• Capitulo Noventa-Seis - Eu não posso

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• ARIANA GRANDE •
Califórnia, Estados Unidos.

Os dias estavam passando devagar, tudo estava silencioso por parte dos nossos inimigos e eu sei que Justin só conseguia se perguntar até quando tudo estaria bem.

— Eu dei uma ordem direta ao Peter, ele e algumas equipes de seguranças vão fechar as fronteiras de um modo geral. — Justin começa falando, na reunião.

Com a expulsão do Chaz e a recente saída de Christian, meu marido precisa de uma equipe nova e agora eu faço parte dela.

— Acho que deveríamos interceptar os vôos também, porque com o controle dos aeroportos e dos portos, não há como Santinelli chegar até nós. — Ryan analisa o mapa.

— Quem precisa do Christian agora? —Emily brinca.

Ryan e Justin não acham graça, mas eu não seguro a minha risadinha.

— Eu só estou brincando, gente. — Ela levanta as mãos para o alto em forma de rendição.

Eu entendia eles, o quanto era difícil ainda o fato de um de seus melhores amigos terem ido embora. E essa ferida aberta, só o tempo poderia nos curar.

— Foco, Emily. — Justin diz, voltando a olhar no mapa. — Não podemos deixar nenhuma ponta solta.

— Por que vocês estão tão preocupados com o Santinelli? — Questiono. — Nós já conseguimos expulsar ele daqui, como ele ainda pode nos assustar?

Para mim, parecia uma perda de tempo estarmos tão focados no Santinelli quando ainda havia um inimigo pior, Zokov.

— Santinelli está fora dos Estados Unidos, mas ele conhece a área como a palma da mão. — Ryan me responde. — Seu pai deixou o caminho livre por muito tempo e ele aproveitou para seguir os passos do tráfico.

— Que passos são esses? — Olho para ele.

— Conhecer, estudar e depois dominar. — Emily me responde. — É assim que os primeiros traficantes faziam e é assim que nós também fazemos.

— Tudo bem, mas com as nossas equipes na porta de entrada, Santinelli terá que recuar. — Eu digo, como se fosse óbvio. — Nós já fizemos ele recuar uma vez, fazer outras vezes não será difícil.

— Isso não é o pensamento de uma rainha. — Justin me olha nos olhos. — Tudo o que fazemos, tem que ser devidamente pensado e analisado para que não tenhamos outras surpresas.

— Como assim? — Não entendo o que ele está querendo me dizer.

— Já ouviu a história sobre Esparta e Atena? — Ele me olha nos olhos e eu balanço a cabeça em tom de negação.

— Esparta e Atena eram duas cidades da Grécia Antiga, uma era mais poderosa que a outra e elas entraram em conflito. — Ryan começa a me contar. — Esparta perdeu porque Atena possuía mais conhecimento que seus inimigos.

— Então, eles souberam que após aquele duelo, a rincha não havia chegado ao fim. — Justin volta a falar para mim. — Os atenienses deveriam se preparar, porque os espartanos ainda sim queriam guerra.

SPILLED BLOOD [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora