Capítulo 6

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Elisa 💭

— Então quer dizer que você um pé na bunda do meu irmão? — Rebeca perguntou e eu concordei — Glória a Deus, eu não aguentava mais esse filme de terror.

— Mas agora é pra valer ou é só fogo no cu? — Bruna perguntou.

— É pra valer, não vou ficar me prendendo em um cara que mal liga pra mim — respondi — Se no futuro ele tomar vergonha na cara e mudar, aí quem sabe.

— Bora jogar verdade ou consequência? — Lucca perguntou empolgado.

— Ih sei não — Bruna negou com a cabeça — Sempre da em merda.

— E qual é o problema nisso? — Rebeca levantou — Eu topo.

— Então eu também — levantei.

Se fosse dar merda, o que iria dar, qual era o problema?

Eu mesma estava bela e solteira, em busca de felicidade ou de um corpo nu.

— Todos sentados? — Nathan (dono da casa) perguntou — Bundinha da garrafa pra verdade e boquinha de garrafa pra consequência.

Tinha umas vinte pessoas jogando, e cada vez que ela parava ou saia algum babado chocante ou alguém se pegando. O Vitor beijou cerca de três meninas em uma rodada só, e toda vez olhando diretamente pra mim.

Já passei tanto tempo me preocupando e chorando por ele, mas agora eu só sinto pena por ele ser tão ligado às aparências.

A garrafa rodou e parou exatamente entre a Bruna e a vaca da Helena, uma garota que vive pra implicar com a gente e o sonho dela era eu me afastar do Vitor. — Olha só, a falsa puritana.

— Vai logo, Helena — Bruna bufou.

— Verdade ou consequência? — perguntou.

— Verdade.

— É verdade que você perdeu a virgindade com o seu professor de matemática, casado e pai da sua amiga do ensino médio? — perguntou e meu sangue ferveu.

— Você é impressionante — falei — Não sabe porra nenhuma e continua querendo se achar a mais fodona levando vantagem na vida dos outros.

— É só ela me responder — me encarou — Não vejo nada demais na minha pergunta.

— Consequência — Bruna respondeu.

— Você tá com medinho? — Helena a encarou.

— Ela quer consequência, então vai ser consequência — Miguel falou bravo.

— Beleza — concordou — Vamos ver se você tem coragem de beijar o velhinho da turma — apontou pro Caio — Vai.

— Eu vou voar nessa piranha — Rebeca falou — Como ela faz isso sabendo que o Caio é parente da madrasta da Bruna? — perguntou baixinho.

— Se isso for fazer você se sentir uma pessoa melhor — Bruna levantou — Olá Caio, tudo bem?

— Tudo ótimo — sorriu.

Nunca na minha vida eu imaginaria essa cena, por todo o ódio da Bruna pela família dela e principalmente pelo pai e madrasta. Quando ela descobriu que o Caio era sobrinho da vaca, ela quis se afastar e nunca mais olhar na cara dele. Já o Caio que não entendia porra nenhuma continuou a não entender, a Bruna não deixou a gente explicar o porquê de tanta cisma com ele e rejeição, mas não é como se ele ligasse tanto.

Bruna segurou na nuca dele e o puxou para um beijo, um beijo daqueles de calar a boca de todos. Muitos dali ilhavam assustados, sempre viram ela como uma espécie de garota perfeita pra ser a própria freira, e viver pra sempre em celibato.

Mas a verdade é que ela só tem essa imagem é essa personalidade por ter sofrido demais na vida, há detalhes que quase ninguém sabe e eu sinto vontade de chorar só de pensar em tudo o que ela já viveu.

— Tá ótimo — Helena falou — Pode parar.

— Satisfeita? — Bruna se afastou dele — Pode continuar a brincadeira — Respondeu e rodou a garrafa mais uma vez parando, e me surpreendendo do resultado.

— Verdade ou consequência? — Vitor me perguntou.

— Consequência — respondi e ele ergueu as sobrancelhas surpreso — Duvido que você fica com o Miguel.

— Porque eu? — ele perguntou confuso.

— Ok — concordei levantando e andando em direção do Miguel. Se o Vitor queria me desafiar, que ficasse bem surpreso com a resposta.

Envolvi os seus cabelos com os meus dedos e o puxei em direção a minha boca, rocei os nossos lábios e o beijei. Ele apertou a minha cintura com uma mão e com outra me puxou ainda mais, arranhei as costas dele levemente e ouvi ele gemer bem baixinho.

Me separei e assisti ele abrir os olhos, sorri com a cara de satisfeito dele e me levantei voltando ao meu lugar. Encarei o Vitor me olhava puto da vida, ergui a sobrancelha e ele saiu pisando firme.

— Parabéns, acho que você deixou o meu irmão totalmente irritado — Rebeca gargalhou.

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