Elisa 💭
Eu estava no auge da minha vida e tudo estava dando certo. Juro juradinho, eu consegui um estágio melhor, o pai da Bruna tinha sumido e eu esperava que aquele cão estivesse longe o suficiente, meu namoro-não-namoro-oficial estava cada vez melhor e o Miguel já tinha combinado de contar para o Vitor.
Até que deu merda.
Não merda merda mas deu merda.
A vózinha do Vitor apareceu para passar um tempo na cidade e aparamente ninguém mencionou que o seu neto não estava mais comigo, sendo que ele nunca esteve. O que eu pensei que não fosse problema, foi.
Dona Zefa estava morrendo e como um grande clichê que a minha vida era, o sonho dela era ver seus netos felizes antes de falecer, ou seja, ele feliz comigo.
Eu tentei negar, tentei convencer a contarem a verdade mas, o Vitor não entendia o porque eu estava fugindo sendo que nós voltamos a ser amigos e a minha mãe considerava a dona Zefa demais para vê-la triste.
Então o que aconteceu?
Eu me tornei a namorada de mentirinha do Vitor e o Miguel surtou.
Eu não o culpo, não mesmo. Não é fácil ver a sua namorada fingindo estar com o seu melhor amigo que era o "ex" dela e que não sabe do seu posto como atual e, pra piorar, não deve ser fácil ver ele sofrendo porque sua família está sofrendo.
O que infelizmente era para ser curto acabou durando mais de um mês e infelizmente novamente, a dona Zefa teve que ser internada urgentemente.
— Você precisa beber algo Re, senão vai desmaiar — falei.
— Eu não consigo manter nada no estômago, acho que isso tudo tá acabando comigo.
— Como sua mãe está?
— Mal — respondeu — Chorou a noite toda.
— Seu irmão já foi se despedir?
— Não — fungou — Pelo menos acabou tudo isso pra você, isso é bom.
— Não fala assim — apertei a mão dela — Eu tenho um carinho enorme por vocês, mas não dá pra viver uma mentira quando se tem um Miguel ciumento e carente.
— Eu pensei que vocês iriam contar.
— Nós vamos assim que acabar tudo isso - a olhei — Cara, você tá muito pálida.
— Estou bem.
Eu duvidava disso.
Fomos interrompidas com o Miguel, Vitor, Caio, Luca e Bruno entrando na sala. O Vitor parecia um zumbi, Deus sabe o quanto doía ver ele tão mal.
— Filho, chegou a hora.
— Ok — levantou a cabeça — Você pode ir comigo?
— Eu? — perguntei.
— Quem mais tem sido meu apoio nisso tudo?
— Tudo bem.
Ele segurou a minha mão e eu não tive forças para afasta-lo, ele precisava de mim e eu estaria ali, mesmo que também doesse olhar para o Miguel querendo morrer com a situação. Nós entramos no quarto, eu fiquei afastada enquanto ele sussurrava o quanto amava a avó, o quanto sentiria sua falta e quando foi a minha vez eu também falei que ela marcou a minha adolescência, fazendo chup-chup pra gente e gritando toda vez que fazíamos bagunça.
Merda, isso tudo era pesado demais para qualquer um aguentar.
Tivemos que sair na hora que o monitor começou a apitar, aparentemente ela queria se despedir de todos antes de partir e foi o que aconteceu. Abracei o Vitor com força enquanto ele chorava no meu ombro, tive que puxar ele até o corredor porque apenas eu não iria ser capaz de consola-lo inteiramente.
— Ei — segurou meu braço.
— Oi.
— Obrigado.
— Não tem nada o que me agradecer.
— Não. Obrigado por estar aqui mesmo quando eu fui o cara mais lixo pra você, você não tinha a obrigação de me ajudar nas últimas semanas mas fez. Caralho, eu te amo e fui um merda por perder você. Eu te amo e quero você na minha vida.
Eu não consegui responder. Porque eu não consegui responder? Porque ele estava com a língua enfiada na minha boca, me segurando como se eu fosse um objeto precioso.
— Que merda é essa?
Duas pessoas tiveram essa reação.
Meu senhor amado quantas mensagens vocês me mandaram sobre esse livro.
Eu não esqueci gente e quero atualizar ele mais vezes.
Pra quem não me segue no Instagram (@autoradixxbe), eu estou tentando atualizar todos os meus livros e comecei um recentemente chamado Segundo Amor, então se você não me segue vai lá me seguir e se você ainda não leu vai lá ler.
:)
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Quase sem querer
RomanceCansada de estar em um relacionamento no qual apenas um ama por dois, Elisa mergulha em uma aventura com ninguém mais do que o seu amor semi-correspondido. O que ninguém sabe, ninguém estraga mas será que o silêncio é o suficiente para os dois? +1 r...