Lia narrando
-Fala aí mina- ele falou bem perto do meu ouvido, confesso que arrepiei um pouco, mas não vou ficar com ele, pelo simples fato dele ser dono desse morro e mais rodado do que catraca de ônibus. Mas isso não quer dizer que eu não posso jogar um pouco né?
-Fala aí Lobão, oq tu quer?- perguntei bem perto do seu ouvido
-Como tu sabe meu nome mina?- perguntou se afastando um pouco
-Acho que todo mundo sabe seu nome, ou pelo menos o seu vulgo- arqueio a sombracelha e dou um sorrisinho de lado.
-Po mina qual foi, bora desenrolar as meta aí- ele falou se aproximando novamente
-Tem meta nenhuma não bb, eu vou voltar pra onde eu estava e você para o seu lugar bejos de luz para você- falo saindo mas ele segura o meu braço.
- Dá para você soltar- pergunto tentando tirar o meu braço da mão dele.
-Não sou de ficar correndo atrás não mina, e olha lá como você fala comigo- falou apertando mais o meu braço.
-Você esta me machucando, me solta agora- ele soltou e saiu andando
Meu braço ainda doía, mas eu resolvi ignorar, fui até o bar e pedi mais vodka, voltei para onde as meninas estavam e começei a dançar com elas, logo a Bruna falou que ia no banheiro, então fiquei dançando com a Gabi.
A Bruna demorou séculos para voltar e ainda voltou com o batom borrado, ela acha que engana alguém. Ja eram 2:57h da manhã, e como eu tenho muito respeito(medo) da minha mãe, eu saí quase voando do baile para ir para casa.
Acordo no outro dia com a claridade na minha cara, vocês devem estar pensando "caramba ela esqueceu a cortina aberta", não na verdade é só a minha mãe que resolveu me acordar as 8:00h da manhã em um sábado. E para variar e piorar as coisas eu estou de ressaca, oq não facilita muitoas coisas.
Levanto da cama quase morrendo e vou para o banheiro tomar banho e cagar porque olha vou te contar, termino de fazer o meu cocozinho e vou tomar meu banho ouvindo Pedro Sampaio. Termino o meu banho, coloco uma roupa de ficar em casa e desço para tomar café.
-Bom dia mãe- falo colocando meu café
-Bom dia- falou super grossa
-Ihh oq foi, é falta de homem é?- pergunto sentando na mesa
-Me respeita menina que eu sou a sua mãe- falou me batendo
-Aiii mãe, eu estou brincando calma- falo passando a mão aonde ela bateu
-Isso lá é brincadeira que se faça?- pergutou me encarando
-Foi mal aí, caramba esta doendo- reclamo vendo a marca da mão dela no meu braço
-Pra ficar esperta- disse se levantando e indo até a pia
-Agora é sério oq houve?- pergunto me aproximando dela
-Umas contas que estão para vencer que eu tenho que pagar- diz lavando a louça
-Se a senhora quiser eu pago sem problemas mãe- falo secando as louças e guardando
-A sua única função aqui é estudar- disse me olhando
-Eu também moro nessa casa e vou ajudar sim- falei guardando o resto das coisas, quando meu irmão aparece na porta da cozinha.
-Bom dia mulheres da minha vida- diz indo abraçar a minha mãe por trás
-Bom dia, vou escovar os dentes para te ajudar aqui mãe, e pode deixar que depois eu resolvo aquele negócio.
Fui escovar os dentes e passei o resto da manhã arrumando a casa com a minha mãe, paramos para almoçar e o meu irmão chegou acompanhado pelos traficantes daqui do morro.
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Envolvida
Teen FictionLia Fernandes, uma menina de 17 anos, nascida e criada no morro do Alemão, uma carinha que engana a muitos, porque por trás desse rosto de meninha, há uma grande mulher. Kaio Almeida, também conhecido como Lobão, sempre nos seus corres, atrás do mel...