Capítulo 14 - Guilherme

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Wilmer Valderrama POV

Depois que Demi saiu do quarto, senti uma coisa que não consegui explicar. Poderia ser culpa por não ter contado para ela sobre o meu aniversário? Mas, sei que não gosto de comemorar e estou fazendo 40 anos. Agora ela acha que eu só procurei ela por conta do meu status na sociedade e não foi por isso. Eu estou pouco me fudendo para o que a sociedade vai ou não falar de mim. Eu procurei ela, por conta que em uns dias, não conseguia tirar a mesma da cabeça e precisava vê-la, nem que para isso eu tivesse que aparecer na casa dela e falar que sou o noivo dela. Olho pela janela do quarto e vejo que ela está na praia converando com um homem. Fiquei meio desconfortável ao ver isso? Fiquei. Mas não poderia me dar ao luxo de sentir ciúmes, a mesma disse que a gente não é nada um do outro.

Maluma vem até o quarto e começa a se desculpar pela burrice que ele fez. Eu aceito a desculpa, foi eu quem errou, foi eu que não contei e uma hora ou outra ela iria saber da verdade. Outras pessoas poderiam contar, minha mãe é uma delas. Já que isso aconteceu, eu tenho que lidar com o gelo que ela vai me dar nesses próximos dias. Provavelmente, ela não vai olhar na minha cara nem tão cedo e eu mereço isso.

A mesma chega no quarto e deita do outro lado da cama. Eu deveria ir embora, sim, mas alguma coisa me diz para eu ficar.

- Vai ficar assim mesmo comigo? - Falo e ela não responde. - Demi eu não te contei por que não gosto de comemorar o meu aniversário. - Falo e ela continua em silêncio. A mesma estava mexendo no celular. Digitando alguma coisa e eu faço o mesmo.

Ela quer fazer jogo do silêncio, então é isso que vai acontecer.

- Eu te entendo. - Ela fala e desliga o celular. - Só acho que, como a gente estava no processo de nos conhecermos, falar a data de aniversário é essencial.

- Estava? No passado? - Eu falo e ela assente.

- Fazer o quê? Você que quis assim. Podemos agir como duas pessoas diferentes e eu começo a frequentar as minhas baladas. Aquele contrato pode nunca mais existir e vou voltar com a minha vida.

- Mas isso não vai acontecer de jeito nenhum. - Falo bravo. - Você é minha e não vai voltar para aquelas porcarias de balada. - Eu falo e ela olha para mim assustada.

- Eu não sou de absolutamente ninguém. Pare com o seu pensamento possessivo. Nós passamos apenas duas  noites juntos e não te dá o direito de falar isso. - Ela fala.

- Eu somente estou cumprindo o que o seu pai pediu.

- Está levando em cogitação que ele assinou esses papéis sem valor nenhum quando estava bêbado?

- E está levando em cogitação que eu salvei a sua vida, paguei o melhor hospital.

- Vai jogar na minha cara? Eu já disse que sou grata pelo que você fez. Mas, isso não quer dizer que temos que casar.

- Temos sim, Demi. É o destino.

- Você não acredita em destino. - Ela fala e ri.

- Por que eu não acredito?

- Você é um cara ganancioso e muito egocêntrico. Esse foi o principal motivo de ter entrado na mafia. - Eu falo. Vou para mais perto dela e tapo a boca da mesma. Ninguém precisa saber que eu entrei na mafia. Não sou tão egocêntrico assim. Vejo que a mesma estava assustada. Provalvelmente estava pensando que eu sou um monstro.

Too Much Love | DilmerOnde histórias criam vida. Descubra agora