma.

— Uhum, sei — concordei pra cortar o papo ali mesmo. O Caio era o tipo de moleque que sempre curtiu pegar todas e nunca esteve aí pra coisa séria, eu que não queria ele perto dela.

As meninas levantaram pra ir dar um mergulho e jogaram as bolsas na gente, nunca vi mais mandonas. O Vitor não perdia a oportunidade de implicar e fazer a irmã passar vergonha na frente da praia toda, ficava gritando bem alto que tinha areia na bunda dela até a Rebeca se irritar e voltar pra dar vários socão nele.

Depois de um tempo pedimos umas porções ali, a larica bate e nem só de cerveja vive o homem. Assim que chegou as urubus vieram enfiar a mão cheia de água na batata, não demorou pra eu dar um tapão na mão de qualquer uma que tocasse ali. — Vai enxugar antes de tocar na comida.

— Nossa pai — Rebeca riu secando na toalha — Pronto, melhorou?

— Muito melhor — respondi.

— Chato demais — mostrou a língua pra mim.

— É o efeito dos litros de energético que ele bebe amiga, faz as pessoas ficarem assim mesmo — Elisa falou pra me provocar.

— E você? — olhei pra ela — Passou a madrugada no banheiro?

— O que eu perdi? — Bruna perguntou.

— Esse seu amigo ridículo — Elisa bufou — Fica cuidando do que os outros comem.

— E você do que os outros bebem — dei um sorrisinho pra ela, que revirou os olhos. Não da nem pra não olhar pra ela naquele biquíni, toda bonitona e cheia de marra, mas Deus me livre, muito b.o pra mim.

Peguei o celular pra desviar o olhar mas nem isso me ajudou, logo que eu abri o Instagram a foto dela foi a primeira a aparecer. Palhaçada com a minha cara.

@Lisvicente: Meu escritório é na praia 🌊🌞 — 📍Rio de Janeiro

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@Lisvicente: Meu escritório é na praia 🌊🌞 — 📍Rio de Janeiro.

Deu nem tempo de deixar a minha curtida que uma cabeça se enfiou na minha visão. — Hmmmm tá observando demais a minha amiga, não tá não? — Bruna falou baixinho.

— Sai dessa — resmunguei.

— Eu shippo sabia? — sorriu maliciosa — Você precisa de algo novo depois daquela Renata e ela prefira se aventurar em outras águas.

— Não era tu a santinha? — bateu no meu braço — Continua assim que eu não vou falar nada do show que você quer ir.

— Parei — se afastou — Hm que clima, vocês estão sentindo? — falou alto.

— Sentindo o que? — Elisa perguntou.

— Não tá sentindo amiga? — perguntou novamente — Era pra você estar sentindo.. — me deu um sorrisinho.

— Vai rolar um show do PK aqui perto, bora? — perguntei encarando a Bruna pra ver se ela calava a porra da boca.

— PK delicinha, eu quero — Beca bateu palmas.

— Eu sou mais — Lucca se gabou — Por mim suave.

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