• Capítulo Vinte - Todo mundo precisa de um motivo

1.4K 82 26
                                    

• ARIANA GRANDE •
Califórnia, Estados Unidos.


Eu havia deixado o meu quarto ao lado do meu marido, optamos por descer as escadas de mãos dadas.

Pela primeira vez na vida, eu estava vendo o Justin com roupas leves e isso me trazia um sentimento de paz, ele não era tão intimidador vestido assim.

Então eu sentia que ele não iria matar alguém na minha frente.

— No que está pensando? — Ele pergunta abruptamente.

Eu preciso de uma resposta boa.

— Que eu quero saber mais sobre você. — Digo baixinho. — Eu sequer sei algo além de que o seu nome e Justin.

Não quero que ninguém escute esse pequeno detalhe, de que eu não conheço o homem com quem me casei.

— Eu só não gosto de falar sobre a minha infância. — Ele me responde tranquilamente. — O resto, pode me perguntar o que quiser saber.

— Mesmo? — Eu fico surpresa com a sua resposta. — Posso perguntar qualquer coisa?

— Sim. — Ele ri. — Como estou vendo que eu vou passar por um interrogatório, eu prefiro que fiquemos em um lugar mais reservado.

O que ele estava querendo dizer?

— Não vamos para o bar molhado?

— Talvez lá eu não poderei responder tudo o que você quer saber. — Ele diz.

Isso é verdade.

— Tudo bem. — Me rendo. — Vamos para onde?

— Vamos para aquele quiosque perto da piscina. — Ele aponta.

— Pode ser.

Justin me guia até local que ele escolheu, então faz um sinal para um dos garçons que fica andando pela área da piscina.

— Se você pedir algo forte para mim, eu juro que eu vou te bater. — Digo, rindo. — Se lembre que eu estou começando.

— Confia em mim.

O garçom se aproxima e Justin pede algo que eu não faço ideia do que seja, o cara se afasta de nós e a atenção total do meu marido se volta para mim.

— O que quer saber? — Ele se senta em uma das cadeiras e eu faço o mesmo.

A vista ao nosso redor é incrível e eu sei que devemos mostrar para todos que somos um casal feliz.

— Sei lá. — Dou os ombros. — O que você quer me contar?

— Não tenho certeza se há muito o que saber sobre mim. — Ele ri.

— Tenho certeza que tem mais coisa para saber sobre você do que sobre mim.

— Isso eu também vou querer saber. — Ele fala, sorrindo. — Apesar de já ter lido o seu arquivo.

— Como assim meu arquivo? — Eu o olho sem entender.

— Eu não ia me casar com você sem ao menos saber se você não era uma louca que queria me matar. — Ele me explica. — Christian preparou um arquivo para mim sobre você.

O garçom trouxe as nossas bebidas e logo sumiu da nossa vista, mas eu não estava interessada no meu copo, não  agora pelo menos.

— O que tinha nesse arquivo? — Eu me sinto estranha.

Ele faz arquivos sobre todo mundo?

— Todo o tipo de informação banal sobre você, mas talvez não tenha sua real história. — Ele dá os ombros.

SPILLED BLOOD [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora