a noite em que nos reunimos

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Eu estava atrasada. Nós pegamos os canapés de camarão e bebidas, onde Eliza já tinha encomendado.

Eu estava faminta!

Meu telefone começou a tocar.

- Cadê você? - era Pamela. Eu olhei no relógio, ela devia ter acabado de chegar.

- Você acabou de chegar, né?

- Sim, e daí? Cadê você?

- Viemos buscar canapés e mais bebidas, estamos entrando na casa agora! - anunciei. Pamela bufou e reclamou um "tá" e desligou.

- Ela é brava, né. - notou Olívio.

- Estressada, eu acho. Pensa demais. - ri.

Nós chegamos antes de anoitecer, a porta estava aberta e a casa toda iluminada, tocava Rolling Stones pelo bluetooth.

Ajudei Olívio a colocar as bebidas no freezer enquanto atacávamos um pouco de canapés e salgadinhos.

- Eles devem estar lá em cima. - disse Olívio, pegando minha mão.

A casa ainda tinha mais dois andares, no fim do corredor do terceiro andar, tinha uma pequena escada caracol de madeira.

Olívio abriu uma porta de vidro que estava embaçado. Ainda era possível escutar a música dali.

Felipe e Pamela estavam sentados na ponta de uma piscina de borda infinita, com uma cerveja na mão. Havia outra mesa de sinuca, uma jacuzzi e a piscina. Uma outra porta no fundo, dava pra ver que havia toalhas e roupões estendidos. E uma outra porta de madeira, fechada, que havia uma placa de sinal de temperatura, o que imaginei ser uma sauna.

Eliza estava sentada na outra ponta da piscina, jogando água em Fábio delicadamente, com os pés, ele tinha um leve sorriso no rosto. Pamela usava um biquíni preto e Felipe estava com uma bermuda. Eu olhei para Olívio.

- Desde quando nós íamos pra piscina? - sussurrei, ele deu de ombros.

- Ei! Vocês, vem pra cá! A água tá maravilhosa. - convidou Eliza.

- Eu estou faminta. - anunciei. Pamela levantou rápido, me encontrando em um abraço.

- Ufa!

Eliza revirou os olhos, suspirando e saindo dali em seguida. Eu acenei para Fábio, que parecia tímido ali, no canto.

Nós descemos para a sala de jogos, colocando as bebidas dentro de um frigobar e as comidas em uma mesa.

- E aí? Quem topa sinuca? - perguntou Fábio, pegando um taco. É claro que eu que não ia passar vergonha, mas Olívio aceitou.

Eu peguei uma latinha de cerveja, me encostando ao lado da mesa enquanto comia e via eles jogando. Fábio parecia muito competitivo, enquanto Olívio parecia estar se divertindo.

- É muito fácil ser bom quando se tem uma mesa em casa, eu diria. - resmungou Fábio enquanto guardava seu taco, depois de perder a rodada. Olívio riu alto.

- Eu tenho mais anos de experiência. - disse, me abraçando pela cintura. - Ainda está com fome? Quer que eu busque algo?

- Não, tudo tranquilo. Vai comer.

Nós nos sentamos todos juntos na mesa, Felipe parecia interessado no que Olívio trabalhava, lhe perguntava quais tipos de contratos ele fazia e os segmentos de música que ele lidava.

- Bom, eu estou realmente precisando de uma mão extra, se você topar. Posso te ensinar algumas coisas e você me ajuda. O que acha?

- Poxa, cara! Sério? Valeu, valeu mesmo! - ele deu um soco de leve no ombro de Olívio, que acenou, sorrindo. - Qualquer atividade extra é muito bom para meu currículo.

Meu nome é RonaOnde histórias criam vida. Descubra agora