Safira-on.....
Eu estava estática depois de tudo que ouvi.
Bernardo tinha mudado pra pior, e eu tinha certeza que era minha culpa, eu fui uma imbecil com ele, tirei sua virgindade e fui embora como se ele fosse um nada.
Eu me arrependi muito depois daquele dia, mas não sabia como me desculpar, como me reaproximar dele.
Ele me evitava, a mim e a todo mundo, andava sozinho, caçava sozinho. Eu nem o reconhecia mais.
Porém eu sabia que ainda tinha bondade nele.
Valentina estava irritada, andava de um lado a outro com Jade tentando acalmar ela.
_ precisamos fazer algo Jad, e se ele engravidar alguma dessas meninas? Eu não quero meu sangue rodando por qualquer buraco da terra, precisamos dar um jeito de mantê-lo no controle, de um modo que possamos saber oque ele faz- Exclamou Valentina.
_ e se colocarmos alguém pra acompanhar ele?- disse Jade, eu observava, achava uma má ideia, ele ia se sentir enjaulado.
_ tipo uma babá?- questionou Valentina.
_ não exatamente..tipo uma guarda costas- Jade disse firme.
_ ótima ideia... Safira- olhei pra Valentina rapidamente.
_ sim?- que elas não estejam cogitando isso.
_ você ficará acompanhando Bernardo a partir de hoje, você morará aqui em casa,e vai vigiar ele vinte quatro horas por dia.- puta que pariu. Tô fodida.
_ eu...sim claro- não ia adiantar discutir mesmo.
_ ótimo, suba e avise ele..quero ver até onde vai a ousadia dele agora- falou Valentina.
Nem questionei, subi lentamente as escadas, eu estava ferrada, tudo que eu não precisava agora era isso, ele ia odiar essa ideia.
Quando cheguei a seu quarto a porta estava entre aberta, entrei e ouvi o chuveiro, suspirei e adentrei totalmente o quarto, fechei a porta e fiquei em pé.
Olhar para aquela cama me remeteu a nossa noite na lua minguante.
Eu ainda me lembrava claramente de cada toque dele, sentia minha pele arrepiar só de lembrar de seus lábios passeando por meu corpo, de suas mãos me tomando, dos gemidos, da mordida, que foi mais forte do que qualquer outra que eu já dei ou levei, me senti zonza com tantas lembranças.
_ Safira?- olhei pra lado saindo do meu transe, dando de cara com Bernardo só com uma toalha na cintura, era impossível não me senti exitada com a visão.
_ oi...suas mães me mandaram- falei, tentando desviar os olhos de seu corpo, ele estava mais malhado. Seu cabelo estava maior, deixando ele ainda mais sexy.
_ para que?- perguntou e andou até o guarda roupa, ele simplesmente arrancou a toalha do corpo e andou o resto do caminho totalmente nú, era visível as gotículas de água descendo de seus cabelos e fazendo seu caminho por seus ombros, passando pelo seu peitoral até chegar em seu abdômen, descendo mais ainda, mas eu não me atrevia a olhar.
Ele pois uma cueca e me olhou, lembrei que ele tinha feito uma pergunta.
_ sou sua segurança agora- falei cruzando os braços.
_ como?- riu
_ vou seguir você vinte quatro horas por dia, e morar aqui na sua casa- sorri, não sei por que mais queria irritar ele.
_ só pode estar de brincadeira- falou passando as mãos nos cabelos.
_ não. E bem sério na verdade- decretei, andei até sua cama e me sentei na ponta, cruzando as pernas o encarando, ele parou a minha frente, parecia me analisar.
_ tem que ser o tempo todo?- questionou.
_ sim- afirmei ainda o encarando.
_ como vou tomar banho com você me seguindo?- questionou, e imagens nada puras se fizeram na minha mente.
_ tomando, não e como se eu já não tivesse te visto nu- ri.
_ vou ter que cagar com você me olhando também?- questionou debochando, a querido no jogo do deboche eu sou a rainha.
_ sim...não se preocupe tenho nariz forte- ri.
Ele fechou a cara e me encarou por longos minutos. Depois sorriu, lá vem merda.
_ você vai ter que assistir minhas transas Também?- questionou sorrindo.
Todo meu humor foi embora rapidamente, isso não devia me irritar ou atingir, mas era totalmente o contrário.
Bernardo-on........
Eu não tava acreditando nessa porra.
Elas sabiam dos meus sentimentos por Safira e agora me ferram assim, isso não vai ficar barato.
Safira hesitou mais logo respondeu, parecia bem incomodada, e eu adorei.
_ sim vou...espero que suas amigas não liguem- riu, mas de pura ironia.
_ elas gostam de compartilhar, pode até participar se quiser- falei rindo, debochando, andei até minha cama e me deitei no centro, dobrei os braços abaixo da cabeça e a encarei, ela se manteve de costas antes de se levantar tirar os saltos e sentar de novo, virada pra mim, em posição de meditação.
_ eu recuso, gosto de uma coisa mais a dois- debochou, mais eu pudia ver e sentir sua raiva.
Uma coisa interessante desde que nós mordemos eu sentia, quando estávamos próximos, as emoções dela.
_ nunca teve curiosidade em um ménage ?- sorri, eu tinha plena noção de que ela nessa posição tinha a visão de todo meu corpo, e da semi ereção que começava a surgir em minha cueca, fiz questão de mecher em meu pênis, o posicionando de modo que ficasse mais aparente, e foi difícil não reparar nela humidescendo os lábios.
_ não...dois e bom, três e demais- decretou.
_ e de mais mesmo- sorri safado.
_ dês de quando se transformou nesse mal caráter Bernardo?- sabia que ela não ia se aguentar por muito tempo.
_ e um charme, e as meninas gostam- ri.
_ meninas podem até gostar, mas mulheres não vão- decretou.
_ não procuro mulheres, as meninas me satisfazem bem- ri pra ela.
_ duvido que as meninas que anda satisfaça mais que uma mulher de verdade- falou debochando.
Hora do cheque mate.
_ você provavelmente tem razão, mas não teria como eu saber- falei sorrindo e vi a confusão em seu rosto.
_ como?- riu.
_ e que eu nunca estive com uma mulher de verdade- frisei bem o nunca, vi sua boca se abrir em descrença. Logo senti sentimentos negativos vindo dela, chateação era um deles, me senti mal e me sentei na cama.
_ não está falando sério- ela disse com um deboche que não máscarava sua chateação.
_ não, eu não estou- suspirei, e senti o alívio emanar dela.
_ por que tem feito essas coisas? Brincar com essas meninas?- questionou.
Me estiquei , fazendo nossos joelhos se tocarem e meu rosto ficar próximo ao seu.
_ por que ainda não posso estar com a mulher que eu queria, talvez não possa nunca- sorri fraco olhando em seus olhos.
_ Be...sinto muito por aquela noite- suspirei e me afastei dela.
_ não e necessário, você não me prometeu amor Safira. Demos prazer um ao outro naquela noite, e foi incrível, foi um sexo muito gostoso- falei, ela me olhava atentamente.
_ sim..foi- concordou, e alisou minha mão direita.
_ mas foi só isso, um sexo gostoso- afastei minha mão da sua.
_ eu sei que não foi só isso pra você- ela disse firme.
_ não, não foi, mas pra você sim- sorri triste.
_ não...eu...era complicado Bernardo- suspirou.
_ complicado e você amar um mulher, e sonhar todas as noites em como seria fazer amor com ela. E um dia isso acontecer e está mesma mulher, o amor da sua vida, virar pra você e dizer na sua cara que não passou de sexo, como se você fosse nada- ri ironicamente, a raiva já me fazendo ver vermelho.
_ não foi assim Bernardo, eu também senti coisas intenças mais era difícil digerir- ela desabafou e se aproximou de mim tocando meu rosto.
_ não importa safira, já foi. Foi uma lição, me fez forte, obrigada por me fazer o homem que eu nunca quis ser- sorri e levantei da cama saindo de perto dela.
Mágoa e raiva era tudo que eu podia sentir naquele quarto, nossos sentimentos misturados, embolados um ao outro, assim como nossos corpos estiveram um dia sobre aquela cama.
Continua....................
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Herdeiros do sangue
LobisomemA alguns anos atrás uma batalha aconteceu, e nossos pais lutaram nela. Mais vencer batalhas não acaba com uma guerra, não determina a paz de um povo e é por esse motivo que eu estou aqui, cumprirei a profecia e trarei paz para todos nem que seja a ú...