Capítulo 5 - A gente não é um casal.

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Demi Lovato POV

Quando eu li todos os detalhes daquele contrato o meu mundo caiu novamente. No começo pensava que ele estava blefando sobre ser noiva dele, já que não tinha visto nenhum documento falando sobre isso. Mas, quando vi ao vivo e as cores, tudo fez sentido, meu pai praticamente me vendeu para pagar uma dívida e tenho certeza que Wilmer amou a idéia. Eu chorei muito, conversei com Ariana e Sam, eles me acalmaram e disseram que sente muito por isso estar acontecendo comigo. Wilmer aparece no meu quarto, me chamando para jantar, disse que não queria, mas ele estava insistindo muito e tive que ir para não fazer desfeita. Comemos em um completo silêncio, quando terminei, fui direto para o quarto e ele vem atrás. Começamos uma conversa, muito boa. Até que ele é bom de papo, eu entendi o motivo dele ter que ser tão frio. Nesse mundo da mafia, ninguém pode confiar em ninguém, já que uma pessoa que se diz sua amiga, pode estar tramando coisas horríveis, isso aconteceu muito na vida real e o grande fator disso acontecer é a inveja, as pessoas não conseguem estar genuinamente feliz uma pelas outras.

Como disse, sobre as pessoas, há dois anos, meu melhor amigo de infância se afastou de repente de mim, ano passado eu soube que ele se casou. Selena Gomez, a estilista super famosa, conheceu Taylor, desde então deixou a nossa amizade para trás. Marissa, conheci ela na escola, a gente brigou e paramos de nos falar. Teve uma série de outras pessoas. Não sei se algum dia irei voltar a falar com eles. Acontece que estava na melhor fase da minha vida, estava aceitando o meu corpo, minha criatividade estava no ápice e não sei se ainda estou nessa fase. Afinal, estou em uma casa de um estranho que me viu em um hospital, quando eu tinha 15 anos. Lembro-me vagamente dele, mas todas as vezes que ele ia no hospital (isso aconteceu poucas vezes), ele estava de óculos escuro. Típico de pessoas assim. Eu ainda nem agradeci por ele ter emprestado o dinheiro, por mais que agora a gente é "noivo" (sim, com aspas, pois não teve nenhum pedido, um documento não é o suficiente) eu tenho que agradece-lo, se não fosse por ele, acho que nem estaria aqui.

Durmo um pouco tarde, mas no dia seguinte acordo com Wilmer me chamando.

- Demi... - Ele fala e balança um pouco o meu corpo.

- Só mais meia hora. - Eu falo e o mesmo ri.

Ele sabe rir. Nisso eu acordo.

- O que foi? - Falo e começo a coçar os olhos. Olho para o relógio e vejo que é sete da manhã. Por que ele me acordou nesse horário?

- Eu estou indo trabalhar, mas vão ter dois seguranças à sua disposição. - Ele fala e eu arqueio as sobrancelhas.

Isso estava se tornando frequente. Tudo que ele falava, eu arqueava as sobrancelhas, provavelmente por achar as idéias dele um tremendo absurdo. Ou simplesmente debochava, mas isso eu faço sempre e com qualquer pessoa.

- Eu não preciso disso Wilmer, não estou correndo o risco de ser raptada e também não sou famosa. - Eu falo e
deito novamente. - Tenha um bom dia.

- Acontece que eu tenho uma rixa com uma pessoa e quero prezar pela sua segurança. Eles vão ficar na porta. Ninguém entra aqui, a não ser eu.

- Nem os meus amigos? Isso não pode ser uma jaula, eu tenho que ter no mínimo, contato com as pessoas do mundo de fora. Não sou antisocial que nem você. - Eu falo e olho para o mesmo que bufa.

- Os dois seguranças não podem ser o seu contato com pessoas?

- Não... você acha mesmo que eu vou conseguir me abrir com eles? - Eu falo e o mesmo fica em silêncio. - Foi o que eu pensei.

Too Much Love | DilmerOnde histórias criam vida. Descubra agora