• Capítulo Sessenta-Cinco - Doloroso

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• ARIANA GRANDE •
Califórnia, Estados Unidos.

Os dias pareciam estar passando devagar e isso só tornava tudo ainda pior. Christian ainda me dava arrepios desde o dia do racha e por essa razão, Justin começou a cumprir a sua função de me ensinar a usar uma arma, mesmo sem saber o porquê eu deixei de gostar do Beadles abruptamente.

Chaz parecia cada vez mais distante dos meninos e da equipe, mas ele ainda era chamado para todas as reuniões. Mas, a parte que mais me incomodava em toda essa situação era o fato que ele me ignorava completamente sempre.

Isso era triste, mas eu o entendia.

Emily havia finalmente desculpado o Ryan e eles resolveram que iriam tentar uma relação, mas sabiam que eles dois eram complicado demais e por essa razão, no primeiro problema, cada um iria para o seu lado sem direito a reconciliação.

E quanto a mim e ao Justin, nós estávamos melhores do que nunca.

— Você precisa estar sempre atenta, então enquanto estiver atirando, conte quantos tiros você deu, para que na próxima vez você não esteja sem munição. — Justin me explica, sério.

Ele tem ficado cada vez mais profissional quando se trata de me ensinar sobre armas, acho que ele está com medo de que se levar tudo na brincadeira, eu não aprenda direito e esse erro possa custar a minha vida no futuro.

Sem contar que ele não quer me dizer, mas eu sei que o fato do Santinelli estar tão calado o preocupa, apesar de estarmos sobre posse dos Estados Unidos.

— Não sei se vou conseguir isso, já será difícil o bastante apenas puxar o gatilho. — Eu suspiro.

As lembranças daquele dia novamente invadem a minha mente, o dia em que eu atirei em um homem para salvar a vida do Justin.

O fato do corpo cair sem vida no chão ainda me incomoda, mas o que me faz seguir em frente é eu estar me apegando nas palavras de Justin de que ele faria pior com a gente.

— Você precisa ser forte.

— Eu estou tentando. — Digo, baixo.

O que ele quer de mim afinal?

Eu nunca fiz parte desse mundo, ele deveria entender o quão difícil isso é para mim.

— Eu não vou conseguir fazer tudo o que eu tenho para fazer se não tiver certeza de que você pode fazer tudo certo e ficar segura. — Ele bufa. — Tem ideia do quanto isso é fodido?

Acho que comemorei cedo demais quando disse que eu e ele estávamos na nossa melhor fase.

— Por que você está assim? — Eu olho em seus olhos, tentando me manter calma.

— Nada, Ariana.

— Nada? — Cruzo meus braços. — Eu fiz um comentário sobre uma possibilidade e você simplesmente surtou comigo.

— Não quero falar sobre isso. — Ele resmunga. — Vamos tentar de novo com a arma.

— Minha aula acabou. — Digo firme.

SPILLED BLOOD [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora