• Capítulo Seis - Até que a morte nos separe

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• ARIANA GRANDE •
- Toronto, Canadá.

O jardim estava totalmente decorado, havia milhares de pessoas totalmente desconhecidas por mim aqui e Justin não saia do meu lado nem por um segundo.

- Eu sei que hoje é provavelmente o dia mais feliz de sua vida, mas o casal feliz não gostaria de nos dar uma decoração? - Uma mulher se aproxima de nós com um microfone. - Tenho certeza que o ex solteiro mais cobiçado do Canadá e a sua noiva misteriosa valem a primeira página.

- Sou a mulher dele. - Eu digo, séria.

- Mil perdões, senhora Bieber. - Ela sorri sem graça. - Foi uma total surpresa quando Justin anunciou o casamento a mídia.

- Senhor Bieber. - Eu a corrijo, mostrando que eu estou incomodada com o jeito que ela fala dele. - Meu marido e eu preferimos manter o nosso relacionamento as escondidas, tanto que eu sequer sabia que haveriam repórteres aqui hoje.

Justin exibia um sorriso orgulhoso e eu estava lutando contra a vontade de revirar os olhos.

Eu estava seguindo o script, certo?

- Ariana sempre prezou muito pela discrição. - Ele fala. - Amor, eu sinto muito, também não achei que haveriam repórteres aqui.

- Só quero saber como vocês se conheceram, quando decidiram que estava na hora de avançarem no relacionamento entre outros fatos inéditos do casal. - Ela parece animada demais para conseguir um furo.

- Hoje é o dia mais feliz da minha vida, eu encontrei no Justin o homem da minha vida e acho que isso basta para você colocar na sua revista. - Eu seguro a mão dele. - Nós temos que ir dar atenção aos nossos convidados.

- Prometo que responderemos todas essas perguntas, mas em outra ocasião, não nessa noite tão importante. - Ele concorda comigo e então faz um sinal para os seguranças. - Por favor, guiem essa moça gentilmente até a saída.

- Por favor, nos acompanhe. - Os dois homens começam a direcionar ela para fora da festa.

Justin me segura pela cintura e me afasta dela.

- Esposa ciumenta, que me quer apenas para ela. - Ele ri. - Eu gostei.

- Só estou interpretando meu papel, isso não quer dizer que eu ainda não odeie toda essa merda. - Eu reclamo com ele, mas sorrio para todos que passam por nós.

- Eu era o solteiro mais cobiçado do Canadá, acha mesmo que eu estou feliz em estar de coleira? - Ele cumprimenta alguém com a cabeça.

- Você já deixou claro que eu serei sua prisioneira e que você ainda vai poder fazer tudo o que quer, então não estou entendendo toda a sua infelicidade.

- Terei que fazer tudo nas escondidas ou sujarei a minha imagem. - Ele debocha.

- Você me dá nojo.

- Estou surpreso que você tenha me dito isso antes de transarmos. - Ele me olha nos olhos. - Geralmente eu escuto isso depois do sexo quando chuto as vadias da minha cama.

- Eu não sou uma vadia e jamais vou deixar que você me toque. - Eu sou determinada.

- Isso é o que vamos ver. - Ele aperta a minha mão e eu reprimo meus lábios, para não gritar. - Agora dance comigo, amor.

Justin me leva até a pista de dança, ele me gira e junta nossos corpos.

Uma música lenta está tocando e eu sei que é o momento da nossa valsa.

- Você pode tornar o nosso casamento em algo menos desprezível para todos nós, me deixe livre para viver a minha vida e eu não vou estar no seu caminho. - Eu proponho. - Estarei ao seu lado na mídia e em casa podemos ser amigos, o que acha?

Ele não segura a risada enquanto dança comigo.

- Eu falei que podia tornar a sua vida em um inferno particular e é isso que eu pretendo fazer no momento em que o último convidado deixar o jardim dessa casa. - Ele sorri. - E nós nunca seremos amigos, porque eu não sou amigo de mulher.

- O que ganha com isso, Justin? - Eu estou me segurando para não socar a cara dele. - Tenho certeza que não é amigo de mulher mesmo, nenhuma aguentaria você.

- Eu vou achar bem divertido fazer você sofrer. - Ele se aproxima bem do meu ouvido. - Eu não sou amigo de mulher, porque eu sempre acabo fodendo todas elas.

- Você me dá nojo.

Justin para a dança e beija a minha mão.

- Eu te amo, tanto. - Ele deposita um beijo de leve em meus lábios.

Todos aplaudem sua declaração e eu sinto meu estômago revirar, como posso estar mesmo passando por isso?

- Você é tudo o que importa para mim, Justin Bieber. - Eu acaricio seu rosto.

Justin segura a minha cintura e me guia para fora da pista de dança.

- Eu não preciso passar por isso para sempre, você sabe né? - Eu o olho nos olhos quando noto que ninguém está olhando. - Eu posso fugir de você, dar fim ao inferno que você está projetando para mim.

- Só se você cometer suicídio.

- O que? - Eu não entendo.

Eu sou mulher dele agora, posso usar o seu dinheiro para comprar uma passagem bem cara para um lugar bem longe e mudar de vida.

- Amanhã o seu rosto estará estampado nas capas de todas as revistas como minha mulher, todos os meus inimigos pagarão alto pela sua cabeça. - Ele ri. - Então a única forma de você estar segura, é ao meu lado, no Canadá.

- Por que o meu pai fez isso comigo? - Meus olhos se enchem de lágrimas, eu não quero mais segurar. - Me tirou de uma furada para me colocar em outra?

- Sua cabeça já estava em prêmio, ele trocou a certeza de sua morte pela possibilidade de uma vida. -Justin zomba. - Você está mesmo ligada a mim até que a morte nos separe.

SPILLED BLOOD [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora