04-Um piada intergaláctica?

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Daisy

Daisy  achava que sabia o que esperar. Estudara durante meses, vira fotos, lera os arquivos  sobre a espécie e o planeta - os poucos que estavam disponíveis  nos arquivos do Conselho . Há uma hora atrás tinham sido recepcionados na saída da espaçonave por um homem da espécie Thazan que se apresentara como chefe da guarda da Estação.  Nenhuma foto a preparara para a primeira visão do "alienígena".  Era alto, muito alto, tinha um cor azulada metálica que lembrar algo perto de chumbo, cabelos compridos e seu rosto permanecia inexpressivo todo o tempo. Ela notava, nariz afinado e anguloso e dentes se sobressaindo sob a abertura que seria a boca em alguns momentos, dentes pontiagudos. As orelhas em inseridas em uma posição mais superior e eram grandes e afiladas, como as imagens de elfos, até maiores. Os olhos eram escuros e ela não podiam vê-los se mover em nenhuma direção o que a perturbava, era...diferente.

Ela e Marc seguiram o guarda pela Estação e Daisy não conseguiu conter-se em olhar para todos os lados absorvendo a realidade do momento que vivia.  Onde olhava  podia vislumbrar incontáveis cores, tamanhos e seres se movimentando  em um emaranhado de corpos por todo o lugar. Ouvia vozes altas que ora eram traduzidas pelo dispositivo que levava junto ao ouvido ora não.  Era um feira ao "ar livre" percebeu e enquanto o guarda os levavam em uma direção longe da área central.  Queria poder deixá-lo e conhecer um pouco da tecnologia local, o que faria aquele aparelho que parecia um pequeno microondas? Seria um sintetizador de comida como vira em alguns artigos estrangeiros? Usaria energia da água ou um biocombustível? Ou outro produto que fornecia energia de fácil acesso? Seria o precioso material que eles vieram buscar? Quantos tempo poderia durar uma máquina se usado aquele material? Ouvira dizer que...

Era aquilo mexendo sobre uma espécie de cuba era comida? Ou os filhos do comerciante que parecia ter alguns membros semelhantes a tentáculos? Deus, aquele homem tinha quatro membros que se pareciam com patas de aranhas! Havia também eres peludos que se assemelhavam a uma raposa. Possivelmente os biólogos da Terra lhe dariam o nome de Vulpes, pensou divertida 

Não percebeiuque estava distraída olhando para trás até atingir as costas do Thazan e ser lançada para trás. Hump, ele era como uma pedra!

- Desculpe-me. - apontou em seu entorno - Como vocês  mantém uma atmosfera que todos conseguem respirar?

- Nem todos. Os Yotis, Leys, Xvol...

- Que muitos conseguem respirar? - completou enquanto entravam em algo que parecia um elevador. Uau, olhe essa visão.

-  A maioria dos seres se desenvolveram se adaptando  aos gases de seu próprio planetas , mas a composição principal deles é muito semelhante. Oxigênio e Nitrogênio, Argônio...- ele terminou em palavras que ela não conseguiu uma tradução a frustrando -  Temos tecnologia que chega em um ar adapto a todos, algumas espécies podem sentir-se um tanto ofegantes e outras talvez um pouco distraída ou alegres...cada uma reage a um modo a presença de alguns gases, principalmente os gases nobres. Mas a estação é um local de passagem para a maioria das espécies, não costumam ficar mais de dois dias. Não sei como o tradutor irá lhe informar esse valor, mas penso que você verá o sol nascer 4 vezes antes de sentir algum desconforto com o ar.  Caso não se sentiam bem temos como fornecer máscaras que regulam o % de gases filtrando nossa atmosfera. - ele a encarou durante alguns segundos como se pedisse sua atenção enquanto o elevador parava - Deixe-me conhecer.

Daisy não deixou transparecer a surpresa daquele fato, sua curiosidade a estava tentando a informar que gostaria de usar a máscara, mas ela não estava sentindo nenhum problema em respirar o artificial fornecido. Parecia limpo e fresco. Mas a curiosidade não a permitia deixar para lá o assunto.

- Há um gerador central que mistura o ar?

- Algo semelhante -  Daisy não percebeu nenhuma mudança em sua expressão mas algo a dizia que se ele pudesse expressar uma emoção seria condescendência.  Quase como se ela fosse uma criança curiosa e ele o professor paciente, ou não.

Daisy e o Príncipe NegroOnde histórias criam vida. Descubra agora