• Capítulo Sessenta-Sete - Não sairá impune

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• ARIANA GRANDE •
Califórnia, Estados Unidos.

Eu não sei depois de quantos copos que tudo começou a dar errado, Chaz estava completamente bêbado e não parecia mais ter controle das suas ações.

E agora eu estava aqui, trancada no banheiro tremendo dos pés a cabeça Enquanto chorava com o celular na mão, tentando pensar para quem eu deveria ligar.

Disquei o número e rezei para que eu fosse atendida, acho que nunca senti tanto medo em toda a minha vida.

Alô? Na hora que voz de Justin preencheu a linha, eu desabei. — Ariana?

— Justin, por favor. — Eu estava chorando compulsivamente. — Vem me buscar.

— Ariana, o que foi? — Seu tom parecia desesperado. — Onde você está? O que houve? Você está ferida?

Olhei o meu corpo, eu estava arranhada e com a roupa rasgada, vestígios do que o Chaz havia tentado fazer comigo.

Eu não acreditava ainda no que ele estava disposto a fazer. Eu confiava nele.

— Ariana? — Seu tom parecia mais desesperado ainda e eu não conseguia falar, apenas chorar.

— Estou na sua boate, na avenida principal. — Eu reuni todas as minhas forças para conseguir chorar. — Por favor, não demora.

— Estou indo. — Ele desligou.

Meu mundo estava desabando diante dos meus olhos e eu só queria que o meu pai estivesse aqui para me abraçar e dizer que tudo ia ficar bem.

A cena se repetia diante dos meus olhos diversas vezes enquanto eu chorava, Chaz tentando me beijar, eu o afastando porque o álcool presente no meu corpo ainda não mudava a decisão que eu havia tomado no passado, éramos amigos e apenas isso que seríamos.

Ele investindo pesado até conseguir subir em cima de mim, o seu bafo alcoólico na minha cara enquanto eu me debatia e ele tentava tirar as minhas roupas.

O grito entalado na garganta enquanto eu tentava a todo custo tirar ele de cima de mim, então eu o atingi na cabeça com qualquer coisa que eu encontrei e corri para qualquer lugar que me deixasse longe dele.

Pela primeira vez na vida, eu torcia para ter realmente matado alguém.

Eu sentia nojo dele, de mim e de tudo o que quase aconteceu aqui. Eu queria sumir.

Ariana! — As batidas na porta começaram e eu só abri quando notei que era o meu marido quem estava ali.

A reação dele aí me ver foi de desesperado instantâneo e eu não conseguia parar de chorar.

— O que aconteceu com você? — Ele tentou se aproximar, mas eu me encolhi ainda mais.

— Por favor, não. — Eu praticamente gritei com ele.

Eu estava com medo, não dele, mas de qualquer homem que se aproximasse de mim agora.

— O que aconteceu? — Ele se abaixou.

SPILLED BLOOD [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora