Capítulo 19

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Opa opa

Miguel 💭

Hoje eu tava tranquilão, as aulas da faculdade ainda não tinham voltado e o escritório que eu trabalho estava fechado. Na noite passada eu tinha ido em uma balada com os moleques, viramos a noite enchendo a cara. O doido do Lucca tinha tretado com a Beca e pelo o que eu entendi ontem eles tinham terminado todo o lance. Foda, o cara ficava com a irmã do amigo e não tinha coragem de chegar pra mandar a real.

Agora, nós estávamos atravessando a avenida em direção a uma festa na orla. De longe já dava pra ter uma noção da bagunça, combinamos com um pessoal da faculdade lá mesmo. Entramos com uma pulseira especial, tava tão cheio que nem tinha como querer ficar no meio da multidão.

— A Bruna não vai vir? — Caio perguntou.

— Ih, qual foi? — Vitor deu risada — Tá louco pela santinha, é?

— Tô querendo saber, só isso.

— Estou de olho — falei — Não falei com ela hoje mas provavelmente elas vão ficar em casa fazendo aqueles programas de menininhas com o coração partido.

— Quem tá com o coração partido? — Vitor perguntou interessado.

— Ninguém — Lucca respondeu.

Começamos a curtir junto com o pessoal da facul, eu não tinha tanto contato com a maioria dali mas o Vitor conhece meio mundo e colocava a gente no meio.

— Meninos — uma morena que eu peguei ontem se aproximou.

— Gabi — Vítor cumprimentou — Bora pegar alguma coisa pra beber — saiu deixando nos dois.

— Pensei que eu não iria te achar aqui — sorriu — Ou que você iria fugir de mim.

— Porque eu fugiria?

— Os homens possuem essa capacidade de fugir de qualquer mulher por causa da grande regra de não repetir a dose.

— E você acha que eu sou assim? — assentiu — Vou ter que mudar a sua visão — sorri, e puxei ela pela nuca colando as nossas bocas em seguida, ali no meio de geral mesmo. Tá doido que eu deixaria uma mina dessa passar.

— Ala, sua pergunta tá respondida — escutei os moleques se aproximando — A Bruna tá ali embaixo com as meninas, olhando pra cá — Vítor riu.

Me afastei da Gabriela e olhei pra baixou, encontrando o olhar da Elisa sobre mim que no mesmo instante desviou. Eu realmente não esperava ela aqui.

Rebeca 💭

— Quer saber? — Lisa pulou na cama — Você não vai ficar aqui em casa chorando por macho que nem te assumir foi capaz, pode levantar essa bunda e se arrumar porque eu tenho os meus contatos.

— Ih, pra onde você quer meter a gente? — Bruna perguntou desconfiada.

— Sabe aquela festa na orla? — perguntou — É pra lá que nós vamos.

— Ah não — neguei — Eu realmente não tô afim, eles devem estar lá e eu sinceramente não quero olhar pra cara de ninguém.

— Estão lá no bem e bom, não fizeram questão de chamar a gente e ontem mesmo os três estavam em outra baladinha — me derrubou da cama — Você não vai ficar chorando aí, nem fudendo.

— Cacete — resmunguei levantando do chão.

— Ela tá certa amiga, bora arrumar essa cara de choro e sair pra rebolar essa raba enorme do povo.

Sabe quando está tudo tão bem que você tem certeza que vai dar merda? Então, eu senti desse exato jeito na virada. Sabia que aquelas fugas já tinham passado da diversão e que se não tomássemos uma decisão iria dar muita merda.

E deu, nós brigamos por motivos bestas e acabou surgindo uma DR de alto nível. O Lucca deixou claro, de certo modo, que não iria trair o "irmão" dele se envolvendo comigo. O que não faz nenhum sentindo porque o Vitor não tem nada a ver com a minha vida, porra!

Mas se era desse jeito que ele queria, tudo bem, não fiquei insistindo e apenas levantei a minha cabeça correndo pra um lugar bem longe dele pra chorar.

Tomei um banho, passei um reboco e coloquei uma roupa bem ousada pra sair. Em menos de uma hora lá estávamos nós, na fila do bar pra pedir as bebidas mais fortes que tinha ali. Que se foda Lucca, Vítor e até mesmo os outros dois, sou burra e não cega, sei bem o lance das minhas amigas com eles. Assim que viramos um shot de tequila e chupamos o limão pra completar corremos pra dançar, no meio da música só senti um cutucão da Bruna me fazendo olhar pra cima. Lá estavam os bonitos no camarote, nos encarando.

— Foda-se — gritei para as meninas — Não fizeram questão de chamar a gente e parecem estar bem acompanhados — olhei pro Lucca que já estava com uma menina agarrada no pescoço dele.

— É isso aí — Lis gritou de volta — Eu vou é atrás dos meus contatos pra descolarem uma garrafa bem grande de Pitu.

— Tu quer é matar a gente — Bruna riu.

— Não vem fingir que você não quer, santa do pau oco — puxou as nossas mãos — Vou apresentar um pessoal pra vocês.

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