Capítulo 38

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Elisa 💭

Depois de todo o acontecimento com o Miguel, ele estava cada vez mais grudado. Tinha me mandado mensagem no final da tarde avisando que me buscaria no trabalho, e não era uma pergunta. Assim que eu desci do prédio já enxerguei o carro dele parado bem em frente, ele não ia desgrudar de mim.

Eu tinha cortado um pouco as asas dele falado que estava muito cansada pra comer fora, mas como o destino super me ajuda, a minha mãe só faltou buscar a gente pela orelha, no fim ele acabou indo jantar lá em casa.

E só pela cara do safado já pode saber que ele estava amando aquela situação, puxando o saco da minha mãe e de quebra comendo uma lasanha deliciosa. —  A minha mãe não pode saber que eu falei isso, a sua comida é a melhor que eu já provei.

— Puxa saco — falei.

— Estou só elogiando — apertou a minha coxa.

— Isso é porque você não provou o meu strogonoff com batata assada — minha mãe respondeu, agora ninguém segurava os dois.

— Não tive oportunidade ainda, sogrinha — fez uma cara triste, sonso do caralho.

— Eu também não tive, sogrinha — Caio fez a mesma coisa.

— Ô mãe, não dá papo pra esses dois não — Bruna bateu no braço do Caio — Tudo sanguessuga.

— Vamos fazer assim — minha mãe virou empolgada — Domingo vocês almoçam aqui, pode ser?

— Ah não — neguei — Eu tinha planos pra domingo.

— Você não precisa estar presente, amor — Miguel me olhou rindo.

— Ah vai lavar a casa da cachorra — resmunguei. Safado demais!

Terminamos de jantar, os meninos só faziam graça e confesso que eu até estava gostando daquilo. Minha mãe foi pra sala e mandou nós quatro arrumar a cozinha, o que ficou mais diferente porque eu nunca me imaginei de casalzinho com ele.

— Vocês estão juntinhos? — perguntei pra Bruno e pro Caio.

— Depende da sua irmã — ele respondeu — Eu topo tudo — olhei pra Bruna que me encarou de volta.

— A batata sempre fica comigo — resmungou — Eu também topo.

— Eita porra — Miguel se assustou — Por essa eu não esperava mesmo.

— Nem eu — dei risada — Então são oficialmente um casal?

— Sim, eu acho — Caio ficou olhando a Bruna com aquela cara de bobo, meu amigo tava caidinho.

— Só falta vocês — Bruna apontou pra mim e pro Miguel.

— Ih, nem vem.

— Bruninha já te falei, não vou desistir.

— Falou? — minha irmã debochou — Não lembro.

— Eu falo de novo, não tem problema não — me abraçou por trás.

— Sai com essa mão molhada, Miguel — tentei recuar mas não deu certo.

— Eu não vou desistir — beijou o meu pescoço — O papo tá dado.

Quase sem querer Onde histórias criam vida. Descubra agora