paciência

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No final de semana, Pamela não me mandou nenhuma mensagem, o que significa que Fábio não tinha contado nada para eles.

Durante a semana, ela notou que Fábio estava meio distante e logo entendeu o que tinha acontecido.

- Vocês terminaram? - cochichou ela durante um intervalo quando Felipe foi acompanhar Fábio para pegar sua comida. Eu acendi. - Não acredito! Então é por isso! Felipe me disse hoje que Fábio tá conversando com uma menina que adicionou ele... preciso falar quem é? - eu sabia quem era.

- Eu sei quem é. Bom, pelo menos isso significa que ele não tá tão mal, né?

- Ele mal consegue te olhar na cara, Ron!

- O que eu posso fazer, Pamela? Eu gosto de outra pessoa.

- Você não está falando daquele cara, né?

- Olívio, sim.

- Isso é muito errado, amiga... muito. - eu dei de ombros.

Na quinta feira, Fábio perguntou de Felipe e Pamela queriam ir na casa de Eliza ( sim, eu sei.), todos poderiam levar algo.

- Mas e a Rona? - indagou Felipe, Fábio suspirou.
- Eu tenho certeza que ela estará lá... não é? - eles me encararam por uns segundos. Eu nunca tinha dito a Eliza que namorei Fábio, logo ela deve ter mencionado alguma coisa sobre mim e Olivio para ele.

- Ai que mancada a minha. Desculpa, Nani. Desculpa. Não, sério. Foi sem querer... desculpe. - desculpou-se Pamela quando estávamos no banheiro. - Eu sou sua amiga e vou respeitar sua vontade. Mas você tem que admitir que foi hilário!

- Muito obrigada. - disse.

- Bom... vou levar cerveja. O Fábio falou que leva aperitivos. - anunciou quando saíamos.

- Beleza.

- Vai estudar agora? - perguntou quando saíamos do colégio.

- Vou dormir e hibernar até amanhã! - joguei beijo para ela, enquanto ela entrava na perua com Felipe. Fábio não dava mais carona para eles, aparentemente e eu costumei a voltar sozinha novamente.

Quarta e quinta feira passaram se arrastando. Havia trocado umas três mensagens com Olívio, que também estava trabalhando e acertando uns detalhes do meu contrato, em relação aos três shows que eu faria nas férias.

Sexta feira de manhã eu acordei aliviada, sabendo que era o último dia de prova e o pior já tinha passado. Em relação a tudo, eu esperava.

"Meu pai saiu de casa hoje." recebi, pouco antes de sair de casa para a escola, era Fábio.

"você está bem?"

"ah.. sei lá! Posso te dar carona até a escola?"

"Claro"

"5 min" eu mandei mensagem pra Pamela, avisando pra ir na frente pois me atrasaria.

Eu terminei de comer o cereal, dei um beijo na Lurdes e desci, soltando meu cabelo do coque.

- Bom dia! - disse, entrando no carro, ao lado dele. - Tem alguma coisa que eu posso falar que vai te fazer se sentir melhor?

- Ah, cara... é foda, né. Sei lá... eles já estão ha anos juntos. Parece que meu pai tem uma namorada em outro estado, sei lá qual é a parada. Minha mãe tá arrasada. Eu queria arrebentar meu pai, né? Mas é meu pai... sei lá. - ele limpava o rosto com as costas da mão e parecia que não tinha dormido bem.

- Olha, sei que é muito cedo pra falar isso. Mas vai ficar tudo bem. Sabe, talvez, um dia quem sabe, eles não voltam, né? O tempo é muito bom, entende? E sua mãe está magoada agora mas isso vai passar. Vai passar, tá? - eu acariciei seu braço, sorrindo.

Meu nome é RonaOnde histórias criam vida. Descubra agora