Capítulo 43

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- Está sim meu amor. - Respondeu Scarlett tomando a frente.

- Não, não está não! - Repreendeu Eloá pegando as duas de surpresa. - Anda, diz pra ela o que está acontecendo. - Disparou alterando-se.

- O que está acontecendo? - Questionou Isabella cruzando os braços à espera de uma resposta.

- Nada, não é nada. Já estávamos indo dormir. - Respondeu Scarlett levantando-se.

- MENTIRA! - Exclamou num tom mais alto as pegando de surpresa novamente.

- Fala mais baixo, perdeu a noção? Vai acordar a sua irmã. - Repreendeu Isabella. - Vão me contar o que está acontecendo aqui? - Questionou novamente.

- Tem algo de muito errado acontecendo, Zoey disse que minha mãe prometeu que eu ficaria segura e que uma vagabunda aí não sujaria as mãos dela comigo. - Disparou.

- Que história é essa? - Questionou encarando Scarlett.

- Muito obrigada Eloá! - Agradeceu Scarlett num tom irônico.

- Viu só, se não tivesse nada, teria negado e dito que foi tudo um mal entendido. - Debateu a olhando com uma sobrancelha arqueada.

- Que história é essa Scarlett? - Questionou novamente a chamando pelo nome. Quando a chamava assim, era porque a coisa não estava tão boa quanto aparentava.

- A chefe da Zoey é uma assassina, ela acabou ouvindo demais no trabalho, a outra descobriu e ameaçou matar Eloá se Zoey dissesse algo a alguém ou a polícia. - Disse de uma só vez fazendo Eloá arregalar os olhos e Isabella ficar sem reação a princípio.

- Nossa filha corre risco de vida e você só me conta isso agora? Onde fica aquela parte em que prometemos não esconder nada uma da outra? - Disparou Isabella.

- Fica na parte em que prometemos não trazer o trabalho para casa. - Respondeu a olhando.

- Mas é a nossa filha! - Exclamou num tom mais alto.

- Vai acordar minha irmã. - Lembrou Eloá devolvendo as palavras que ela havia dito pouco antes.

- Que merda Scarlett! - Exclamou mais uma vez andando de um lado para o outro. - O que mais ela sabe sobre nossa filha? - Questionou a olhando.

- Eu não sei... Talvez ainda não saiba quem eu sou de fato, se soubesse acredito que ela desistiria ou as coisas estariam piores. - Respondeu. - O homem que tentou matá-la na lanchonete... Acho que foi ela quem mandou. Estamos tentando arrancar uma confissão dela para prendê-la, mas parece que ela está adivinhando que está sendo “vigiada”. - Explicou.

- E o que pretende fazer quanto a isso? - Isabella a olhava séria.

- A princípio iria tentar tirá-las da cidade, mas agora que já sabem fica um pouco difícil já que são teimosas demais. - Disse a olhando. - Porém, vocês sairão da cidade o quanto antes, e não quero saber se não querem ir.

- Eu não vou sair da cidade e deixar você a mercê dessa mulher. - Debateu voltando a andar de um lado para o outro.

- Se ela vier eu vou saber me defender. E vocês, como vão fazer? - Respondeu as olhando.

- Me dá uma arma. - Pediu dando de ombros.

- Não é tão simples assim. - Repreendeu levantando-se. - Eu não quero que fiquem com raiva de mim, só se lembrem que tudo o que faço é para o bem de vocês e agora tem Lena, eu não quero expor Ela a esse perigo todo. Por favor só façam o que estou pedindo. - Insistiu.

- Vamos tentar dormir e ver o que faremos amanhã. - Sugeriu Isabella. - Vai pro seu quarto filha. - Acrescentou. Queria resolver tudo naquele momento, mas estava tarde.

Simplesmente - Amores Inesquecíveis (Um Romance Lésbico) Onde histórias criam vida. Descubra agora