• Capítulo Oitenta-Dois - Agora eu vejo isso

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• ARIANA GRANDE •
Califórnia, Estados Unidos.

Os sinais sempre estiveram claros para mim, mas eu ignorei todos porque eu havia me apaixonado de verdade pelo marido, mesmo sabendo que eu havia prometido a mim mesma que jamais me deixaria levar por aquele homem tão horrível que eu conheci no dia que eu pisei no Canadá pela primeira vez.

Justin soube como me ganhar desde o início, eu fui um alvo fácil demais, com todo esse meu coração tolo que sempre acredita no melhor das pessoas.

Eu vi ele mentindo diversas vezes para mim, me enganando com coisas boas, mas no fim do dia, ele só precisava mostrar uma fraqueza e pedir desculpas para que eu estivesse ali novamente parada em sua porta pronta para ajudá-lo e para dar a minha cara a tapa.

As lágrimas agora se encontravam secas no meu rosto e eu estava parada, imóvel no carro do Santinelli.

— Você achava mesmo que ele te amava, Ariana? — Ele coloca a mão na minha coxa. — Você é mesmo essa garota tão tolinha?

— Não me toque. — Eu puxo a minha perna, esperando que ele recolha a sua mão.

Mas não é isso que ele faz, ele a mantém lá, ainda mais firme para que eu não tenha como remove-la, afinal, ainda estou amarrada.

— Você sabe que não tem escolha do que acontecerá daqui para frente, não é mesmo? — Ele ri. — Seu marido te entregou para mim como se você fosse um saco velho de ração pronta para dar de comer a cachorros famintos.

Foi isso mesmo aconteceu, fui entregue como um nada. Antes eu achava que tinha o Justin por mim, mas agora é apenas eu por mim.

— Justin pode ter sido legal com você, não ter forçado a nada, ter te colocado naquela casa enorme, fingido que você tinha escolha de algo ali. — Santinelli zomba. — Mas comigo as coisas serão bem diferentes.

— O que pretende? — Eu olho nos olhos dele. — Transar comigo a força? Não me dar comida a não ser que eu faça algo em troca? Me dar roupas velhas para usar e me obrigar a limpar a sua casa?

Eu precisava pensar em algo que pudesse me salvar dele.

— Não sabia que você era tão corajosa. — Ele parece estar surpresa com a minha mudança repentina. — Talvez seja por isso que o Bieber aguentou brincar com você por tanto tempo.

— O que você espera que aconteça quando fica falando dele? — Eu indago. — Que eu sinta uma dor infernal e busque apoio em você?

— Não preciso da sua permissão para te tocar, doce Arizinha. — Sua mão que estava na minha perna, desliza ainda mais para dentro da minha coxa.

Eu sei o que ele quer, ele quer alcançar a minha calcinha, mas eu fecho as pernas impedindo ele de continuar.

— Ou por que você presta atenção no quanto esse acordo é uma bosta? — Eu ergo as minhas sobrancelhas.

Meu Deus, o que eu estou fazendo?

— O que? — Ele presta mais atenção em mim.

— Sua mulher te traiu com o Justin e você a matou porque jamais seria capaz de continuar com ela depois dessa traição, mas também não seria capaz de deixá-la ir. — Digo. — Para se vingar do Justin, você matou a única mulher que um dia ele amou, a Angel, então acha mesmo que isso acaba aqui?

SPILLED BLOOD [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora