Prólogo _O Ato I

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     As cortinas do teatro se abrem para uma plateia silenciosa. Ouvem-se passos sobre o piso de madeira e uma figura esguia entra em cena vinda de trás das espessas cortinas vermelhas.

     A figura é um tanto peculiar a primeiro momento, se trata de um demônio cujos chifres negros se erguem da cabeça. A sua bengala bate sobre o piso ressoando por todo o local enquanto anda a passos pesados e lentos até o centro do palco. Assim que se posta onde quer, o demônio se vira e encara o que está a sua frente, ele é recebido por olhares de curiosidade, atenção e outros até impacientes. Seus olhos inteiramente negros e um pouco cerrados se fixam em quem solicitou seu chamado e que não o pode negar.

     O ser se apresenta de tal forma que não assusta, pelo contrário, sua aparência é velha e esguia além de não muito alta:

     — Hm... — murmura baixo — , a que se deve o motivo de me chamarem aqui? — questiona em voz grave, porém rouca.

     Faz-se silêncio enquanto o velho demônio tenta pensar, antes que haja uma resposta ele volta a falar:

     — Oh, já sei a que vieram, visto que estamos em um lugar como esse suponho que deveria começar a contar uma história... pois então, sei bem de uma que poderei falar....

     Mais silêncio se estende enquanto o demônio passa a mão fina e estranhamente enrugada sobre os pelos do queixo:

     — Sobre o que é? Não me apresse... tudo que posso dizer é que se trata de bem e mal sobre uma terra em que as coisas eram diferentes..... provavelmente queira ouvi-la caso contrário já teria ido embora......

     As luzes ficam cada vez mais escuras até somente uma iluminar o velho sobre o palco:

     — Pois bem, não enrolarei mais...

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