SPILLED BLOOD [1]

• Capítulo Cinquenta - Tarde demais

• ARIANA GRANDE •
— Califórnia, Estados Unidos.

Eu havia perdido a conta de quanto tempo eu havia passado no meu quarto, mas eu queria assim, não estava afim de ver ninguém. Emily até tentou contato, mas eu recusei. Chaz sequer apareceu e eu agradeci mentalmente por isso, eu não queria que ele se envolsse em algum problema por minha causa.

A imagem daquele presente no sofá da minha casa ainda estava presente na minha mente, assim como a ameaça que veio junto com ele.

Quem era a menina que eu estava substituindo e principalmente, o que aconteceu com ela?

Por que Justin contínua tentando me trazer para perto dele se ele pretende me afastar na manhã seguinte?

Isso não faz o menor sentido.

Meus pensamentos são interrompidos quando batidas na porta me dispersam deles, eu ainda não quero ver ninguém.

— Vai embora. — Eu mando, ainda deitada na minha cama.

O teto branco me traz paz, mas talvez ele seja a única coisa que consegue me dar esse sentimento nessa casa.

— É o Justin, abre a porta. — Ele força a maçaneta, mas nada muda.

Eu não sou tão estúpida ao ponto de deixar a porta destrancada.

— Legal, agora vai embora. — Eu bufo.

— Eu preciso falar com você e é sério.

O meu primeiro pensamento foi mandar ele ir para a merda, mas logo mais sugestões preencheram a minha mente sobre o porquê dele estar aqui para me ver.

Levanto da cama visivelmente com ódio, caminho até a porta e abro a mesma, encarando o loiro a minha frente logo em seguida.

— Eu achei que tivesse sido clara quando disse que não queria você perto de mim. — Cruzo os braços.

— Você passou o dia todo no quarto.

— O que você quer, Justin? — Eu reviro meus olhos. — Você não está preocupado comigo, então fala logo o que você quer e vá embora.

— Por que você não acredita que eu posso estar preocupado com você?

— Isso é mesmo sério? — Eu estou chocada em como ele consegue ser tão cara de pau. — Você tem que estar brincando com a minha cara não é possível.

— Eu sei que eu só vacilo com você, mas eu estou tentando fazer o certo dessa vez, Ariana. — Ele suspira.

Como eu posso acreditar nele?

— Assim como você queria fazer o certo comigo nos dias que passamos no resort quando você só estava me tratando bem porque queria me levar para a cama. — Eu digo, com a voz recheada de sarcasmo. — Ou será que você está falando de quando você mentiu para mim novamente e depois me deixou no seu quarto sozinha porque novamente eu te dei o que você queria.

— Eu não sei o que você quer que eu diga.

— Eu não quero que diga nada, eu quero que você me deixe viver o resto da minha vida em paz. — Eu estou quase gritando com ele. — Porque sinceramente, seria um alívio que um atirador de elite pudesse acertar uma bala no meio do meu cérebro para eu poder me livrar de você e dessa prisão que você chama de contrato.