• Capitulo Sessenta - Liga para o Christian

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• ARIANA GRANDE •
Califórnia, Estados Unidos.

A satisfação do Justin era evidente pela sua expressão, ele estava abraçado comigo no banco traseiro do seu carro luxuoso e eu não conseguia deixar de sorrir também.

— Eu não acredito que as coisas estão finalmente prosperando ao nosso favor. — Ele diz, sorrindo. — Sinceramente, eu não conseguiria fechar esse negócio sem você, obrigada, Ari.

— Eu só achei como pai, ele não iria querer transformar isso em uma zona de guerra onde as filhas dele poderiam acabar no meio do fogo cruzado. — Eu digo, me sentindo a mulher mais esperta do mundo, por ter conseguido ajudar ele.

— Ganhamos a proteção que precisávamos, mas isso ainda não muda o fato de você precisar se defender. — Ele me olha nos olhos. — Vou pedir ao Ryan que se certifique em lhe treinar para uma luta mano a mano enquanto ao Christian para ensinar como você deve usar uma arma.

— Tenho certeza que deve ser mais fácil do que parece. — Eu comento. — Por que você não me ensina?

A verdade é que eu não me importava em aprender a lutar com o Ryan, mas o simples fato de ter aulas com o Christian me deixava completamente apavorada, ainda mais depois do que ele havia me dito na corrida sobre querer o meu sangue derramado.

— Não acho que seria muito bom para o seu aprendizado, sem contar que no contato corpo a corpo comigo, eu ia querer constantemente tirar a sua roupa. — Ele murmura, sem nem uma vergonha.

— E quanto às armas? — Eu tento não me abalar com seu comentário quando eu ainda estou completamente envergonhada.

— Quer aprender um pouco agora? — Ele questiona ao retirar a arma da sua cintura.

— Sim.

Ao mesmo tempo que eu queria ficar longe do Beadles, eu não estava disposta a contar ao Justin o que ele havia me dito, porque eu sabia exatamente o caos que as minhas simples palavras causariam na amizade deles dois e tudo o que eu menos precisava agora era de problemas.

— Se a arma estiver carregada como essa aqui está, você só precisará engatilhar ela e apertar o gatinho. — Ele me mostra como fazer. — Mas, saiba que só deve apertar o gatilho se você tiver certeza do que quer atingir.

— Entendi. — Digo, com um pouco de medo de tocar na arma.

— Mas ela dessa forma. — Ele coloca novamente a trava na arma. — Essa arma é inofensiva.

— Você acha que mesmo com o acordo selado com o presidente, Santinelli não deixará de tentar nos atingir? — Eu pergunto ao Justin.

Ainda me lembro da agonia que eu senti quando vi o que continha dentro daquele embrulho.

— Acho que não estamos totalmente seguros até que ele esteja fora dessas terras. — Justin suspira. — Pelo o que eu soube, esse tempo que ele andou sumido, ele usou para tentar restaurar os negócios dele que destruímos naquele dia.

— E ele conseguiu?

— As drogas sim, mas a boate não, porque vamos inaugurar a nossa em poucos dias quando a dele ainda precisa ser novamente construída. — Justin diz, firme. — E ele não terá tempo de se reerguer, vamos expulsa-lo daqui o quanto antes.

Eu abri a minha boca para responder o meu marido, mas não tive tempo de falar, porque o carro que estamos freiou abruptamente.

— O que houve, Peter? — Justin perguntou.

— Nos fecharam, senhor.

Justin encara o parabrisa e é mais do que óbvio que isso é um ataque, há dois carros na nossa frente fechando a nossa passagem justo na nossa cidade.

— Dê a volta. — Justin diz, sério, após me analisar.

Os olhos caramelados em mim me passaram um sentimento estranho, quase como se eu tivesse conseguido entender o que se passava na mente dele.

Justin nunca teve medo do que aconteceria com ele até se apaixonar por mim e eu sabia que ele estava fugindo desse ataque agora por minha causa, porque ele estava com medo de me perder ou de me deixar sozinha.

O nosso carro começou a dar ré em alta velocidade enquanto Peter ligou a escuta, mas não havia nem um sinal dos nossos seguranças.

— Eles devem ter atacado os nossos dois outros carros. — Justin murmura.

Ele estava estranhamente calmo enquanto o meu coração parecia estar errando as batidas, parecia que eu estava novamente revivendo a cena do que eu passei com a Emily.

— Há mais um atrás de nós, senhor. —Peter diz, após encarar o retrovisor.

— Então acelera, você sabe muito bem o que fazer. — Justin diz após engatilhar a sua arma.

— O que eu tenho que fazer? — Minha voz soa trêmula.

Peter acelerou o carro na medida em que andava de ré por aquela rua, o nosso carro colidiu com tanta força no outro que era quase certeza que metade dos homens que estavam presentes ali se encontravam desacordados.

— Liga para o Christian, peça reforços. — Justin me jogou o celular dele. — E não se esqueça de se manter abaixada.

Os homens do carro da frente estavam vindo na nossa direção e talvez seja por essa razão que Peter e Justin saíram do carro e começaram a atacar, eles dois estavam tentando impedir que aqueles homens chegassem até mim, mas eles estavam em maior quantidade e isso me deixava assustada.

O celular balançava em minha mão enquanto eu ligava para o Christian, ainda dentro daquele carro. O fato de termos colidido revelou segredos importantes sobre o automóvel, ele havia um compartimento secreto em baixo do banco do motorista.

Eu sabia que era para situações como essa quando precisassem de uma arma extra ou mais munição.

Fala, Bieber. — Eu finalmente ouço a voz do Christian do outro lado da linha. — Do que precisa de mim?

— Christian, estamos sendo atacados, Justin e Peter estão em combate, por favor mande uma equipe. — Eu praticamente grito com ele pelo telefone. — Por favor.

— Estou indo. — Ele desliga.

Eu ainda conseguia escutar os barulhos de tiro, o som que os corpos faziam ao cair no chão, mas isso tudo me deixava ainda mais nervosa. Levantei um pouco o meu corpo para poder enxergar, então eu vi.

Peter estava no chão com a perna sangrando, mas ele ainda estava atirando. Mas o que mais doeu, foi quando eu vi um cara vindo na direção de Justin com a arma apontada.

Meu marido atirou sem hesitar, mas a arma fez aquele típico barulho que lhe dizia que as munições haviam chegado ao fim. Ele não olhou na minha direção, ele apenas esperou que o cara atirasse e assim o cara o fez.

Meu coração parou.

SPILLED BLOOD [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora