12- Deus salve a Rainha mãe

9.2K 1.1K 128
                                    


As más notícias? Eles usaram o imobilizador novamente. Antes que pudesse abrir a boca ou fazer qualquer tipo de protesto a guarda que ela mentalmente chamava de  "Rose" usou aquele maldito equipamento. 

A boa notícia?  Elijah devia ter feito algum ajuste no mecanismo, pois dessa vez ela não se sentiu sufocada com uma sensação de quase morte e sim estupidamente relaxada. Seja lá o que tinham feito com o equipamento o efeito estava sendo contrário do que fora até então, enquanto seguia imóvel pelos corredores percebeu que desde que saíra  da nave aquele fora o momento que conseguira respirar se sentir que fazia um esforço maior do que estava acostumada. Sabia que o ar de Thazan tinha seus aspectos semelhantes a atmosfera da Terra, mas também sabia que as diferenças poderiam trazer complicações fisiológicas senão a curto a médio prazo.  Aquele equipamento em pequeno escala e não utilizando-se da função de imobilização poderia ser útil...

Em silêncio eles pararam ao lado de uma grande porta ornada  arabescos que pareciam antigas inscrições egípcias que a fizeram franzir o cenho enquanto tentava entender os desenhos, bem, não exatamente egípcias já que estavam  há anos-luz de distância da terra e aqueles animal não se assemelhavam com nada que ela conhecia. A porta se abriu a fazendo  sentir ligeiramente ansiosa, era o momento de seu julgamento? Seria agora que saberia se iria ser condenada á morte?  Seria agora que morreria?  Sentiu a tensão em seu corpo pela expectativa e seus olhos se encheram de lágrimas pensando que nunca mais veria seus pais ou suas irmãs. Respirou fundo tentando abandonar os pensamentos tristes. Vamos pensar com lógica, Daisy, disse a si mesma, com certeza eles não iria simplesmente eliminá-la, eles estavam em uma investigação e ela podia ter informações importantes, pelo menos eles deviam pensar que sim.

 Quando finalmente pararam estavam no centro de algo com uma linda e alta cúpula  onde percebeu que podia ver o céu através do material transparente. Com certeza não vidro, eles não iria deixar um aposento real tão vulnerável. Que material poderia ser tão resistente a um ataque e ao mesmo tempo tão transparente? E qual componente químico que fazia o céu de Thazan ter aquele tom entre alaranjado, vermelho e azul?  Suspirou e balançou a cabeça (mentalmente) . Sua cabeça de pesquisadora pulava de um drama de morte eminente para curiosidade cientifica em questões de minutos. O que, pelo menos, a distraia de preocupações.

O imobilizado a fez ficar na vertical procurou com os olhos o entorno da sala que  havia em seu raio de visão procurando saber se sua equipe também estava no local, mas não. O local estava completamente vazio a não ser por ela e pelo que parecia uma pequena comitiva real de quatro membros e entre eles Korus, seus olhos se encontraram por alguns segundos antes dela desviar  para o restante do salão.

O espaço parecia uma pequena sala de escritório, a não ser pelo o imenso trono vermelho que se destacava como centro das atenções. Cadeira rigidamente colocadas em torno de uma mesa  de meio círculo para que todos pudessem ter a vista de onde sentava a Rainha. 

A Rainha.

A mulher estava a sua frente, mas seria difícil não notá-la. A pele dela era tão negra quanto a de seu filho, mas vestia roupas incrivelmente brancas que eram um contraste em relação a sua pele. Seus olhos deviam ser tão negros quanto os de sue filho. Sua cabeça nua era ornada com algo que podia lembrar uma tiara da terra, com tons metálicos e com o mesmo ornamento que ela via na cadeira e na entrada. Possivelmente inscrições antigas de seu povo?  Ela não saberia dizer como, pois sua pele era tão límpida e perfeita quanto aos Thazans que encontrara até agora, mas ela parecia bem mais velha do que os outros presentes da sala, inclusive do homem sentado ao seu lado cujo tom vermelho de sua pele parecia com binar perfeitamente com seu cabelo branco e lustroso que chegava até quase aos seus pés. Seus olhos, também escuros, a encaravam. Provavelmente o rei. Desviou o olhar para os outros presentes na sala.

Daisy e o Príncipe NegroOnde histórias criam vida. Descubra agora