• Capitulo Dezesseis - Nunca diga nunca

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• ARIANA GRANDE •
— Toronto, Canadá.

O clima estava horrível no dia seguinte durante o café da manhã e isso estava começando a me incomodar, mas eu não estava me sentindo nenhum pouco a vontade para mudar essa situação.

Minha noite havia sido péssima, eu ainda conseguia me lembrar do som de cada tiro que havia sido disparado contra aqueles homens.

Eu entendia que eles pretendiam me matar sem nenhuma pena, mas o fato de eu estar me sentindo mal por suas mortes, fazia de mim diferente, certo?

— Mandei a Dorota fazer as suas malas de acordo com as coisas que você comprou ontem. — Justin fala comigo.

Como ele podia estar me tratando como se nada tivesse acontecido noite passada?

Quando ele foi um completo otário comigo ao me forçar assistir aquilo que para mim pareceu uma tortura.

— Obrigada. — Sirvo um pouco de suco para mim.

— Você está bem, Ari? — Chaz se senta ao meu lado. — Eu nem consegui falar com você ontem a noite.

Eu ainda me lembrava de tudo o que havia acontecido antes da tortura daqueles dois homens, o cano da arma gelado na minha cabeça, a briga do Justin com a Emily e todas as coisas horríveis que ele havia me dito por nada.

— Eu só queria deitar na minha cama e esquecer tudo. — Sou sincera. — Eu estou bem, obrigada por se preocupar.

Eu não estava bem, mas também não queria falar sobre isso, então optei por mentir.

Emily estava de cabeça baixa enquanto comia uma salada de fruta e isso me fazia ter uma enorme vontade de falar com ela.

— Tivemos um trabalhão ontem a noite com aqueles corpos. — Ryan comenta com a gente.

— Com o que? — Eu quase engasgo.

— Eram quatro corpos para dissolver no ácido sulfúrico. — Christian me responde.

Mas a minha pergunta foi mais uma surpresa do que necessariamente o início de uma conversa.

Eu queria esquecer esse assunto.

— Sem contar que ainda foi necessário drenar todo o sangue do corpo daqueles merdas. — Ryan faz careta. — Então eu praticamente nem dormi direito.

A verdade é que embora eu tivesse passado tão pouco tempo ao lado dos meninos, eu sabia que era quase impossível imaginar que eles faziam todas essas coisas.

— Chega desse assunto. — A voz do Justin se faz presente. — É mais do que óbvio que a Ariana não está confortável com esse assunto.

Como ele podia ser tão hipócrita?

— Você dizendo isso? — Eu olho em seus olhos. — Quando noite passada você me fez assistir você torturando aquele homem?

— Você fez isso, Justin? — Chaz é o primeiro a olha-lo de modo sério.

— Por que fez isso? — Ryan olhou para o amigo com desaprovação. — É óbvio que ela não é para esse mundo como nós.

SPILLED BLOOD [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora