Capítulo 12_Demônios e... Demônios... III

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     Edie, Kia, Lirahy e Moly não ousaram se virar ao som daquela voz. Aquilo só podia ser brincadeira... infelizmente... não era:

     — Cês tão surdos?!

    As três garotas olharam para Edie sem saber o que fazer, ela encolheu os ombros tão sem rumo e aflita quanto às outras...:

     — Se virem OU!

     — Apenas disfarcem... — Edie se virou devagar seguida das outras.

     Elas evitaram fazer contado visual com o demônio que falava com elas e que as olhava de forma mal-humorada:

     — Não é procês ficarem passeando por aí imprestáveis tão pensando que aqui é o que?!

     Edie encarou o menino disfarçadamente, uma marca vermelha se estendia por sua bochecha, ele segurava uma bolsa de gelo com uma das mãos pressionando ela contra a testa e o que parecia uma rosquinha de chocolate na outra, as encarava fixamente esperando uma resposta:

     — Bem é que... sabe que... por que é... — Edie tentou articular uma desculpa pra que aquele estúpido desse o fora e as deixasse em paz, mas as ideias lhe fugiram ante ao nervosismo de serem pegas novamente naquele lugar, ainda mais por aquele demônio em específico.

     — ...?

     — ...

     — ...

     — ...

     — ... é...

     — Espera aê! Sei por que estão aqui... fugindo... — falou em alto e bom som, com entusiasmo carregado na última palavra.

     — Hm... não! Não é o qu... — Edie mordeu o lábio nervosa e balançou o rosto negativamente temendo o pior.

    Lirahy remexeu os pés apreensiva, sua cabeça estava explodindo de nervos:

     "...ai não fomos descobertas!... Vamos ser presas de novo!!!... Estamos mortas!!! AÍ NÃO!"

     Um silêncio desconfortável pairou no ar pelo que pareceu uma eternidade, até que finalmente o garoto abriu a boca:

     — Cês vieram roubar comida, né não??? Que pena..., cabou de acabar! — Maick sorriu maldoso e colocou a rosquinha inteira na boca de uma só vez, mastigando ruidosamente e de boca aberta.

     — ???

     — ???

     — ???

     — ...que no-jo... — Lirahy sussurrou enjoada desviando o olhar daquela cena.

     — Verdade... nem pra oferecer... — Moly suspirou indignada.

     — O que cês tão resmungando?! Parem de fofocar e vão trabalhar porra!

     — É... ISSO! Isso mesmo! Você nós descobriu!... vamos hm... voltar... para... o.. pátio? — Edie tentou disfarçar a voz, ela e as outras se viraram de costas aliviadas, prontas para irem embora...

     — Peraí! Desde quando contratamos soldados burros e pequenos..., é pro outro lado! — Ele gesticulou apontando com o dedão para o fundo do corredor, lugar de onde minutos antes tinham vindo.

     — ...você está aqui, não está... que menino idiota... — Moly resmungou.

     — Quê?!

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