• Capítulo Cinquenta-Nove - Presidente

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• ARIANA GRANDE •
— Washington, Estados Unidos.

Não demorou muito até que os contatos do Christian nos levasse até a Casa Branca, com o direito à uma reunião marcada com o presidente Barack Obama.

Eu mal conseguia respirar enquanto estava sentada naquela poltrona no escritório do homem que controla este país, mas o meu marido parecia tranquilo.

— Não há nada com que você deva se preocupar. — Justin me garante. — Essa não é a primeira vez que vou fazer isso, vai dar tudo certo.

Eu espero que meu marido esteja certo.

A porta do escritório foi aberta devagar e a confusão do presidente foi evidente ao notar que se tratava de duas pessoas completamente desconhecidas por ele.

— Me disseram que isso seria uma reunião de emergência, eu esperava encontrar meus assessores. — O homem mais poderoso do país caminha até a sua poltrona e então se senta, nos encarando a seguir. — Então a minha pergunta é a seguinte: quem são vocês e  o que querem?

O presidente parecia perdido, mas o meu marido tinha um sorriso de orelha a orelha, ele tinha tudo sob controle.

— Meu nome é Justin Bieber, essa é a minha esposa Ariana. — Meu marido se ajeita na cadeira. — E nós estamos aqui para te propor uma aliança.

— Por que eu aceitaria formar uma aliança com um garoto?

— Esse garoto aqui colocou o Canadá no bolso. — Justin revira os olhos. — E agora quer expandir os negócios.

— Isso quer dizer que você é um dos traficantizinhos de merda que o Canadá não consegue lidar? — O presidente ri. — Os Estados Unidos é forte e eu jamais faria uma aliança com vocês.

Meu marido não parecia surpreso com a resposta do homem a nossa frente, mas parecia bastante incomodado.

— Primeiramente, eu não sou um traficanfizinho de merda, porque se eu fosse, eu não teria chegado até aqui. — Justin parece incomodado. — E segundo, eu tenho meios para fazer você ceder.

— Eu duvido muito que você queira os Estados Unidos como seu inimigo. — O presidente argumenta. — Eu entendi o que você quer e eu não vou colocar a minha população no mundo que você quer para ela.

— Eu não sei o que você acha que entendeu, mas eu não estou colocando a sua população em nada, eu apenas estou fornecendo um leque de possibilidades na qual só entra quem tiver vontade. — Justin dá os ombros. — Você ganharia uma porcentagem em cima do meu negócio e eu faria muito mais dinheiro, tudo o que eu peço em troca é o passe livre por esse país.

— A minha resposta ainda é não.

— Você sabe que eu tenho poder para levar o Canadá para uma guerra contra os Estados Unidos, não sabe? — Justin está convencido de que pode ganhar essa negociação.

Mas eu já não concordo, eu acho que tem novos meios de mudar a decisão do Barack Obama.

— Você sabe que os Estados Unidos não foge de uma boa briga.

— E você acha isso realmente necessário, senhor? — Eu me intrometo na conversa.

Os dois homens que estão na minha presença me olham com curiosidade, afinal, nem um deles esperava que eu fosse abrir a minha boca.

— Eu sou filha do Edward Butera, o homem que passou tantos anos tendo um acordo impecável com o seu antecessor. — Eu falo devagar. — Eu estou pronta para mostrar que se o senhor aceitar esse acordo, vamos trabalhar com o mesmo empenho que meu pai trabalhou antes.

— O que você está fazendo nesse mundo? — Seus olhos escuros me encaram. — Você parece boa demais para isso.

Talvez ele tenha visto suas filhas em mim e isso era bom, eu podia usar ao meu favor.

— O senhor cuida da parte burocrática do negócio e nós acabamos por cuidar das margens, que buscam refúgio em boates, mulheres fáceis e drogas de qualidade para fugir dos problemas diários. — Eu suspiro. — Meu pai se meteu em problemas e eu acabei por entrar nesse mundo para garantir que a minha vida seria salva.

O presidente me olhava com atenção.

— Um pai faria exatamente tudo para garantir a vida da sua filha, o senhor é pai e eu tenho certeza que estaria disposto a fazer qualquer coisa para mante-la em segurança, inclusive a submete-la a um casamento arranjado. — Eu olho em seus olhos. — O Canadá continua prosperando, porque o presidente cuida da parte que lhe convém enquanto nós atingimos o público que precisa de nós como eu mesma já citei.

Os dois estavam calados me esperando concluir.

— Aceite o acordo do meu marido, garanta que a sua familia fique em segurança enquanto toda a população é beneficiada a partir da sua escolha de vida, afinal, você e eu sabemos que os ricos fazem as escuras enquanto os carentes estão sob a luz e julgamentos, mesmo que no fim das contas todos façam parte do mesmo tabuleiro. — Digo, séria. — Você será beneficiado sem nem um dano a sua imagem, afinal, também temos que manter a nossa.

Eu não sabia se ele tinha entendido tudo o que eu queria dizer.

Mas eu queria poder ter tido a oportunidade de lhe dizer que ele como pai deveria assegurar um mundo melhor para suas filhas e ele não conseguiria fazer isso se entrasse em guerra contra o Justin, porque conhecendo o meu marido como eu conheço, ele iria atacar onde mais doi, a família.

E isso tudo seria poupado caso o acordo fosse fechado, afinal, os nossos negócios e os do presidente seguiriam intactos, a polícia sairia do nosso caminho enquanto estaríamos livres para fazer o que fazemos de melhor, manter a boate, as drogas e as festas fluindo.

— Aceitarei a aliança com uma única condição. — Ele diz. — A que ninguém nunca fique sabendo desse acordo e que a minha imagem nunca fique comprometida.

— A nossa imagem também é muito importante. — Eu garanto. — Vamos manter a nossa parte do acordo com máxima discrição perante aos holofotes.

— O que eu preciso fazer? — O presidente pergunta.

Eu encaro Justin, esperando que ele se as instruções do acordo que eu fechei.

— Tudo o que você precisa fazer é manter a polícia fora do meu caminho para que eu fique livre para tomar conta dos meus negócios. — Justin dá os ombros. — Os seus 15% dos negócios será entregue na sua casa 1odo dia 10, porque não queremos fazer movimentação na sua conta bancária para não atrair atenção.

— E o senhor precisa assinar esse documento, que eu lhe darei uma cópia. — Eu coloco as duas folhas na mesa, me lembrando exatamente das palavras do Christian quando ele me explicou para que elas serviam. — Esse contrato assegura a nossa aliança tanto do nosso lado quanto do senhor, visando que não haja nem uma traição ou todos nós pagaremos um preço alto ao ter nossa vida real exposta.

Barack Obama assina os contratos sem pestanejar, ele parece querer se ver livre de nós o quanto antes.

— Foi ótimo negociar com você. — Justin sorriu.

SPILLED BLOOD [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora