• Capítulo Noventa-Três - Apenas responda a pergunta

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• ARIANA GRANDE •
Califórnia, Estados Unidos.

Com a chegada de Justin na sala, o clima que já estava tenso, piorou ainda mais e definitivamente eu não fazia ideia do que fazer para melhora-lo, ainda mais quando eu sabia que teria que ter uma conversa tão difícil quanto essa com o meu marido.

— Estou esperando. — Justin revira os olhos.

— Nada. — Emily apenas caminha até as escadas e sobe as mesmas, sumindo do nosso campo de visão.

Ryan se joga no sofá parecendo desolado e completamente incapaz de contar ao amigo o que acabou de acontecer.

— Ariana? —Justin me olha como se eu fosse sua última esperança de saber o que aconteceu.

— Precisamos conversar. — Eu caminho até o escritório.

Justin parece um pouco confuso, mas me deixa entrar e fecha a porta para que tenhamos um pouco de privacidade.

— Antes que você me pergunte novamente, eles terminaram. — Eu falo devagar.

— E por que? — Ele quis saber.

— Isso não é relevante agora, não para nós. — Eu me sento na cadeira e ele faz o mesmo.

Estamos cara a cara agora.

— Sobre o que quer falar então? — Ele vai direto ao ponto.

Talvez, essa seja uma das conversas mais difíceis que eu estou tendo com ele, simplesmente porque eu não faço ideia de como eu devo me expressar.

— Justin, o que você sente pela Angel? — Eu começo do princípio, desde onde me incomoda.

— O quê?

— Apenas responda a pergunta. — Eu tento me manter calma.

— Ariana, eu amei a Angel, ela foi o meu primeiro amor, mas ela está morta e não há nada que possa trazê-la de volta. — Ele me olha nos olhos. — Por que você está me perguntando isso?

— Porque as vezes eu sinto como se você estivesse comigo apenas porque tenta achar muito dela em mim. — Eu acabo rindo, sem humor. — E as vezes, isso faz com que eu acabe pensando que quando você não encontrar mais nada dela em mim, você simplesmente vai ir embora como a Caitlin disse que você faria.

— Eu não sabia que você se sentia assim, Ariana. — Ele segue a minha mão por cima da mesa. — Eu sinto muito.

— Eu não quero que sinta muito, quero que diga se tem ou não cabimento o que eu estou lhe falando. — Puxo a minha mão, evitando seu toque.

— Claro que não. — Ele não hesita. — Eu amo você, de verdade.

— Se você me ama tanto como diz que ama, como consegue olhar nos meus olhos e mentir para mim com tanga facilidade assim? — Eu pergunto a ele. — Mesmo sabendo que isso me machuca profundamente?

— Ariana...

Ele parece não saber o que me dizer.

SPILLED BLOOD [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora