SPILLED BLOOD [1]

• Capítulo Cinco - Casamento

• ARIANA GRANDE •
— Toronto, Canadá.

Eu havia passado a tarde inteira decorando cada palavra que estava escrita no papel, Chaz havia sido de grande ajuda e quando a minha maquiadora chegou e ele teve que me deixar, eu não poderia me sentir mais do que agradecida.

O dia parecia ter voado, eu não havia visto parte nenhuma da casa além do meu quarto e algumas horas mais tarde, eu estava em pé, pronta.

Meu vestido branco, de mangas cumpridas estava completamente alinhado em meu corpo. Meu véu branco milimetricamente ajeitado em meu cabelo e minha maquiagem estava estonteante.

Eu poderia ser considerada a noiva mais linda do mundo, mas por incrível que pareça, eu também era a mais triste.

— Pronta? — Meu pai aparece na porta.

— Eu não via a hora de você aparecer, papai. — Debocho dele e pego o meu buquê.

— Coloque um sorriso nessa sua cara, você está casando por amor. — Ele revira os olhos.

— O bom é que meu amado marido pensa em tudo, certo? — Eu caminho até o meu pai. — Porque só mangas longas seriam capazes de esconder o roxo que você deixou no meu braço.

— Tenho talento para escolher pretendentes, o que eu posso dizer?

Eu sinto vontade de bater nele.

— Vamos acabar logo com isso. — Eu seguro seu braço e deixo meu quarto acompanhada do mesmo.

Descemos as escadas juntos, a porta da sala ainda está fechada e ela será aberta no momento em que meu pai me der o sinal.

Por incrível que pareça, mesmo que tudo isso não passe de uma farsa, eu estou nervosa.

— Não se esqueça, Ariana. — Meu pai me olha nos olhos. — Viva a mentira até que a mentira se torne verdade.

Eles adoram essa frase, certo?

— Estou acostumada com mentiras, o seu amor por mim também não passou de uma. — Eu zombo, mas a vontade de chorar é grande. — Porque se você realmente me amasse, não estaria me fazendo passar por isso.

— Eu te amo e é exatamente por isso que você está aqui. — Ele me garante, mas eu não acredito. — Agora sorria.

Meu pai dá um sinal com a cabeça para os dois seguranças apostos na porta e eles abrem a mesma.

A marcha nupcial começa a ser tocada e eu abro o meu melhor sorriso enquanto começo a caminhar.

O olhe como se cada célula do seu corpo precisasse dele para sobreviver.

Eu sorrio abertamente e imagino que estou indo na direção do amor da minha vida, daquele que tem cada batida do meu coração em suas mãos.

Justin está lindo e isso eu não posso negar.

— Cuida da minha filha. — Meu pai encara Justin com ternura.

Eu fico impressionada no quanto meu futuro marido consegue ser tão falso, seus olhos estão brilhando ao me olhar e seu sorriso está perfeito.

— Cuidarei com a minha vida. — Ele promete.

Meu pai entrega a minha mão para Justin e eu sorrio para o homem que me criou.

Nos viramos para o padre e a cerimônia se inicia.

Acho que quando chegamos no fim, começamos a pensar no início e nas nossas escolhas que nos trouxeram até aqui e agora.

Eu sempre busquei ser uma boa filha, uma boa amiga, uma boa aluna e qualquer outra coisas que me dissessem para ser, e tudo o que eu me pergunto é onde eu errei.

Talvez a resposta seja simples, meu pai quem errou ao entrar nesse mundo quando ele sequer tinha peito para enfrentar os inimigos que fizesse e agora eu tenho que pagar pelas escolhas que ele fez.

Justin apertou a minha mão e eu finalmente cai em mim, meu olhar estava começando a ficar perdido no meio das minhas memórias e eu precisava fingir melhor.

— Justin Drew Bieber, você aceita Ariana Grande Butera como sua legítima esposa? — O padre encara ele primeiramente. — Para amar e respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separe?

— Eu aceito. — Justin não hesita ao me olhar de maneira apaixonada.

Como fingir amar alguém pode ser tão fácil para ele?

— E você, Ariana Grande Butera, você aceita Justin Drew Bieber como seu legítimo esposo? — O padre se volta para mim. — Para amar e respeitar, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, até que a morte os separe?

Como posso mentir diante de Deus?

Não!

Minha mente gritava comigo.

Apenas diga não e fuja daqui.

— Eu aceito. — Sorrio com lágrimas nos olhos.

Espero que todos acreditem nas minhas lágrimas, que elas são de felicidade.

— As alianças. — O padre entrega uma aliança para Justin e um para mim.

Nós nos viramos, um para o outro.

— Ariana e Justin, que estes anéis sejam um lembrete visível de seus sentimentos um pelo outro neste momento. Ao olhar para eles, lembrem-se que vocês têm alguém especial com quem compartilhar suas vidas. Lembrem-se de que vocês se encontraram um ao outro e um no outro, e de que nunca mais andarão sozinhos. — O padre sorri.

Eu sinto muito, mãe.

— Ariana, eu te dou esta aliança como sinal de que escolhi você para ser minha esposa e minha melhor amiga para o resto de nossas vidas. Receba-a e saiba que eu te amo. — Ele coloca o anel em meu dedo.

— Justin, eu te dou esta aliança como sinal de que eu escolhi você para ser meu esposo e meu melhor amigo pelo resto de nossas vidas. Receba-a e saiba que eu te amo. — Eu coloco a aliança nele.

—  O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. (1 Coríntios 13:4-7) — O padre fala enquanto nos estamos segurando as mãos um do outro. — Com o poder investido a mim, eu vos declarado marido e mulher, pode beijar a noiva.

Justin me puxou para um beijo apaixonado e eu deixei que ele me guiasse enquanto os fogos de artifício se explodiram no céu.

Eu estou casada.