• Capitulo Dez - Espero que sejamos amigas

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• ARIANA GRANDE •
— Toronto, Canadá.

O café da manhã havia sido interrompido pela chegada de Jeremy Bieber e isso faz com que houvesse uma reunião no escritório.

Na qual, eu não fazia ideia o porquê, mas eu estava participando.

— Chegou cedo. — Justin comenta.

— Você disse que precisava de mim aqui, não hesitei em vir. —Jeremy responde tranquilo.

— Pai dedicado. — Justin ironiza enquanto se senta na sua cadeira. — Eu já te falei porque chamei aqui, então apenas vou deixar algumas coisas claras.

— Estou ouvindo.

— Você pode ter sido o Bieber que iniciou toda essa merda aqui, mas sem dúvidas não foi aquele que conquistou o Canadá inteiro, colocou a polícia no bolso e virou amigo do presidente. — Meu marido fala sério. — Esse império agora é meu e a única razão pela qual você estará sentado na minha cadeira é porque eu pretendo controlar os Estados Unidos da mesma forma que controlo essa merda de país.

Jeremy estava calado, apenas escutando cada palavra que saia da boca de Justin.

— Você acha que dá conta de controlar o Canadá, Jeremy?

— Eu já fiz isso antes.

— Pois bem, prove novamente para mim que você tem valor. — Justin fala, firme.

— Você foi ótimo no desenvolvimento do nosso império, pena que agora você só anda fazendo escolhas ruins.

— O que quer dizer, Jeremy? — Justin encara o seu pai, sem paciência. — Não torra o meu saco, fala logo.

— Você está deixando de lado o seu império de direito para ir até os Estados Unidos desenvolver algo que não é seu por causa de uma vingança. — Jeremy balança a cabeça em negação.

— O que você não entende é que você pensa muito pequeno, ao contrário de mim. — Justin bufa. — Pra que me contentar em ter apenas o Canadá no bolso se eu posso ter os Estados Unidos também?

— Justin...

Meu marido interrompe seu pai.

— A Ariana é a única herdeira legítima do Butera, aquele império de merda que ele está perdendo pertence a ela e agora que estamos casados, ele também diz respeito à mim. — Justin explica ao seu pai. — Você está entendendo onde eu quero chegar?

Jeremy não entendia, mas Justin não queria deixar o Canadá para trás para conquistar os Estados Unidos, ele queria o controle dos dois e para que isso pudesse acontecer, ele precisava expulsar o Arthur Santinelli daquelas terras e reerguer o legado dos Butera.

— Faça o que achar melhor. — Jeremy murmura. — O Canadá não cairá com o meu comando.

— Muito bom. — Justin se levanta da cadeira e fica frente à frente com o seu pai. — Porque eu só voltarei ao Canadá antes de conseguir o que eu quero, se você morrer ou se você falhar.

Os meninos estavam parados ao meu lado, assim como a Emily.

Jeremy se virou para mim e agarrou o meu braço com força.

— Você acha que eu não sei o que você e o seu pai estão fazendo, não é? — Ele me pergunta, com raiva. — Mas eu sei muito bem.

— Você está me machucando. — Minha voz soa mais tremida do que eu esperava.

— Ela é apenas uma garota tola com uma recompensa pela cabeça por causa das escolhas que o pai o fez. — Justin revira os olhos. — Agora solte ela.

— Eu não confio em você e nem no verme do seu pai. — Ele diz.

— Me solta. — Uma lágrima escorre pelo meu rosto.

Meu braço é soltado e eu massageio o mesmo enquanto tento segurar o choro.

Noto que Chaz está com uma expressão nada boa e suas mãos estão fechadas, quase como se ele estivesse se preparando pacar alguém, mas eu apenas balanço a cabeça em tom de negação e ele suspira pesado.

Chaz é um bom rapaz.

— Não toque nela novamente. — Justin sequer me olha. — Ela é responsabilidade minha, Jeremy.

— Como quiser. — Jeremy responde, meio contragosto.

— A reunião está terminada.

Assim que eu ouvi as palavras de Justin, eu caminhei para fora do escritório, deixando as lágrimas escorrem pela minha bochecha.

A verdade é que eu não sei por quanto tempo eu serei capaz de aguentar isso.

— Você está bem? — A voz calma de Emily se faz presente.

— Não. — Sou sincera. — Não faz nem dois dias que eu estou casada e a minha vida já está um inferno.

— Justin não vai deixar o Jeremy e nem ninguém te machucar. — Ela me garante. — Ele vai te proteger.

— E quem me protege dele? — Eu a olho nos olhos. — Ele disse que fará da minha vida um inferno.

— Justin não é uma pessoa tão ruim quanto ele quer parecer ser. — Ela me diz, com ar de mistério. — Eu devo a minha vida a ele.

— Como assim?

— Um dia eu te conto essa história, eu prometo. — Ela sorri. — Mas por enquanto, apenas acredite nisso.

— Vou tentar.

— Olha, eu sei que a gente não se conhece e ainda mais teve todo aquele desentendimento durante o café da manhã, mas é que nunca teve nenhuma outra garota na equipe. — Ela sorri sem graça. — Então, eu espero que possamos ser amigas.

O seu pedido me pega totalmente de surpresa, mas eu não deixo de sorrir.

A Emily parece ser uma pessoa incrível, então não consigo imaginar quais os motivos que a fizeram chegar até aqui, envolvida ate o pescoço com traficantes.

Talvez fosse bom ter uma companhia.

— Quanto a hoje mais cedo, eu gostaria de te pedir desculpas, eu apenas analisei algumas informações que eu tinha e aconteceu. — Suspiro. — Mas eu também espero que sejamos amigas.

— Como eu disse, se fosse eu no seu lugar, faria o mesmo. — Ela ri.

A porta do escritório foi aberta e o restante das pessoas saíram de lá.

— Ariana, eu quero falar com você em particular. — Justin me chama.

Emily sorri reconfortante para mim e eu caminho até Justin, tentando ser corajosa para o que vem a seguir.

SPILLED BLOOD [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora