• Capítulo Quarenta - Agora você entendeu tudo

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• ARIANA GRANDE •
Califórnia, Estados Unidos.

A verdade é que eu estava me sentindo a mulher mais idiota do planeta. Como eu pude ser burra ao ponto de acreditar que ele havia realmente mudado quando o Chaz vivia me dizendo que tudo que ele queria era uma noite comigo?

O Justin não é confiável.

Eu não deixei que ninguém percebesse que eu estava mal, então eu apenas me isolei no meu quarto o resto dia.

Eu ainda não havia conseguido chorar, porque isso tudo ainda parecia impossível para mim de acontecer, eu não queria encarar a verdade que estava bem aqui na minha cara.

Os momentos que eu passei ao lado de Justin ainda queimavam na minha mente, o quanto ele foi cuidadoso, gentil e amoroso.

Uma movimentação estranha começou no corredor e assim que eu ouvi a primeira risada estridente e a voz de Justin falando algo que eu não compreendi, eu me levantei da cama e abri a porta.

— Justin, eu quero falar com você. — Minha voz soou firme, do jeito que eu queria e eu agradeci mentalmente por isso.

Eu me lembrava ainda de suas palavras, quando ele disse que largaria a garota por mim se eu dissesse que o queria.

Eu também precisava saber se isso era real.

— Tem que ser agora? — Ele ri. — Se não percebeu, eu estou meio ocupado.

— Tem que ser agora. — Eu tento me manter firme.

— Meu quarto é a última porta no corredor, me espera lá. — Ele fala com a garota, sem desviar os olhos de mim.

— Ok, docinho. — Ela passa por mim de nariz em pé enquanto se dirige para o quarto do meu marido.

Meu marido.

Essas duas palavras se tornaram patéticas agora quando tem uma garota desconhecida se preparando para passar a noite com ele.

— O que você quer? — Justin me olha.

— Entra. — Dou espaço para ele passar.

Ele faz o que eu digo e me encara com tédio, esperando que eu fale.

— O que significou tudo aquilo que você me disse lá embaixo? — Eu o questiono. — Eu não me lembro de você ter tratado a nossa relação como apenas um contrato durante a viagem.

— Estávamos em um lugar público, nunca saberíamos quando alguém poderia estar nos observando, Ariana. — Ele revira os olhos. — Eu te disse, seria algo em tempo integral.

— Então tudo foi fingimento, cada segundo que passamos juntos? — Eu pergunto, já com a voz embargada.

— Foi.

Tudo o que eu conseguia me perguntar agora era como ele conseguia ser tão falso.

Como ele conseguiu fazer eu me sentir tão especial com todo esse fingimento?

Meu coração estava partido.

— Se você estava fingindo, então por que não pediu nosso jantar no quarto quando viu que eu estava brava com você? — Eu o questiono. — Assim, você não precisaria me contar a sua história.

SPILLED BLOOD [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora