• Capítulo Sessenta-Um - Heroína

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• ARIANA GRANDE •
Califórnia, Estados Unidos.

Justin agora estava caído no chão, mas ele ainda estava vivo e isso me fazia querer mudar o rumo dessa história. Meu marido tinha seus olhos abertos e fixos no cara que havia acabado de atirar contra ele.

— Eu não acredito que eu, um mero seguranças, vou conseguir acabar com o grande Bieber. — O cara se aproxima ainda mais com a arma ainda de pé.

— Acaba logo com isso. — Meu marido revira os olhos.

Eu sabia exatamente o que ele estava fazendo, ele não iria olhar na minha direção nem se isso significasse uma despedida, porque assim, ele acabaria por entregar que havia mais alguém no carro e tudo o que o Justin estava tentando garantir era que pelo menos eu sairia em segurança.

— Até no momento antes da sua morte você ainda consegue ser arrogante? — O cara sorri. — Você não faz ideia do quanto Santinelli vai me parabenizar por isso.

— Tenho certeza que ele vai mandar arrancar a sua cabeça. — Meu marido coloca a mão no lugar onde levou o tiro para estancar o sangue. — Por ter tirado o gostinho dele de me matar.

Ele estava tentando ganhar tempo, mas eu precisava fazer alguma coisa.

O cano brilhante da arma brilhou para mim naquele compartimento e eu não hesitei e segura-la em minhas mãos, ela era pesada e eu decidi fazer o que Justin havia acabado de me ensinar, por sorte.

Me certifiquei que ela estava carregada e destravei a arma, então sai do carro sorrateiramente, rezando para que aquele cara não tivesse percebido.

— Você matou todos os meus amigos seguranças, eles eram homens bons, tinham família. — O cara praticamente encosta o cano na cabeça de Justin. — Me diz como você consegue dormir a noite?

— Consegui aprender a lidar com o sangue nas mãos, nem todo mundo consegue. — Justin debocha. — Eu só não entendo porque você acha que o Santinelli é diferente de mim.

— Não é por causa do Santinelli que a minha família está morta. — O cara diz, em bom som. — Mas sim, por causa da sua ganância e agora tudo o que eu preciso fazer é encontrar a sua belíssima esposa para devolver o favor.

Eu finalmente consegui dar a volta no carro, o suficiente para ver a expressão nada boa de Justin e a clara satisfação desse cara.

— Parece que eu finalmente consegui deixar você com raiva. — O homem debocha. — Quais são suas últimas palavras.

É certo que meu marido se preparava para dar uma resposta bem debochada para o cara, não importava que houvesse uma arma em sua cabeça. Entretanto, seus olhos caramelados encontraram os meus na medida em que eu apontava a arma para o cara de forma efetiva, agora eu não sabia ao certo o que eu iria fazer, mas eu reuniria a coragem de todo o meu ser para puxar o gatilho e salvar o cara que eu amo.

— Ariana, não! — A voz de Justin soou desesperada.

Era quase como se ele não quisesse que eu o salvasse, ele só estava ganhando tempo para que a equipe chegasse para eliminar esse segurança antes que ele me machucasse, não importava o que fosse acontecer com ele.

SPILLED BLOOD [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora