• Capitulo Um - Erro

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ARIANA GRANDE •
– Toronto, Canadá.

Eu nunca havia pensado no que aconteceria depois que eu completasse dezoito anos, no caso da maioria das garotas da minha idade, o seu presente seria um carro novo com um enorme laço vermelho, ou quem sabe uma grande festa com os amigos com toda a bebida alcoólica que você conseguir consumir, mas no meu caso, eu ganhei uma sentença, e ela seria marcada e selada no dia em que eu assinasse os papéis do meu casamento com o filho do maior traficante do país, Justin Bieber.

— Ariana. — A voz grave do meu pai chama a minha atenção. — Chegamos e o seu noivo a espera.

Engoli seco com suas palavras, afinal, noivo era uma palavra que eu só esperava usar quando entregasse meu coração a alguém e isso foi tirado de mim.

— Eu não quero me casar. — Meu tom de voz é baixo.

Meu pai me encara com o melhor olhar severo que ele tem.

— Tirei uma sentença de morte das nossas cabeças. — Ele bufa. — Quando os papéis forem assinados e você apresentada a sociedade como mulher de um Bieber, você estará protegida.

Ele não entendia, mas eu não queria proteção, eu queria liberdade.

— Do que adianta sair de uma sentença de morte para entrar em outra?

A minha pergunta parece ter tirado o meu pai completamente do sério, ele desceu do carro fulminando de ódio.

Edward Butera abriu a porta do lado em que eu me encontrava e praticamente me jogou para fora do automóvel.

— Escuta aqui. — Ele apertou o meu braço, do modo mais forte que ele conseguiu. — Você vai fazer o que eu mandar, então se eu mandei você assinar as merdas dos papéis e ser uma Bieber, é isso que você vai fazer.

Meus olhos se encheram de lágrimas, mas eu me recusei a deixar que qualquer uma delas caísse.

— Me solta. — Puxei o meu braço.

Meu pai não me deu ouvidos, apenas me arrastou pela escadaria que nos levaria até a porta de dentro da casa.

Eu ainda não conhecia o Justin, mas de uma coisa eu sabia: ele tinha um bom gosto.

Sua casa era linda.

— Eu acho bom você se comportar, Ariana. — Ele me olha de modo autoritário.

— Se eu não me comportar, você vai fazer o que? — Eu suspiro. — Me bater até me fazer sangrar?

— Não teste a minha paciência.

— Tenho certeza que se você me machucar mais do que esse roxo no meu braço, o meu casamento não acontecerá amanhã do jeito que você espera que seja. — Sorrio falsa. — Eu tenho certeza que meu futuro marido não quer passar de agressor para a mídia.

Meu pai abriu a porta da casa de Justin com brutalidade, ele estava com tanto ódio de mim que eu tenho certeza que se ele pudesse me agredir agora, ele o faria.

— Quem é você?

No momento em que a porta foi aberta, um grupo de seguranças apontaram suas armas prontas para atirar.

— Sou Edward Butera, o futuro sogro do dono desta casa. — Meu pai soltou o meu braço e arrumou o seu terno antigo em seu corpo, todo orgulhoso.

Ele me dava náuseas.

— Edward.

Enquanto eu massageava o meu braço, o qual eu tinha certeza que estaria roxo amanhã por causa de toda a força do meu pai, eu pude notar a chegada de mais um homem na sala.

Ele era loiro, dos olhos caramelados, a boca carnuda, tinha os braços cobertos por tatuagem e cheirava encrenca.

— Justin. — Meu pai o cumprimentou com um sorriso. — Mande seus seguranças abaixarem as armas.

Meu pai estava admirado e o tal de Justin parecia entediado com toda essa situação.

— Nós estamos aqui para fazer negócio e eu gosto de estar em vantagem. — Ele comenta. — E meus seguranças irão abaixar as armas quando eu lhes der as ordens.

Ele queria esfregar na cara do meu pai que isso tudo era dele.

— Pois bem. — Meu pai está desconcertado. — Essa é a minha filha, Ariana.

Os olhos de Justin finalmente se voltaram para mim e eu senti um frio na barriga, ele era intimidade.

— Não ligo. — Justin revira os olhos para nós. — Trouxe a informação que eu pedi?

— Sim.

— Abaixem as armas. — Justin ordenou e seus seguranças fizeram o que ele mandou de imediato. — Arrumem um quarto para essa garota e para o pai dela.

— O acordo está de pé? — Edward perguntou esperançoso.

— Não teste a minha paciência, Edward. — Justin bufa. — Amanhã quando assinarmos os papéis sua filha será minha esposa e você me dará o que eu quero.

O que está acontecendo aqui?

A porta da casa de Justin foi aberta novamente de forma abrupta, os seguranças levaram suas armas prontos para atirar quando um homem passou pela porta.

Ele se parecia muito com o Justin, apesar de aparentar ter a idade do meu pai.

— Isso aqui virou a merda da casa da mãe Joana? — Justin reclama. — O que faz aqui, Jeremy?

— Tirem essas armas da minha cara. — O tal de Jeremy se pronunciou. — E eu vim aqui para impedir que você faça uma burrada.

— Meus cachorrinhos são bem pagos para seguir as minhas ordens e não as suas, pai. — Justin ironizou. — E eu definitivamente não ligo o que você considera uma burrada ou não.

Eles são mesmo pai e filho?

— Ele está garantindo o pé de meia dele e da filha dele, Justin. — Jeremy protesta com o filho. — Não é assim que negociamos.

— Mas assim que eu negócio e essa é a minha palavra final. — Justin diz, autoritário.

— Você está cometendo um erro.

— Você cometeu um erro quando me negou o direito da vingança e agora nada e nem ninguém vai me impedir, Jeremy. — Justin diz por fim. — Não se esqueça de aparecer amanhã, use um terno bonito e faça o seu melhor papel de pai dedicado, tenho certeza que alguém vai acreditar.

Eu não estou entendendo nada.

SPILLED BLOOD [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora