Capítulo 11

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Estou sumida daqui mas quem me segue no insta (@ficdixxbe) sabe os motivos, mas já que teve vários comentários no capítulo passado pra continuar e até fazer maratona cá estou. Aliás, amo as mensagens de vocês ❤️

Maratona (1/4)

Elisa 💭

— Eu não vou no carro do Miguel, já vou te avisando — falei pra Bruna enquanto fechava a mala.

— Toma vergonha na cara Lis, só porque deu uns beijinhos nele.

— Ah é? — olhei pra ela — Então vai no carro do Caio.

— As circunstâncias são diferentes — respondeu.

— Meu pau que é — levantei — Eu vou no carro do Caio com a Beca e você vai no do Miguel com o Vitor e o Lucca.

— Você é chata demais, eles já estão aí e você enrolando — bufou.

Ata que eu iria no mesmo carro com aquele garoto depois das mensagens que eu mandei enquanto estava mais pra lá do que pra cá, ainda bem que o Vitor tinha o mínimo do senso e não iria no mesmo carro que eu.

Nosso rumo era o Rio, vamos passar a virada lá bem plenos e aproveitar os três dias que nos restaram. Até a minha mãe vai, a bonita é cheia dos contatos e vai passar uma semana na casa de uma amiga dela bem em Copacabana enquanto nós vamos ficar numa pousada perto da Barra.

O ponto de encontro sempre era a minha casa, então mais que o normal todo mundo arrumando os carros na minha garagem. — Bora doidona? — Caio me abraçou.

— Vamos amigo, coloca a minha mala aí e o meu travesseiro vai atrás — falei de um jeito mandão.

— Quer bala, senhora? — Beca perguntou.

— Quero que vocês coloquem o ar daquele jeitinho pra eu não precisar pegar o meu edredom e tirar um cochilo top — sorri.

— Ela é folgada mesmo — Vitor riu.

— E quem te perguntou? — olhei pra ele.

— Hm vamos né? — Lucca mudou o rumo da conversa — Tem chão até lá.

— A dona Eloisa já chegou lá? — Bruna perguntou.

— Uhum — concordei — De avião é rapidão.

Ficamos umas duas horas na estrada e resolvemos parar em um posto de gasolina pra abastecer. Desci do carro esticando as minhas pernas e observando os malucos irem até o banheiro, eu aviso pra não encher a barriga de água antes de sair mas quem disse que eles me escutam?

Aproveitei que a loja de conveniência tava vazia e entrei pra comprar alguma besteira, fui pro corredor dos doces e fiquei analisando qual eu queria levar — Não quis ir ao banheiro?

— Não, to suave — me virei encontrando o Miguel com o olhar — Veio comprar doce?

— E energético — respondeu.

— Toma bastante energético pra quando chegar lá não conseguir dormir — falei.

— Falou igual a minha mãe agora — resmungou — E você que tá levando um monte de doce, vai te dar dor de barriga.

— Cuida da tua vida, eu ein.

— Acabou de falar do meu energético — deu risada — Não dou uma hora pra pedir pra parar de novo e correr pro banheiro.

— Garoto? — olhei pra ele — Deixa o meu estômago em paz?

— Quem amigo avisa é — dei risada das palavras que ele trocou — Opa.

— É melhor você comprar uns dois desse, tá até trocando as palavras aí — gargalhou.

— Não era você que tava me dando bronca? — cruzou os braços.

— Tá tudo suave aqui? — fomos interrompidos pelo Vitor.

— Tudo tranquilo — Miguel respondeu e eu apenas ignorei indo pro caixa.

Paguei as minhas coisas e fui pra perto do carro, abri um pacote de fini e comecei a comer ali enquanto o povo não voltava de sei lá onde. — Posso trocar uma ideia contigo?

— Ih nem vem, Vitor — respondi.

— A gente vai ficar nesse clima chato? — perguntou — Não precisa disso, Lisa — tentou tocar no meu cabelo mas eu desviei.

— Pode parando aí — me afastei — Já vou te avisando que eu vou passar a minha virada tranquila e bem longe de você, infelizmente você tá no meu grupo de amigos então não tem como evitar olhar pra essa sua cara. Não vem pra cima de mim querendo mandar no meu jeito de ser, tá me escutando?

— Elisa...

— Elisa o caralho, sai fora — bufei — Se você começar a me irritar eu vou tretar contigo na frente de geral, não quero nem saber — falei — Entendeu?

— Do jeito que você quiser — respondeu se afastando.

— Do jeito que eu quiser mesmo, eu ein — entrei no carro. O moleque pisa em mim e fala um monte de merda pra depois vir querer ficar de boa? Minha mão pra ele.

Fomos o resto do caminho bem de boas até a pousada, quando chegamos já eram quase três da manhã então só subimos com as malas pro quarto e capotamos pra ter mais energia pro dia seguinte.

(...)

— Bora acordar que daqui a pouco termina o café da manhã e eu não tô nem um pouco afim de perder — Rebeca me balançou — Bora Elisa.

— Eu prefiro quando a Bruna me acorda, ela consegue ser mais carinhosa — resmunguei.

— A senhorita Bruna tá colocando o biquíni porque nós vamos pra praia direto do restaurante — bateu na minha bunda — Levanta.

Assim que a Bruna saiu do banheiro eu entrei arrumando as minhas coisas e me preparando pra ver outros seres humanos. A pousada tinha uma vista top e sinceramente, eu queria curtir até não aguentar mais e não teria macho nenhum que iria me segurar.

Seguimos pro café encontrando os meninos já com os pratinhos na mão, quem fala que eles são os mais lentos estão super errados. Nunca vi um povo pra comer mais do que esses quatro, chega até assustar. — Bom dia pessoas.

— Já vou avisando, tem bolo de chocolate igual o que você gosta mas tá acabando então corre lá — Lucca beijou a minha testa.

— Obrigada queridão — abracei ele de lado e corri pra comer.

Quase sem querer Onde histórias criam vida. Descubra agora